Vereadores repudiam agressão contra médica da UPA Pinheirinho

por Fernanda Foggiato | Revisão: Vanusa Paiva — publicado 03/02/2022 10h35, última modificação 03/02/2022 13h56
Parlamentares de Curitiba alertaram para segurança dos servidores da rede municipal da saúde.
Vereadores repudiam agressão contra médica da UPA Pinheirinho

Maria Leticia leu nota de repúdio do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná à agressão. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

Em pronunciamentos durante a sessão plenária dessa quarta-feira (2), vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) lamentaram as agressões físicas e verbais contra médica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pinheirinho, na madrugada do último domingo (30). Segundo a Prefeitura de Curitiba, a servidora foi agredida pela acompanhante de um paciente, após solicitar que a mulher aguardasse na sala de espera. 

“Peço à nossa prefeitura, conforme já entrei em contato, que dê atenção especial à segurança dos nossos médicos”, pediu o Pastor Marciano Alves (Republicanos), abrindo a discussão. Maria Leticia (PV) leu nota do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar). “O Simepar repudia qualquer tipo de violência e exige que a Prefeitura de Curitiba garanta a segurança nas Unidade de Pronto Atendimento e nas Unidades Básicas de Saúde, pois é inadmissível que agressões como essa continuem acontecendo”, diz trecho do documento. 

Maria Leticia, que é médica e procuradora da mulher na Câmara de Curitiba, disse já ter oficiado o Ministério Público do Paraná (MP-PR) duas vezes, sugerindo manifestação sobre a vulnerabilidade dos servidores da rede municipal da saúde. “Eu afirmo aqui. A saúde de Curitiba está doente”, opinou. 

Presidente da Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Esporte da CMC, Noemia Rocha (MDB), sugeriu que o colegiado convoque audiência pública para mediar o debate. Além da segurança nos equipamentos públicos, ela alertou para valorização dos servidores da saúde e para filas de espera de atendimento da população. Conforme acordo de líderes, foram renovados a composição e o mandato dos presidentes das comissões permanentes da CMC. 

Impactos da pandemia 

Sidnei Toaldo (Patriota) também disse esperar medidas para coibir novos episódios de violência. “Infelizmente a classe médica, a classe de profissionais da saúde, vem sofrendo muito com a pandemia, [com] a pressão psicológica, e ainda vem sofrendo agressão física”, avaliou. O vereador ainda fez apelo às pessoas que ainda não se imunizaram contra a covid-19 ou que não buscaram a dose de reforço: “É somente com a vacina que a gente vai conseguir resolver esse problema tão grave”. 

“Quero também me solidarizar à profissional de saúde agredida na UPA. Endosso que precisamos engrossar a segurança desses profissionais”, completou Alexandre Leprevost (Solidariedade). Citando a Dinamarca, que tem 85% da população vacinada com a segunda dose e 61% com a terceira dose e nesta semana flexibilizou ainda mais as medidas restritivas contra a covid-19, o vereador reforçou a importância da imunização. “Curitiba está com muitas pessoas vacinadas também”, declarou.