Vereadores sugerem food trucks no Natal e IPTU menor para imóveis alagados
Roda gigante instalada na rua XV de Novembro para o Natal de Curitiba 2023. (Foto: Daniel Castellano/SMCS)
Durante a votação das indicações à Prefeitura de Curitiba, nesta quarta-feira (6), duas sugestões dos vereadores ao Executivo foram aprovadas em votação simbólica. Convencidos por Mauro Ignácio (União) de que há espaço para incrementar o turismo de final de ano na capital do Paraná, a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) endossou a proposta do parlamentar para que sejam liberadas áreas para food trucks perto dos eventos de Natal. “São cerca de 400 empreendedores, que poderiam engrandecer as festividades de Curitiba”, apontou o parlamentar.
“Curitiba tem sido palco de grandes espetáculos natalinos, é a cidade com a maior programação de fim de ano do Brasil, com mais de 100 atrações, durante 47 dias de programação. Temos 14 empresas contribuindo [como patrocinadoras e apoiadoras] para criar cenários envolventes que celebram o nascimento de Jesus Cristo. Ter praças de alimentação, com food trucks, perto desses locais, seria bom para a cidade”, defendeu Mauro Ignácio, que tem discutido isso com as associações de empreendedores do ramo. A sugestão será convertida em ofício da CMC, sendo encaminhada à Secretaria de Governo da Prefeitura de Curitiba (205.00420.2023).
Ao trazer o tema ao plenário, Mauro Ignácio viu o vereador Rodrigo Reis (União) propor que a CMC monte uma comissão para propor uma atualização da Lei dos Food Trucks, que o parlamentar considera ultrapassada. “A lei precisa de revisão, ficou mal feita. Hoje, os pontos públicos não foram criados, logo os empreendedores participam somente de eventos privados”, criticou Reis. Os food trucks foram autorizados em Curitiba há oito anos, durante a gestão Gustavo Fruet, com o advento da lei municipal 14.634/2015, proposta pelo ex-vereador Helio Wirbiski.
Vereadores sugerem descontar danos causados pelas chuvas do IPTU
Para reduzir o sofrimento das famílias curitibanas atingidas por alagamentos decorrentes das fortes chuvas que têm caído sobre a cidade, os vereadores Alexandre Leprevost (Solidariedade) e Indiara Barbosa (Novo) submeteram ao plenário da CMC uma sugestão à Prefeitura de Curitiba. A ideia dos parlamentares é que os proprietários de imóveis danificados por enchentes possam pleitear, junto ao Executivo, o abatimento de parte das perdas materiais da cobrança anual do IPTU (205.00419.2023).
“É uma medida compensatória, igual às feitas por outros municípios brasileiros, que poderia ter uma trava, para beneficiar somente as famílias com menos condições financeiras”, resumiu Leprevost, durante o debate em plenário. “O que estamos pedindo são estudos para avaliar a possibilidade de redução ou isenção de IPTU para imóveis atingidos por alagamentos em Curitiba. Neste ano, as chuvas vieram muito fortes e há a tendência de que isso ocorra todos os anos daqui em diante. As pessoas perdem móveis, eletrodomésticos e até a moradia”, alertou.
Para Indiara Barbosa, “a cidade que se diz a mais inteligente do mundo não está conseguindo propor soluções para os estragos frequentes das chuvas”. “No mínimo, devíamos ajudar a população, e uma das formas de ajudar é aliviar o bolso do cidadão, que é o que estamos propondo”, disse a vereadora. Bastante preocupada, Indiara Barbosa trouxe ao plenário uma resposta a pedido de informação do seu mandato, no qual a Prefeitura de Curitiba diz que não possui um levantamento atualizado das áreas suscetíveis a inundações, alagamentos ou enchentes em Curitiba (062.00711.2023). “O verão está chegando e é a época que mais chove no ano”, reforçou a vereadora
Em apoio aos colegas, Sidnei Toaldo (Patriota) deu um testemunho da mudança das chuvas na capital do Paraná. “O ano está sendo atípico, o clima causou sérios danos. Na quarta-feira passada, na minha residência, que nunca teve problema de alagamento, a água entrou na cozinha”, relatou. O vereador concordou que prejuízos patrimoniais desse tipo são seríssimos para as famílias atingidas, só ponderou que alguns imóveis compartilham terreno com áreas de preservação ambiental, já recebendo um desconto em razão disso. “A Prefeitura teria que ter um trabalho minucioso para identificar os locais”, opinou Toaldo.
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