Violência infantil preocupa vereadores

por Assessoria Comunicação publicado 18/11/2008 18h35, última modificação 22/06/2021 09h23
Os vereadores levantaram vozes na Câmara de Curitiba, nesta segunda-feira (17), contra a violência infantil no País, embalados pelo quarto crime registrado contra criança no Paraná em menos de duas semanas.
Para o vereador Paulo Salamuni (PV), ainda há centenas de outros casos que não vêm à tona no Brasil, ligados à marginalidade, à violência e à prostituição infantil. Salamuni destacou que os crimes acontecem devido aos aspectos sociais, acesso à internet, ingenuidade de pais e filhos e outras situações adversas. “Ficamos impotentes, como agentes públicos e seres humanos, diante destes casos, sem saber o que dizer para a sociedade”, lamentou, sugerindo mutirão dos parlamentares contra a violência infantil.
Na tribuna, os vereadores lembraram das duas meninas que foram mortas na semana passada, depois de sofrerem abuso: Alessandra Betin, de 9 anos, no município de Castro, e Pâmela Pedra dos Santos, de 3 anos, em Querência do Norte. No início do mês, Rachel Genofre, de 9 anos, foi encontrada morta dentro de uma mala, na Rodoferroviária de Curitiba, com sinais de violência sexual.
Sobre o mesmo tema, a vereadora Nely Almeida (PSDB) citou atrocidades cometidas pelos familiares contra crianças e falou da necessidade, como parlamentares, de estudarem o comportamento humano para tentar entender certas atitudes. Citou, ainda, exemplos vistos por ela dentro da Associação dos Meninos de Curitiba (Assoma), como pais que queimavam seus filhos ou filhos que eram violentados pelos pais.
Alarmante
Com base em dados do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima de Crimes (Nucria), Ministério Público, Secretaria de Estado da Criança e Juventude, Fundação de Ação Social (FAS), OAB e Hospital Pequeno Príncipe, a cada dia, em Curitiba, três crianças são vítimas de agressão. A maior parte das agressões permanece sendo a sexual, em que 67% dos casos ocorrem no espaço físico doméstico.
No ano passado, foram 950 ocorrências registradas pelo Nucria, 700 ações penais no Ministério Público, 350 atendimentos no Hospital Pequeno Príncipe e 925 atendimentos pela FAS.