Zoneamento de Curitiba: Câmara vota a revogação de leis desatualizadas

por Fernanda Foggiato | Revisão: Ricardo Marques — publicado 03/05/2024 12h20, última modificação 03/05/2024 13h03
Projeto de lei é de autoria da Prefeitura de Curitiba e pretende revogar oito leis urbanísticas consideradas obsoletas.
Zoneamento de Curitiba: Câmara vota a revogação de leis desatualizadas

Projeto de lei pedia a extinção de 10 leis urbanísticas de Curitiba; se aprovada a emenda, 8 leis devem ser suprimidas. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) discute, na sessão plenária da próxima terça-feira (7), mensagem do prefeito com o objetivo de “enxugar” leis urbanísticas esparsas, consideradas obsoletas, e simplificar a legislação. No projeto de lei, o Executivo pedia a revogação de 10 diplomas legais. Já emenda ao texto reduziu para 8 as normas a serem extintas.

“Algumas leis, cujos objetos acabaram sendo contemplados no conteúdo de novas leis, passaram a ser obsoletas, divergentes ou ineficazes em relação à legislação ora em vigor. Contudo, não tiveram sua revogação contemplada nos novos diplomas legais”, explica o Executivo, na justificativa da proposição. “O objetivo do projeto de lei ora encaminhado é para simplificar a consulta às normas urbanísticas - seja pelo cidadão, seja pelos profissionais da atividade privada ou do setor público - e buscar a transparência na gestão pública.”

Três das normas a serem revogadas foram abrangidas pela nova Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo (15.511/2019). São as leis municipais 9.805/2000 e 9.991/2000, que criaram o Setor Especial do Anel de Conservação Sanitário Ambiental, além da 11.997/2006, referente às Zonas Especiais Desportivas.

Em outras quatro situações, a Prefeitura de Curitiba argumenta que a perda de eficácia se deu pela lei municipal 15.661/2020, que revisou a aquisição de potencial adicional. Portanto, o Executivo pede a autorização para revogar as leis 6.337/1982 (preservação de imóveis históricos), 7.420/1990 (incentivos à moradia de interesse social), 9.801/2000 (instrumentos de política urbana) e 14.616/2015 (transferência de potencial construtivo). No caso da lei municipal 12.767/2008, que dispõe sobre os polos da Linha Verde, a análise é que a regulamentação consta na norma 14.773/2015 – que atualizou itens da Operação Urbana Consorciada Linha Verde (OUC-LV).

O Poder Executivo também apresentou uma emenda supressiva à mensagem. A proposta é retirar do texto a revogação das leis municipais 10.074/2000 e 11.368/2005, referentes aos postos de combustíveis. A justificativa é que a Procuradoria-Geral do Município (PGM) entendeu que “deveria ser elaborado projeto específico para rever toda a legislação atinente” ao segmento (033.00004.2024). Se o projeto de lei for aprovado em primeiro turno, haverá uma nova votação, prevista para a sessão plenária da próxima quarta-feira (8).

Homenagem póstuma e Utilidade Pública

De Sidnei Toaldo (PRD), o plenário avalia a homenagem póstuma, por meio da denominação de um logradouro público não especificado, à comerciante Elidia Zonato Bindo (009.00020.2023). A proposição explica que a homenageada, falecida em abril de 2017, “é uma figura de destaque em Santa Felicidade, tendo contribuído para a história e a identidade do bairro de várias maneiras”.

Fecha a pauta, na próxima terça, o projeto de lei com o objetivo de declarar a Associação Ministério Evangelista Livres de Utilidade Pública Municipal (014.00064.2023). A organização sem fins lucrativos possui ações de proteção à família, à infância, à maternidade e ao idoso. A iniciativa é do Jornalista Márcio Barros (PSD). 

Além disso, os projetos de lei aprovados em primeiro turno, na véspera (6), retornam à pauta para a confirmação do plenário. Uma das propostas é incluir a Semana Municipal de Conscientização da Síndrome de Prader-Willi no calendário oficial de eventos de Curitiba (entenda). Confira as ordens do dia de segunda, de terça e de quarta-feira.