Vereadores se mobilizam para evitar fechamento da Escola Vivian Marçal
Vereador Mauro Ignácio levou ao plenário a moção de apoio à Escola Vivian Marçal. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)
Para evitar o fechamento da Escola Especial Vivian Marçal, que tem 239 alunos com deficiência, os vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) começaram, nesta quarta-feira (26), uma mobilização para ajudar a instituição na arrecadação dos recursos de que ela precisa para quitar as dívidas que ameaçam as suas atividades. “A população de Curitiba não vai deixar a Escola Vivian Marçal fechar”, disse Mauro Ignácio (PSD).
Hoje, uma moção de apoio à mantenedora da Escola Vivian Marçal, que é a Associação do Deficiente Motor (ADM), foi aprovada por unanimidade, em votação simbólica, pela Câmara de Curitiba (416.00011.2024). Protocolada por Mauro Ignácio, a proposição recebeu o apoio de 22 dos 38 vereadores da capital, e é resultado do depoimento de Ivonete Wandembruck, presidente da ADM, em sessão solene realizada ontem na CMC. Ignácio homenageava César Marçal, um dos fundadores da escola especial.
Além de Ignácio, assinaram a moção os vereadores Alexandre Leprevost (União), Amália Tortato (Novo), Eder Borges (PL), Ezequias Barros (PRD), Herivelto Oliveira (Cidadania), Hernani (Republicanos), Jornalista Márcio Barros (PSD), Marcelo Fachinello (Pode), Mauro Bobato (PP), Noemia Rocha (MDB), Nori Seto (PP), Oscalino do Povo (PP), Osias Moraes (PRTB), Pier Petruzziello (PP), Professora Josete (PT), Professor Euler (MDB), Salles do Fazendinha (Rede), Serginho do Posto (PSD), Sidnei Toaldo (PRD), Tito Zeglin (MDB) e Giorgia Prates - Mandata Preta (PT).
Presidente da ADM pede socorro à Escola Vivian Marçal na Câmara de Curitiba
A revelação do risco de fechamento iminente da Escola Vivian Marçal foi feita por Ivonete Wandembruck durante sessão solene na Câmara de Curitiba. “Estivemos na Secretaria [Estadual] de Educação [Seed] e… Temos processos trabalhistas que herdamos, [além de] muitas dívidas da administração anterior [da ADM], que fomos pagando, negociando, [mas] os juízes das varas [da Justiça] do Trabalho bloquearam valores das nossas contas [bancárias] com a Seed, que não pode continuar com os convênios [nessa situação]. Deram até o dia 5 de julho para a gente levar uma solução”, disse a presidente da ADM.
Referindo-se a esse momento, na sessão solene de ontem, Mauro Ignácio disse que a ideia era fazer a entrega da Cidadania Honorária de Curitiba a César Marçal, mas “a solenidade tomou um caminho inesperado com o depoimento da presidente da ADM, dizendo que as escola pode fechar”. “O momento é de encontrar uma solução, para que a Escola Vivian Marçal, que tem 239 alunos, e 86 profissionais, não feche as suas portas”, repetiu, citando que uma campanha de arrecadação será organizada pela instituição .
“Tem que construir um caminho, porque lá temos famílias amparadas pela escola especial. Falar sobre isso já é uma forma de ajuda, mas precisamos encontrar um jeito efetivo [de contribuir]”, concordou Mauro Bobato (PP). “A Ivonete está buscando saídas, para que não se chegue ao extremo [do fechamento das duas unidades]. É um trabalho maravilhoso, que não pode acabar, levando carinho às pessoas que precisam. Gestões infelizes fizeram com que a entidade se encontre neste grave problema”, comentou Alexandre Leprevost (União).
“Imagine se, de repente, esses 239 alunos não tiverem mais o apoio da instituição”, alertou Herivelto Oliveira (Cidadania), que no ano passado liderou a captação de uma emenda coletiva para a instituição. “Acredito que a cidade vai se mobilizar, vai haver um apadrinhamento para superar essa situação”, opinou o parlamentar. Da mesma opinião, Rodrigo Reis (PL) defendeu pedir a ajuda dos “grandes empresários” de Curitiba. Oscalino do Povo (PP) comparou a Escola Vivian Marçal ao Pequeno Cotolengo, indicando que, além de arrecadar os recursos, é importante acompanhar a resolução dos problemas que geraram as dívidas.
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