Vereadores questionam cálculo da tarifa de ônibus
porcentagem de lucro foi informado na primeira reunião da Comissão de Análise da Tarifa, realizada na última quinta-feira (14).
Conforme Stica, desconsiderando o custo com a folha de pagamento dos trabalhadores, que representa 45% do valor técnico da tarifa, os demais custos precisam ser revisados, já que podem ficar abaixo do cálculo atual. “O combustível representa 15% do valor, mas o preço aplicado é o que custa na bomba. Mas será que os postos não conseguem fornecer o preço de atacado às empresas?”, questionou.
O mesmo exemplo foi dado em relação ao custo dos pneus, que seria de 4%, mas cujo cálculo, de acordo com o vereador, também é feito com base no preço do varejo. Outro item que influencia o valor da passagem é a depreciação dos veículos, que seria de cinco anos e, conforme Stica, poderia ser estendida para 10 anos.
“Quando o ônibus deixa de ser usado, ele é vendido para outras cidades e continua em funcionamento. Se o carro roda apenas cinco anos, o custo da manutenção é baixo. E a empresa ainda compra o novo veículo com financiamento do BNDES, a juros reduzidos. Por isso, o lucro das empresas pode ser maior do que o informado”, ponderou.
Para Jonny Stica, a solução está na revisão desse cálculo, na realização de uma pesquisa de origem destino – para saber o real número de passageiros transportados – e na melhor eficiência da gestão do transporte coletivo, que deveria ficar a cargo da prefeitura.
Ao sugerir que o sistema seja desvinculado da Urbanização de Curitiba (Urbs), Stica recebeu o apoio de Rogério Campos (PSC), que lembrou ser o autor de requerimento encaminhado ao Executivo, que pede a criação da Secretaria Municipal do Transporte Coletivo. “Com tantas dúvidas e tantos questionamentos, por que a prefeitura ainda não assumiu a administração do transporte coletivo”, questionou Campos.
Segundo o líder do prefeito na Casa, Pedro Paulo (PT), o prefeito está recebendo todas as sugestões dos vereadores, mas a criação de uma nova pasta não pode ser vista como solução definitiva para o problema. Ele também explicou que a tarifa foi reajustada, de R$ 2,60 para R$ 2,85, porque o aumento estava previsto em contrato. “Foi uma situação de emergência”, explicou.
Licitação e caixa-preta
A licitação do transporte coletivo de Curitiba, realizada em 2010, também foi criticada pelos vereadores. Segundo Jonny Stica, um dos critérios adotados, que exigia que a empresa interessada tivesse experiência de 25 anos no sistema de canaletas, impediu que empresas de outros estados pudessem participar da licitação.
O contrato firmado após o certame também dificultaria uma possível redução da tarifa do transporte. Ainda conforme o parlamentar, isso determinaria o lucro maior das empresas e o endividamento da Urbs. “O foco central é discutir o ganho fabuloso dos consórcios. Temos que aprofundar o debate e abrir a caixa-preta”, resumiu.
Para o líder do prefeito, a transparência do sistema está sendo levada a sério pela nova gestão, com a criação da Comissão de Análise da Tarifa, a realização da auditoria no sistema e a presença do presidente da Urbs, Roberto Gregório, na Câmara de Curitiba. “A administração municipal está sim, abrindo a caixa-preta da Urbs”, ressaltou.
Pedro Paulo ainda lembrou aos colegas que, enquanto atuou como oposição, debateu todos os problemas citados e que “hoje podem ser vistos por todos”. A líder do PT, Professora Josete, também destacou que na gestão municipal anterior o debate em torno da licitação do transporte coletivo realizado na Câmara foi solitário e contou com o apoio de poucos parlamentares.
“O debate da tarifa é central. Durante décadas o reajuste vem sendo feito sem controle. A iniciativa do prefeito Gustavo Fruet em montar uma comissão para analisar o aumento e a participação do Legislativo nesse processo são um avanço na discussão. Mas precisamos de elementos concretos para chegar a um valor justo”, defendeu Josete.
