Se depender de uma sugestão ao Executivo aprovada, nesta quarta-feira (16), pela Câmara Municipal de Curitiba, o programa Rota das Araucárias reunirá a capital e outras cidades paranaenses na forma de um consórcio intermunicipal. A ideia, conforme a indicação discutida em plenário, é incentivar o setor turístico dos municípios consorciados por meio de parcerias público-privadas e da divulgação recíproca dos locais que podem ser visitados no estado, mas que ainda são pouco explorados (205.00328.2022). 

Para o autor da proposição, vereador Eder Borges (PP), a atividade turística pode ser ainda mais fomentada. “Os turistas que vêm visitar nossa cidade poderiam ter a oportunidade de conhecer mais pontos turísticos nas proximidades”, explicou. Ele citou como exemplos de pontos turísticos com potencial para serem ainda mais explorados Guaraqueçaba, no litoral, o Vale do Ribeira, a Vila Velha e a Lagoa Dourada, as cachoeiras de Prudentópolis e o turismo religioso de Irati, entre outros destinos. 

“A ideia desse programa é que seja criado um centro de integração, preferencialmente no parque Barigui, que já é um ponto de referência da nossa cidade e que fica em um ponto estratégico [próximo à BR-277]”, completou Borges. No local, disse o vereador, haveria a divulgação dos passeios a outras cidades do Paraná, que os turistas poderiam aproveitar durante a estada na capital.

Piso tátil
Também foi acatada, nesta manhã, indicação ao Executivo para que o piso tátil seja instalado nas portas dos ônibus e estações-tubo. Outra sugestão é para que a Prefeitura de Curitiba disponibilize painéis em braile com informações sobre as linhas de ônibus em circulação (205.00326.2022). 

Segundo o autor, vereador Jornalista Márcio Barros (PSD), a demanda partiu de uma cidadã com deficiência visual, que é usuária do transporte coletivo. A ideia, segundo ele, é que o acesso a ônibus, terminais e estações-tubo se torne “menos difícil”. Votadas em turno único e de maneira simbólica (sem o registro no painel eletrônico), as indicações são uma manifestação legal dos vereadores, referendadas em plenário, mas não são impositivas. Cabe ao Executivo avaliar e acatar, ou não, tais propostas.

Comissão especial
Com o aval do plenário, a Comissão Especial da Visibilidade Negra teve as atividades prorrogadas por mais 120 dias, a partir de 12 de dezembro. A criação do colegiado, em agosto de 2021, foi uma resposta do Legislativo à conclusão de um grupo de trabalho da Defensoria Pública da União de que há um “apagamento e silenciamento” da população negra na história da capital.

Votado na segunda parte da ordem do dia, o requerimento foi acatado com unanimidade, com o apoio de 28 vereadores (084.00009.2022). As sessões plenárias começam às 9 horas e têm transmissão ao vivo pelos canais institucionais no YouTube, no Facebook e no Twitter.