Vereadores repudiam agressão contra médica da UPA Pinheirinho
Maria Leticia leu nota de repúdio do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná à agressão. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)
Em pronunciamentos durante a sessão plenária dessa quarta-feira (2), vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) lamentaram as agressões físicas e verbais contra médica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pinheirinho, na madrugada do último domingo (30). Segundo a Prefeitura de Curitiba, a servidora foi agredida pela acompanhante de um paciente, após solicitar que a mulher aguardasse na sala de espera.
“Peço à nossa prefeitura, conforme já entrei em contato, que dê atenção especial à segurança dos nossos médicos”, pediu o Pastor Marciano Alves (Republicanos), abrindo a discussão. Maria Leticia (PV) leu nota do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar). “O Simepar repudia qualquer tipo de violência e exige que a Prefeitura de Curitiba garanta a segurança nas Unidade de Pronto Atendimento e nas Unidades Básicas de Saúde, pois é inadmissível que agressões como essa continuem acontecendo”, diz trecho do documento.
Maria Leticia, que é médica e procuradora da mulher na Câmara de Curitiba, disse já ter oficiado o Ministério Público do Paraná (MP-PR) duas vezes, sugerindo manifestação sobre a vulnerabilidade dos servidores da rede municipal da saúde. “Eu afirmo aqui. A saúde de Curitiba está doente”, opinou.
Presidente da Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Esporte da CMC, Noemia Rocha (MDB), sugeriu que o colegiado convoque audiência pública para mediar o debate. Além da segurança nos equipamentos públicos, ela alertou para valorização dos servidores da saúde e para filas de espera de atendimento da população. Conforme acordo de líderes, foram renovados a composição e o mandato dos presidentes das comissões permanentes da CMC.
Impactos da pandemia
Sidnei Toaldo (Patriota) também disse esperar medidas para coibir novos episódios de violência. “Infelizmente a classe médica, a classe de profissionais da saúde, vem sofrendo muito com a pandemia, [com] a pressão psicológica, e ainda vem sofrendo agressão física”, avaliou. O vereador ainda fez apelo às pessoas que ainda não se imunizaram contra a covid-19 ou que não buscaram a dose de reforço: “É somente com a vacina que a gente vai conseguir resolver esse problema tão grave”.
“Quero também me solidarizar à profissional de saúde agredida na UPA. Endosso que precisamos engrossar a segurança desses profissionais”, completou Alexandre Leprevost (Solidariedade). Citando a Dinamarca, que tem 85% da população vacinada com a segunda dose e 61% com a terceira dose e nesta semana flexibilizou ainda mais as medidas restritivas contra a covid-19, o vereador reforçou a importância da imunização. “Curitiba está com muitas pessoas vacinadas também”, declarou.
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