Violência contra a mulher é tema de seminário

por Assessoria Comunicação publicado 30/11/2007 16h50, última modificação 18/06/2021 08h25
O Conselho Municipal da Condição Feminina promoveu, na manhã desta sexta-feira (30), seminário no Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército. No encontro, denominado Programa Curitiba Protegendo a Mulher, foram apresentados os resultados do primeiro ano de atuação do Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Curitiba. Também foi lembrado o Dia Internacional pelo Fim da Violência contra a Mulher, 25 de novembro. Estavam presentes a presidente da FAS, Fernanda Richa, desembargadora Rosana Fachin, deputada estadual Rosane Ferreira, delegada Darli Rafain e as vereadoras Julieta Reis (DEM) e Professora Josete (PT), entre outras, além da presidente da conselho, Elizabeth Maia.
Força feminina
“Será que as pessoas não sabem ou não se interessam sobre as injustiças que nós, mulheres, sofremos?, indagou Fernanda Richa, ao abrir o evento. A presidente da FAS ressaltou a força laboral, espiritual e econômica das mulheres, lembrando que, hoje, representam boa parte do eleitorado. Disse, ainda, que a demora na tomada de medidas mais sérias contra a violência pode trazer conseqüências graves.
A desembargadora Rosana Fachin destacou as ações do Juizado Especial durante o ano, afirmando que foram efetuadas 1.218 audiências, 719 medidas protetivas, 104 pedidos de fiança, entre outras. “Estamos lutando, trabalhando com dedicação, mas ainda vivenciamos uma triste realidade”, avaliou.
Para a vereadora Julieta Reis, apesar da vigência da Lei Maria da Penha, as agressões ainda acontecem, principalmente no ambiente familiar. “A violência não tem nível social, econômico ou cultural’, lembrou. “A diferença é que, agora, a mulher não precisa se calar. Pode procurar ajuda na Justiça”.
Na opinião da Professora Josete, o Estado tem o dever e a responsabilidade de garantir o apoio necessário que as mulheres que precisam. “É preciso compromisso com uma sociedade democrática e com a defesa da cidadania das mulheres”, argumentou.
Experiência
A advogada Cláudia Patrícia de Luna, que também é presidente da ONG Elas por Elas Vozes e Ações das Mulheres, falou sobre as experiências da entidade, criada há 10 anos, em São Paulo. “Fiquei muito impressionada com a força das paranaenses”, destacou, cumprimentando as curitibanas pelas ações contra violência doméstica.
Também proferiu palestra a delegada da Mulher em Foz do Iguaçu, Deise Dorigo Barão. À tarde, foi realizado debate.