Viaduto do Orleans: proposto projeto para resolver engarrafamentos

por Assessoria Comunicação publicado 24/03/2016 16h45, última modificação 06/10/2021 07h38

A convite do vereador Mauro Ignácio (PSB), o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) apresentou à Câmara Municipal, na sessão desta quarta-feira (23), os estudos para acabar com os engarrafamentos no viaduto do Orleans, que cruza a BR-277. Coordenador do projeto, o engenheiro Márcio Teixeira defendeu que a melhor opção é realizar as obras em duas etapas. Primeiramente haveria a duplicação do viaduto, entre outras intervenções, que melhoraria o tráfego por cerca de quatro anos, e depois ocorreria a implantação de uma interseção em diamante em ponto único, com vida útil de mais de 20 anos.

“Apesar do custo inicial alto, a eficiência operacional é proporcionalmente alta”, defendeu Teixeira. Como desvantagens, ele citou o impacto de desapropriações e, por ser uma solução “incomum”, a possibilidade de “causar alguma confusão” no início da operação. A primeira etapa, de acordo com os estudos, tem valor total estimado R$ 2,9 milhões e a dois, de cerca de R$ 23 milhões. “O cenário atual é de grande saturação do viaduto. Congestionamentos e aumento do tempo de viagem, principalmente para o transporte público. São poucas oportunidades de travessia, sem segurança para pedestres e ciclistas”, completou o engenheiro, coordenador de mobilidade do Ippuc.

“Os engarrafamentos no viaduto do Orleans afetam todos que lá circulam, um caminho usado por muitos curitibanos. Tenho levantado esse tema e uma solução há três anos, disse Ignácio. Para viabilizar as obras, destacou o vereador, é preciso levantar recursos. “O projeto executivo precisará de cerca de R$ 300 mil”, acrescentou o autor do convite (052.00003.2016), que propôs a apresentação de uma emenda coletiva ao orçamento do próximo ano que beneficie as intervenções no viaduto do Orleans.

O presidente do Ippuc, Sérgio Pires, também defendeu a implantação em duas etapas. “Foram estudos exaustivos, que colocam um norte em nosso projeto. Minha sugestão é que possam ser feitas emendas parlamentares para que o projeto executivo seja feito e, a partir dele, tenhamos o valor real da obra. A duplicação [etapa um] tem que estar casada com o projeto definitivo. O compromisso do Ippuc é com a cidade, temos que trabalhar com esta perspectiva.”
 
A apresentação dos estudos foi acompanhada por moradores da região. O presidente do Conselho de Segurança (Conseg) do São Braz, Fernando Linhares de Almeida, e a presidente da Associação de Moradores do Bairro Saturno e da União de Moradores da Região de Santa Felicidade, Wanda Silva Morais, foram ouvidos pelos vereadores.

“Sou o autor do projeto do Conseg. Nosso objetivo, cutucar o poder público para que tomasse uma atitude, foi parcialmente concretizado. Eu entendo que nosso projeto tenha vida útil média. Ele depende simplesmente de mudanças no trânsito e obras em ruas que hoje tem baixo nível de tráfego. Acredito que o custo de nossa proposta seja viável e que as obras dificilmente serão finalizadas em sete anos [tempo indicado pelo Ippuc como vida útil do cenário proposto pelos moradores]”, defendeu Almeida.

Para Wanda, “20 anos [de vida útil da segunda etapa do projeto] está ótimo”. “Vou levar esta notícia aos moradores”, afirmou a cidadã. Também participaram do debate os vereadores Felipe Braga Côrtes (PSDB), Julieta Reis (DEM) e Paulo Salamuni (PV), líder do prefeito na Câmara Municipal de Curitiba.