Vereadores repercutem nota do PT que critica Urbs e prefeitura
Na manhã desta segunda-feira (15), o vereador Jorge Bernardi (Rede) parabenizou em plenário o Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) em Curitiba por ter emitido nota em que pede nova licitação do transporte coletivo e, segundo ele, “o imediato rompimento com as empresas que exploram o serviço”. Nas galerias do plenário da Câmara Municipal, dois integrantes do Movimento dos Usuários do Transporte Coletivo de Curitiba protestaram contra o aumento da tarifa.
“O partido teve muita coragem, pois a situação não pode permanecer como está. Há um cartel que domina o setor há mais de 60 anos e que vai continuar a operar o serviço até 2035, se nada for feito. Na atual gestão, foram 12 dias de greve em 24 meses – verdadeiros locautes – que resultaram num prejuízo de R$ 100 milhões por dia”.
Na nota emitida à imprensa, o PT afirma que a “administração municipal teria o respaldo da sociedade e do Tribunal de Contas do Estado para fazer isso [rever a planilha de custo retirando itens cobrados injustamente], mas não o fez. Surpreendentemente, o que acontece é o oposto: a Urbs entra com uma série de recursos contra a decisão do TCE de reajustar [baixar] a tarifa, atitude que demonstra falta de interesse na mudança” (leia na íntegra).
Em entrevista à Rádio CBN em plenário, Professora Josete (PT) disse que o PT compôs uma aliança com a prefeitura, mas não tem o poder para definição da maioria das ações do município. “Este debate do transporte o PT faz há décadas, no início da gestão estávamos otimistas, foi criada uma comissão de auditoria para análise da tarifa técnica, mas infelizmente, quando essa comissão analisava um edital de licitação para a contratação de uma auditoria externa, os trabalhos foram encerrados e se congelou o assunto”, afirmou.
Segundo ela, a gestão perdeu um “momento histórico” de fazer uma mudança radical na administração da Urbs e de ter um controle efetivo sobre a tarifa. “A nota vem nesse sentido, nisso o PT não mudou de posição, sempre fez uma crítica em outras gestões, entramos com diversas denúncias no MP, assim como na CPI do Transporte [realizada em 2013 na Câmara] também encaminhamos material tanto para a prefeitura quanto para o Tribunal de Contas e todos os órgãos envolvidos”.
O presidente do Movimento dos Usuários do Transporte Coletivo de Curitiba, Marcelo Sopkowiaki, esticou uma faixa em frente ao Palácio Rio Branco. Ele falou à jornalista que os vereadores estão “ignorando a pauta”. “Estamos vindo aqui para lembrar a eles que o povo não esqueceu e que a gente quer que eles entrem em uma discussão mais franca. Tivemos uma CPI do Transporte Coletivo que não chegou a lugar nenhum, a gente tem o Tribunal de Contas dizendo, a cada novo balanço que eles fazem, que ainda está errado, que a licitação está errada, que a tarifa está abusiva, e ninguém toma atitude nenhuma”.
Sopkowiaki informou que o movimento representa não só estudantes, mas todos os usuários do transporte e disse estar aberto ao diálogo na Câmara. “Só que a gente encontra bastante resistência com alguns vereadores e algumas autoridades, que tratam até com ironia o movimento”, criticou.
“O partido teve muita coragem, pois a situação não pode permanecer como está. Há um cartel que domina o setor há mais de 60 anos e que vai continuar a operar o serviço até 2035, se nada for feito. Na atual gestão, foram 12 dias de greve em 24 meses – verdadeiros locautes – que resultaram num prejuízo de R$ 100 milhões por dia”.
Na nota emitida à imprensa, o PT afirma que a “administração municipal teria o respaldo da sociedade e do Tribunal de Contas do Estado para fazer isso [rever a planilha de custo retirando itens cobrados injustamente], mas não o fez. Surpreendentemente, o que acontece é o oposto: a Urbs entra com uma série de recursos contra a decisão do TCE de reajustar [baixar] a tarifa, atitude que demonstra falta de interesse na mudança” (leia na íntegra).
Em entrevista à Rádio CBN em plenário, Professora Josete (PT) disse que o PT compôs uma aliança com a prefeitura, mas não tem o poder para definição da maioria das ações do município. “Este debate do transporte o PT faz há décadas, no início da gestão estávamos otimistas, foi criada uma comissão de auditoria para análise da tarifa técnica, mas infelizmente, quando essa comissão analisava um edital de licitação para a contratação de uma auditoria externa, os trabalhos foram encerrados e se congelou o assunto”, afirmou.
Segundo ela, a gestão perdeu um “momento histórico” de fazer uma mudança radical na administração da Urbs e de ter um controle efetivo sobre a tarifa. “A nota vem nesse sentido, nisso o PT não mudou de posição, sempre fez uma crítica em outras gestões, entramos com diversas denúncias no MP, assim como na CPI do Transporte [realizada em 2013 na Câmara] também encaminhamos material tanto para a prefeitura quanto para o Tribunal de Contas e todos os órgãos envolvidos”.
O presidente do Movimento dos Usuários do Transporte Coletivo de Curitiba, Marcelo Sopkowiaki, esticou uma faixa em frente ao Palácio Rio Branco. Ele falou à jornalista que os vereadores estão “ignorando a pauta”. “Estamos vindo aqui para lembrar a eles que o povo não esqueceu e que a gente quer que eles entrem em uma discussão mais franca. Tivemos uma CPI do Transporte Coletivo que não chegou a lugar nenhum, a gente tem o Tribunal de Contas dizendo, a cada novo balanço que eles fazem, que ainda está errado, que a licitação está errada, que a tarifa está abusiva, e ninguém toma atitude nenhuma”.
Sopkowiaki informou que o movimento representa não só estudantes, mas todos os usuários do transporte e disse estar aberto ao diálogo na Câmara. “Só que a gente encontra bastante resistência com alguns vereadores e algumas autoridades, que tratam até com ironia o movimento”, criticou.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba