Votação da liberação da bebida nos estádios é adiada
Os vereadores de Curitiba decidiram adiar, nesta quarta-feira (26), por cinco sessões, a segunda votação do projeto de lei que autoriza a venda e o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol (005.00039.2015). A decisão foi tomada por votação simbólica, quando os parlamentares não precisam registrar suas decisões no painel eletrônico, e está de acordo com o regimento interno da Câmara Municipal, pois o requerimento, feito pelo líder da maioria, Paulo Salamuni (PV), foi verbal.
Antes do início da votação, a sessão foi suspensa para que os líderes partidários tratassem do adiamento, mas não houve consenso e foram registrados alguns votos contrários. Após a decisão, os parlamentares se revezaram na tribuna expondo as razões de seus votos. Representantes da Polícia Militar e do Ministério Público do Paraná, que se opõem à liberação das bebidas, foram ouvidos pelos vereadores.
Salamuni argumentou, assim como outros vereadores, que o tema é polêmico e que o tempo de adiamento será utilizado para ampliar o debate com a sociedade. “Temos que ouvir a comunidade, todos os segmentos, inclusive os clubes”, apoiou o líder da bancada do PDT, Jorge Bernardi. "Sugiro que haja fiscalização em torno dos estádios. Não adianta manter essa proibição dentro do estádio, se fora estão liberados o consumo e a venda", lembrou Felipe Braga Côrtes (PSDB).
Contrário ao adiamento, Mestre Pop (PSC) disse que a sociedade deveria ter sido ouvida antes da primeira votação, “e não depois”. Um dos autores do projeto, Pier Petruzziello (PTB) disse respeitar a decisão do plenário, mas afirmou que vai continuar lutando para que as bebidas sejam liberadas nos estádios. “Ainda não perdemos, vamos vencer. Tem que prevalecer, de forma absoluta, o direito constitucional do cidadão. Não deixaremos que o bom torcedor de futebol seja punido por causa dos maus”, completou.
Ocorrências
Representantes da Polícia Militar e do Ministério Público do Paraná apresentaram dados que comprovariam a redução no número de ocorrências policiais após a proibição do consumo de álcool nos estádios. “Entre 2007 e 2014, houve redução de 51% nos crimes relacionados à bebida”, afirmou o major Alex Erno Breuning, subcomandante do 12º Batalhão da PM, que comandou o policiamento externo nos jogos da Copa do Mundo na capital.
O major também questionou o argumento utilizado por alguns vereadores, de que durante o Mundial de Futebol, quando a bebida foi liberada, não houve incidentes de violência. “A Copa não serve como parâmetro, pois não temos a animosidade entre as torcidas. Mesmo assim, tivemos 172 ocorrências, como invasão do banheiro feminino, pessoas urinando em áreas públicas e casos de coma alcoólico. No último jogo, 104 policiais que estavam fora do estádio foram solicitados para auxiliar na segurança interna.”
As informações foram ratificadas pela promotora de justiça Cristina Corso Ruaro, que também trabalhou na Copa do Mundo. “Participamos do juizado do torcedor e houve vários incidentes relacionados ao consumo de álcool”, relatou. A promotora acrescentou que a paixão que o torcedor tem pelo futebol, somada à aglomeração de pessoas e o consumo de bebidas costuma resultar em violência dentro e fora dos estádios.
Também participaram da discussão, encaminhando a votação do requerimento de adiamento, ou justificaram o voto, os vereadores Valdemir Soares (PRB), Noemia Rocha (PMDB), Zé Maria (SD), Julieta Reis (DEM), Helio Wirbiski e Paulo Rink, do PPS, Felipe Braga Côrtes (PSDB), Carla Pimentel (PSC) e Dirceu Moreira (PSL).
Antes do início da votação, a sessão foi suspensa para que os líderes partidários tratassem do adiamento, mas não houve consenso e foram registrados alguns votos contrários. Após a decisão, os parlamentares se revezaram na tribuna expondo as razões de seus votos. Representantes da Polícia Militar e do Ministério Público do Paraná, que se opõem à liberação das bebidas, foram ouvidos pelos vereadores.
Salamuni argumentou, assim como outros vereadores, que o tema é polêmico e que o tempo de adiamento será utilizado para ampliar o debate com a sociedade. “Temos que ouvir a comunidade, todos os segmentos, inclusive os clubes”, apoiou o líder da bancada do PDT, Jorge Bernardi. "Sugiro que haja fiscalização em torno dos estádios. Não adianta manter essa proibição dentro do estádio, se fora estão liberados o consumo e a venda", lembrou Felipe Braga Côrtes (PSDB).
Contrário ao adiamento, Mestre Pop (PSC) disse que a sociedade deveria ter sido ouvida antes da primeira votação, “e não depois”. Um dos autores do projeto, Pier Petruzziello (PTB) disse respeitar a decisão do plenário, mas afirmou que vai continuar lutando para que as bebidas sejam liberadas nos estádios. “Ainda não perdemos, vamos vencer. Tem que prevalecer, de forma absoluta, o direito constitucional do cidadão. Não deixaremos que o bom torcedor de futebol seja punido por causa dos maus”, completou.
Ocorrências
Representantes da Polícia Militar e do Ministério Público do Paraná apresentaram dados que comprovariam a redução no número de ocorrências policiais após a proibição do consumo de álcool nos estádios. “Entre 2007 e 2014, houve redução de 51% nos crimes relacionados à bebida”, afirmou o major Alex Erno Breuning, subcomandante do 12º Batalhão da PM, que comandou o policiamento externo nos jogos da Copa do Mundo na capital.
O major também questionou o argumento utilizado por alguns vereadores, de que durante o Mundial de Futebol, quando a bebida foi liberada, não houve incidentes de violência. “A Copa não serve como parâmetro, pois não temos a animosidade entre as torcidas. Mesmo assim, tivemos 172 ocorrências, como invasão do banheiro feminino, pessoas urinando em áreas públicas e casos de coma alcoólico. No último jogo, 104 policiais que estavam fora do estádio foram solicitados para auxiliar na segurança interna.”
As informações foram ratificadas pela promotora de justiça Cristina Corso Ruaro, que também trabalhou na Copa do Mundo. “Participamos do juizado do torcedor e houve vários incidentes relacionados ao consumo de álcool”, relatou. A promotora acrescentou que a paixão que o torcedor tem pelo futebol, somada à aglomeração de pessoas e o consumo de bebidas costuma resultar em violência dentro e fora dos estádios.
Também participaram da discussão, encaminhando a votação do requerimento de adiamento, ou justificaram o voto, os vereadores Valdemir Soares (PRB), Noemia Rocha (PMDB), Zé Maria (SD), Julieta Reis (DEM), Helio Wirbiski e Paulo Rink, do PPS, Felipe Braga Côrtes (PSDB), Carla Pimentel (PSC) e Dirceu Moreira (PSL).
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