"Voice Design" foi tema da tribuna livre desta quarta

por Assessoria Comunicação publicado 30/03/2016 13h50, última modificação 06/10/2021 07h44
Na manhã desta quarta-feira (30), a convite do vereador Jorge Bernardi (Rede), a tribuna livre foi ocupada pelo jornalista Jorge Cury Neto que veio à Casa para falar sobre “Voice Design, o poder da palavra falada aplicada e o estudo das múltiplas possibilidades da voz para fins comunicativos”. A tribuna livre é o espaço reservado pela Câmara durante a sessão plenária para que visitantes [sob indicação dos vereadores] tratem de temas pertinentes à coletividade.

Jorge Bernardi saudou Jorge Cury Neto destacando sua atuação no jornalismo paranaense dos últimos 40 anos. “Ninguém melhor do que Jorge Cury Neto para falar sobre as potencialidades da voz humana. Ele sistematizou uma técnica de aproveitamento vocal chamada Voice Design e hoje nos falará um pouco sobre ela”.

Jorge Cury Neto chamou a atenção para o paradoxo que existe nos estudos de comunicação. “Sabemos que tudo que ouvimos e dizemos determina nossa existência”, disse ele. “A palavra tem sentido primal. Na raiz grega, a palavra pessoa significa "por som". Apesar de toda essa importância, os estudos sobre a voz são escassos”.

Para Cury Neto, fazer uma declaração é materializar um pensamento, mas isso é pouco valorizado pelas pessoas em geral. “Na prática, as pessoas não conhecem suas vozes, usam de modo superficial, sem planejamento”.

De acordo com o palestrante, essa foi sua motivação para criar o “Voice Design Coaching”, proposta apresentada, em 1973, na cidade de Salvador e que foi discutida em eventos em Barcelona e Washington. O procedimento se fundamenta na compreensão e na construção da voz com o objetivo de formar “supercomunicadores”.

O Voice Design Coaching pretende possibilitar consciência, confiança e clareza no uso da voz, com o intuito de se chegar à compreensão da dimensão da voz (consciência plena da fala e da escuta). “Com essas atividades, o supercomunicador se habilita, abre sua sensibilidade”, defende Cury Neto, que concluiu: “para quem se pretende um supercomunicador, é necessário entender a intencionalidade dos sons”.