Vereadores sugerem medidas para melhorar inclusão nas audiências da CMC
Sugestão para adoção da autodescrição inclusiva na CMC partiu do vereador Sidnei Toaldo. (Fotos: Rodrigo Fonseca/CMC)
Os vereadores da capital paranaense apoiaram, nesta semana, duas sugestões à direção da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) para incentivar a participação social nas audiências públicas da CMC. Para melhorar a inclusão de pessoas com deficiência nos eventos realizados pelo Legislativo, Sidnei Toaldo (Patriota) pede que a Casa adote a “boa prática” da autodescrição inclusiva nas suas atividades (204.00019.2023). A sugestão foi votada na quarta-feira (9).
“A autodescrição dá as informações sobre o indivíduo e o evento, que as pessoas com deficiência não absorvem visualmente. Outro ponto importante é que o acesso à descrição das características físicas dos indivíduos e do ambiente pode ajudá-los a recordar e a identificar essas pessoas numa reunião posterior”, explica Sidnei Toaldo, na justificativa da proposição. Ele sugere que a direção da CMC implante a medida não só nas audiências públicas, mas também nas sessões e reuniões de comissão, que são transmitidas online.
Sidnei Toaldo leu em plenário uma autodescrição padrão, sugerida por pessoas com deficiência visual, para mostrar como seria a adoção da boa prática. “No início da sessão, o presidente diria [dando o próprio exemplo] ‘sou um homem caucasiano, de idade X, altura X, cabelos X’, fazendo em seguida uma descrição sucinta, breve e objetiva, dos demais membros da Mesa”, demonstrou.
Certificado para estudantes
A segunda ideia aprovada pelo plenário hoje, em votação simbólica, foi a distribuição de certificados de participação a estudantes que participem de atividades da CMC (204.00018.2023). A proposta é dos vereadores Jornalista Márcio Barros (PSD), Sidnei Toaldo (Patriota) e Nori Seto (PP), tendo sido submetida ao plenário na terça-feira (8).” O interesse é trazer os estudantes para cá e levar a Câmara de Curitiba para dentro da academia”, justificou Márcio Barros.
“As horas de atividade complementar são requisitos para a graduação nos cursos e a exigência delas é para que os estudantes tenham experiências diferentes, como cursos, seminários e palestras. Elas são comprovadas mediante a apresentação de certificados e todos nossos eventos da CMC, menos as sessões plenárias, poderiam fornecer esse documento”, reforçou Márcio Barros. “Numa audiência que promovi sobre a segurança dos pacientes, a Escola do Legislativo forneceu os certificados, e isso poderia acontecer sempre”, exemplificou
“As faculdades também têm interesse nisso, pensando na formação dos seus estudantes”, concordou Sidnei Toaldo. Para Nori Seto, é uma forma de incentivar a participação da sociedade nas audiências públicas da Câmara Municipal ao mesmo tempo em que contribui com a formação acadêmica dos estudantes, aproximando eles de especialistas em diversos assuntos. Com a aprovação em plenário, a sugestão será convertida em ofício e protocolada junto a Mesa Diretora da CMC.
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