Vereadores reclamam de obras não executadas e líder responde

por Assessoria Comunicação publicado 09/11/2016 11h30, última modificação 13/10/2021 07h14
Pelo segundo dia consecutivo, a sessão desta quarta-feira (9) da Câmara Municipal teve críticas  à Prefeitura de Curitiba devido a obras não executadas. Primeiro orador do pequeno expediente, Mestre Pop (PSC) reclamou que após a revitalização de um trecho da rua Júlio Pereira Sobrinho, no Campo de Santana, não foram reimplantadas as três lombadas que existiam no local – o que, segundo ele, tem causado acidentes.

Pop leu um e-mail atribuído à Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop). “Diz o seguinte, que a licitação está em andamento, mas que por falta de recursos a execução só deve ocorrer no próximo ano. É brincadeira. Então pergunto a vocês: quanto custa uma vida?”, declarou o vereador. “Só espero que façam as lombadas, que não esperem que alguém morra lá.”

“Não venho aqui para o choro dos derrotados, até porque não me sinto derrotado. Ainda fiz 4,2 mil votos. Venho aqui dizer quanto fui prejudicado por esta administração”, continuou Dirceu Moreira (PSL), que não se reelegeu. De acordo com o vereador, ele foi avisado que parte de suas emendas, para a pavimentação de oito ruas da Cidade Industrial de Curitiba (CIC), seria executada em agosto deste ano, o que não ocorreu. No entanto, defendeu ele, emendas de outros parlamentares que atuam no bairro foram pagas.

“A população da região que eu represento é que foi prejudicada. Fomos perseguidos, neste sentido, durante todo nosso mandato. Fica aqui nosso repúdio pela forma como o vereador Dirceu foi tratado, especialmente neste ano”, completou Moreira. Ele ponderou, no entanto, que não se reelegeu “por outros fatores”: “Nosso partido não fez legenda, mas lamento chegar ao final do mandato sem atender aquela comunidade”.

Chicarelli (PSDC) engrossou as críticas à gestão. “Vai ficar muita coisa para pagar no ano que vem.” Além de supostas dívidas, o vereador falou que o prefeito deixará para o sucessor a discussão sobre o Uber. O aplicativo, para ele, “está tirando passageiros do transporte coletivo, não é só do taxista”. “Tenho meu posicionamento contrário ao Uber, não tenho vergonha disso, porque é um transporte irregular de passageiros”, finalizou.

Líder do prefeito na Casa, Paulo Salamuni (PV) foi o último orador do pequeno expediente. “O mundo mudou. A questão é financeira. A pior crise dos últimos 70 anos vivida no país”, defendeu. “A cidade de Curitiba não tem como diversificar produtos. Ela vive de impostos e a máquina está cada vez mais difícil e pesada.”


Leia também:

Resultado das eleições segue pautando debates no Legislativo
https://www.cmc.pr.gov.br/ass_det.php?not=27095#&panel1-1