Vereadores recebem manifestantes dos Correios

por Assessoria Comunicação publicado 20/09/2011 20h20, última modificação 11/08/2021 11h46
O plenário da Câmara de Curitiba recebeu, durante a sessão desta terça-feira (20), manifestantes dos Correios  que estão em greve desde o último dia 14. O secretário-geral, Luiz Antonio de Souza, e  Jurandir Damião da Silva,  diretor do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, ocuparam a tribuna para solicitar apoio à causa. Junto com o grupo de funcionários das unidades de Curitiba, também estiveram na Casa o secretário de finanças da empresa, Sebastião Rodrigues da Cruz, e os diretores Silvério Luiz Burrkater e José Maria Pego.
A vereadora professora Josete (PT) também falou na tribuna sobre a legitimidade do movimento de paralisação, que pede melhoria salarial  para os mais de 100 mil funcionários. Solidário aos sindicalistas, o vereador Dirceu Moreira (PSL)  sugeriu a  apresentação de uma moção de  apoio  às centrais sindicais como reconhecimento  ao “valoroso trabalho que os carteiros prestam à população brasileira”.
De acordo com Luiz Antonio de Souza, “o piso atua não alcança a faixa dos  R$ 1 mil e a categoria reivindica mais R$ 400 de aumento, além de alguns avanços que melhor qualifiquem as funções dos trabalhadores”. O secretário-geral afirmou que são 35 sindicatos envolvidos no movimento nacional, lamentando a omissão do Partido dos Trabalhadores e também dos ministros  do Trabalho, Carlos Lupi, e das Comunicações, Paulo Bernardo.
Medida
Os representantes do movimento  explicaram que são contrários à  medida provisória que amplia a atuação dos Correios por considerar que a MP desqualifica a capacitação atual dos trabalhadores, que querem continuar “numa empresa pública 100% brasileira, com a realização de concursos públicos e com o compromisso do governo federal de respeitar a categoria”. Na  última sexta-feira (16), a presidente Dilma Roussef sancionou a lei que amplia as atividades da empresa, permitindo sua atuação em serviços  postais de logística integrada, financeiros e eletrônicos e autorizando os Correios a atuar no exterior, constituindo subsidiárias, e, ainda, a adquirir o controle ou participação acionária em outras empresas.
Conforme o presidente  nacional da empresa, Wagner Pinheiro de Oliveira,  a adesão à paralisação caiu para 23%, no início desta semana, depois de milhares de trabalhadores fazerem chegar aos destinatários mais de 2 milhões de cartas e encomendas entre 20 milhões de correspondências. Disse também,  em Brasília, que a proposta de aumento salarial  final da empresa é de 13%.