Conforme Stica, desconsiderando o custo com a folha de pagamento dos trabalhadores, que representa 45% do valor técnico da tarifa, os demais custos precisam ser revisados, já que podem ficar abaixo do cálculo atual. “O combustível representa 15% do valor, mas o preço aplicado é o que custa na bomba. Mas será que os postos não conseguem fornecer o preço de atacado às empresas?”, questionou.
O mesmo exemplo foi dado em relação ao custo dos pneus, que seria de 4%, mas cujo cálculo, de acordo com o vereador, também é feito com base no preço do varejo. Outro item que influencia o valor da passagem é a depreciação dos veículos, que seria de cinco anos e, conforme Stica, poderia ser estendida para 10 anos.
“Quando o ônibus deixa de ser usado, ele é vendido para outras cidades e continua em funcionamento. Se o carro roda apenas cinco anos, o custo da manutenção é baixo. E a empresa ainda compra o novo veículo com financiamento do BNDES, a juros reduzidos. Por isso, o lucro das empresas pode ser maior do que o informado”, ponderou.
Para Jonny Stica, a solução está na revisão desse cálculo, na realização de uma pesquisa de origem destino – para saber o real número de passageiros transportados – e na melhor eficiência da gestão do transporte coletivo, que deveria ficar a cargo da prefeitura.
Ao sugerir que o sistema seja desvinculado da Urbanização de Curitiba (Urbs), Stica recebeu o apoio de Rogério Campos (PSC), que lembrou ser o autor de requerimento encaminhado ao Executivo, que pede a criação da Secretaria Municipal do Transporte Coletivo. “Com tantas dúvidas e tantos questionamentos, por que a prefeitura ainda não assumiu a administração do transporte coletivo”, questionou Campos.
Segundo o líder do prefeito na Casa, Pedro Paulo (PT), o prefeito está recebendo todas as sugestões dos vereadores, mas a criação de uma nova pasta não pode ser vista como solução definitiva para o problema. Ele também explicou que a tarifa foi reajustada, de R$ 2,60 para R$ 2,85, porque o aumento estava previsto em contrato. “Foi uma situação de emergência”, explicou.
Licitação e caixa-preta
A licitação do transporte coletivo de Curitiba, realizada em 2010, também foi criticada pelos vereadores. Segundo Jonny Stica, um dos critérios adotados, que exigia que a empresa interessada tivesse experiência de 25 anos no sistema de canaletas, impediu que empresas de outros estados pudessem participar da licitação.
O contrato firmado após o certame também dificultaria uma possível redução da tarifa do transporte. Ainda conforme o parlamentar, isso determinaria o lucro maior das empresas e o endividamento da Urbs. “O foco central é discutir o ganho fabuloso dos consórcios. Temos que aprofundar o debate e abrir a caixa-preta”, resumiu.
Para o líder do prefeito, a transparência do sistema está sendo levada a sério pela nova gestão, com a criação da Comissão de Análise da Tarifa, a realização da auditoria no sistema e a presença do presidente da Urbs, Roberto Gregório, na Câmara de Curitiba. “A administração municipal está sim, abrindo a caixa-preta da Urbs”, ressaltou.
Pedro Paulo ainda lembrou aos colegas que, enquanto atuou como oposição, debateu todos os problemas citados e que “hoje podem ser vistos por todos”. A líder do PT, Professora Josete, também destacou que na gestão municipal anterior o debate em torno da licitação do transporte coletivo realizado na Câmara foi solitário e contou com o apoio de poucos parlamentares.
“O debate da tarifa é central. Durante décadas o reajuste vem sendo feito sem controle. A iniciativa do prefeito Gustavo Fruet em montar uma comissão para analisar o aumento e a participação do Legislativo nesse processo são um avanço na discussão. Mas precisamos de elementos concretos para chegar a um valor justo”, defendeu Josete.
Também se manifestaram no debate os vereadores foram Valdemir Soares (PRB), Helio Wirbiski (PPS), Noemia Rocha (PMDB), Dirceu Moreira (PSL) e Jorge Bernardi (PDT).
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba