Vereadores rebatem líder: "Criticamos porque amamos a cidade"

por Assessoria Comunicação publicado 30/03/2016 15h40, última modificação 06/10/2021 08h18
“Quem vê Curitiba largada, cheia de mato e de problemas, e nada fala é que não ama a cidade. Criticamos porque amamos a cidade. Meu desprezo a suas palavras”, disse Valdemir Soares (PRB) a Paulo Salamuni (PV), durante a sessão plenária desta quarta-feira (30). Ele rebateu a declaração do líder do prefeito na Câmara Municipal, ontem (29), dia do aniversário da capital paranaense, de que as críticas à gestão Gustavo Fruet vêm de “só três ou quatro vereadores que não têm orgulho” de Curitiba (leia mais).

Soares também criticou a cobertura do debate pela Diretoria de Comunicação da Câmara: “Com todo o respeito ao Filipi Oliveira [diretor] e sua grande equipe, mas deram destaque de que quatro vereadores estão sendo colocados como se não amassem Curitiba”. Para Chicarelli (PSDC), “com a reportagem a Imprensa da Casa está embarcando na onda do líder”. “Eu vomitei ontem à noite [ao ler a matéria]. Fiquei indignado, porque amo Curitiba sim. Não admito. Visito todos os dias os bairros, a população carente. Vou continuar cobrando e criticando as coisas que acontecem”, afirmou. Ele acusou Salamuni de difamar vereadores.

No início da sessão, durante o pequeno expediente, Jorge Bernardi (Rede) havia subido à tribuna e rebatido a declaração do líder: “Criticar a gestão não significa que somos contra a cidade. Quando criticamos a administração apontamos aqueles tópicos em que ela está prejudicando a população”. O vereador ainda propôs a Fruet a prorrogação do prazo de adesão ao Programa de Recuperação Fiscal (Refic 2015), que termina amanhã (31), por “no mínimo 60 dias”.

“A meta era chegar a R$ 300 milhões, só que esse valor não será atingido. A Prefeitura de Curitiba tem dívidas com fornecedores em torno de R$ 750 milhões, e se o Refic for prorrogado e se tornar mais atrativo poderá ser usado para quitar esses débitos”, avaliou Bernardi. ”Quem não ama a cidade é vossa excelência [Salamuni]. Olha os moradores de rua. Quase 5 mil. Violência é o que eles estão fazendo com Curitiba”, acrescentou Chico do Uberaba (PMN), entre outras críticas à administração municipal.

Quórum
“Quem não ama Curitiba é quem não está aqui presente”, reclamou o Professor Galdino (PSDB), sobre os vereadores ausentes em plenário. Ele e Paulo Salamuni estavam inscritos nas explicações pessoais, mas a sessão foi encerrada após pedido de verificação de quórum feito pela Professora Josete (PT).

Conforme o Regimento Interno, a segunda chamada é realizada após o grande expediente. Se houver quórum e oradores inscritos, a sessão passa para as explicações pessoais, mediante a presença de no mínimo 13 vereadores. Quando houve a verificação, 12 parlamentares estavam no plenário.

Nota da Comunicação
A Diretoria de Comunicação trabalha com as premissas de transparência dos atos públicos e isonomia entre os vereadores, sem distinção de partidos ou de ideologias. Os debates realizados entre os vereadores em plenário são sempre divulgados em todas as ferramentas de comunicação – pelo site oficial, pelas redes sociais e ainda por e-mails enviados a rádios, TVs, jornais e portais de notícias.

Assim como divulgamos os elogios, não são poupadas as críticas, sejam da oposição ou da base governista. São produtos jornalísticos, livres de qualquer favorecimento ou vinculação política. A reportagem publicada nessa terça-feira (29) relatou o que foi discutido em plenário, sem omitir nem acrescentar dados. Da mesma forma, hoje noticiamos as reclamações ao texto publicado e a réplica dos parlamentares.