Viva Saudável: livros arrecadados no projeto são entregues a ONG

por Assessoria Comunicação publicado 30/08/2018 16h45, última modificação 28/10/2021 08h42

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) entregou, nesta quinta-feira (30), os 284 livros doados por servidores e vereadores durante a campanha iniciada no dia 15 de agosto, como parte do projeto Viva Saudável. As obras arrecadadas foram recebidas pela Freguesia do Livro, organização da sociedade civil (OSC) criada na capital há sete anos. Elas serão destinadas aos pontos mantidos pela iniciativa, dos quais podem ser retiradas gratuitamente. O objetivo é incentivar a leitura.

Segundo as fundadoras da entidade, as fonoaudiólogas Josiane Mayer Bibas e Ângela Marques Duarte, os livros serão primeiramente organizados – ou seja, separados de acordo com o perfil do público de cada caixa de leitura. Hoje só em Curitiba existem 150 pontos, em estabelecimentos comerciais, condomínios, empresas, clínicas, escolas, instituições de ensino e outros equipamentos públicos. A “corrente literária” também está presente na região metropolitana, litoral, outras cidades paranaenses (como Ponta Grossa e Apucarana) e em dois municípios catarinenses (Itajaí e Florianópolis).

As obras, em seguida, serão adesivadas. “Depois de ler, devolva ou passe adiante”, diz a mensagem. “É uma corrente literária, para que a pessoa, depois de ler, não o guarde. Passe para a frente, incentive alguém que combine com o livro”, reforçou Ângela. “Um livro parado não serve para nada. O papel é perecível.”

Josiane sugeriu que “cada vez que entrar [comprar] um livro novo, tirar [doar] um velho”. “Muita gente não lê porque não tem um livro e também porque não foi estimulada”, continuou. Ela alertou, entretanto, à “filosofia da doação certa” - relatando casos em que recebem obras muito deterioradas, ilegíveis, ou mesmo antigas listas telefônicas. Para esses casos, acrescentou Ângela, existe a reciclagem.

“A Freguesia do Livro nasceu quando as fonoaudiólogas concluíram que um projeto como este atingiria mais gente que o trabalho no consultório”, explicou Ângela em resposta ao questionamento do diretor-geral da CMC, Nilton Cordoni. Chefe do Setor de Medicina e Saúde Ocupacional (SMSO) do Legislativo, Liege da Fonseca Rocha destacou que durante a campanha os livros nas caixas chamaram a atenção de alguns funcionários, que paravam e folheavam as obras.

“Você não pode deixar os livros morrerem de inanição”, pontuou o assessor orçamentário e financeiro da Controladoria da Casa e futuro diretor-geral, Marco Antonio Busnardo. Também participaram da entrega a diretora de Administração e Recursos Humanos (Darh) da CMC, Ana Cláudia Melo dos Santos; e a servidora Stella Maris Silva Figueiredo, analista da Darh.

O site da Freguesia do Livro possui um link para o cadastro de interessados em receber pontos de leitura. É necessário indicar, dentre outros itens, por qual gênero seus frequentadores mais se interessariam – literatura infantil, por exemplo. De acordo com Josiane, as pessoas podem pensar que os livros às vezes estão em locais em que não haveria a necessidade do acesso gratuito às obras, mas ela ponderou que esses pontos fomentam novas doações, mantendo o ciclo de incentivo à leitura.

Confira mais fotos da entrega das obras no Flickr da CMC.