Vereadores pedem fim do "Espaço Kids" na rua São Francisco
Em votação simbólica, nesta terça-feira (16), os vereadores aprovaram um requerimento no qual pedem que a Prefeitura de Curitiba suspenda a realização de atividades para crianças, aos domingos, na rua São Francisco (201.00068.2016). O documento também pede mais fiscalização no local e é contra o fechamento da rua nos fins de semana.
Apesar dos argumentos de que a revitalização dos espaços públicos se dá com a ocupação dos mesmos pela população, prevaleceu a tese que o local é inapropriado para atividades recreativas com crianças – chamada de “Espaço Kids” na indicação de sugestão ao Executivo. “A prefeitura está dando um mau exemplo. [As crianças] ficam no meio de bêbados, drogados, pessoas do mesmo sexo que "se amassam" na rua”, defendeu o autor da iniciativa. “As crianças precisam ser resguardadas de agressão, de aliciamento”, seguiu outra vereadora.
“Excessos devem ser coibidos, mas estamos vivendo um momento que requer tolerância e serenidade. Não há mais espaço para pessoas com fórmula mágica para problemas sociais. Não podemos adotar uma política higienista, de colocar problemas embaixo do tapete”, opinou a liderança do Executivo. “[A rua São Francisco] é um lugar boêmio, como existem outros em vários lugares do mundo. Só não existe em ditaduras, em regimes teocráticos”, disse.
Também se argumentou, a favor de atividades na região, que “o Centro também faz parte da cidade, que precisa ser revitalizado. É uma área histórica. É o uso que qualifica o espaço, que coloquem cones, que estabeleçam uma dinâmica que traga a vida para esses locais. Não o contrário”. Contudo, apenas uma vereadora registrou voto contrário. “O direito à cidade é um direito de todas e de todos, quando ocupamos, diminuímos a drogadição”, defendeu.
De opinião diferente, o autor do requerimento aprovado em plenário adiantou que, além dos inquéritos já abertos no Ministério Público do Paraná em que se posiciona contra o fechamento da rua São Francisco, agora ingressará contra a Prefeitura de Curitiba. “Espero que se moralize o lugar, que termine o consumo de droga, de bebida”, já tinha afirmado anteriormente (leia mais). “Por que não levam essa atividades para os bairros, para a Vila Pantanal?”, perguntou hoje.
Restrições eleitorais
Durante o período eleitoral, a autoria das peças legislativas, nas notícias da Câmara de Curitiba que abordam requerimentos e projetos, ficará restrita ao SPL (Sistema de Proposições Legislativas). Restrições também ocorrerão na cobertura do plenário, para que a comunicação pública do órgão não promova o desequilíbrio do pleito. A instituição faz isso em atendimento às regras eleitorais deste ano, pois no pleito municipal serão escolhidos a chefia do Executivo e os vereadores da próxima legislatura (2017-2020).
Apesar dos argumentos de que a revitalização dos espaços públicos se dá com a ocupação dos mesmos pela população, prevaleceu a tese que o local é inapropriado para atividades recreativas com crianças – chamada de “Espaço Kids” na indicação de sugestão ao Executivo. “A prefeitura está dando um mau exemplo. [As crianças] ficam no meio de bêbados, drogados, pessoas do mesmo sexo que "se amassam" na rua”, defendeu o autor da iniciativa. “As crianças precisam ser resguardadas de agressão, de aliciamento”, seguiu outra vereadora.
“Excessos devem ser coibidos, mas estamos vivendo um momento que requer tolerância e serenidade. Não há mais espaço para pessoas com fórmula mágica para problemas sociais. Não podemos adotar uma política higienista, de colocar problemas embaixo do tapete”, opinou a liderança do Executivo. “[A rua São Francisco] é um lugar boêmio, como existem outros em vários lugares do mundo. Só não existe em ditaduras, em regimes teocráticos”, disse.
Também se argumentou, a favor de atividades na região, que “o Centro também faz parte da cidade, que precisa ser revitalizado. É uma área histórica. É o uso que qualifica o espaço, que coloquem cones, que estabeleçam uma dinâmica que traga a vida para esses locais. Não o contrário”. Contudo, apenas uma vereadora registrou voto contrário. “O direito à cidade é um direito de todas e de todos, quando ocupamos, diminuímos a drogadição”, defendeu.
De opinião diferente, o autor do requerimento aprovado em plenário adiantou que, além dos inquéritos já abertos no Ministério Público do Paraná em que se posiciona contra o fechamento da rua São Francisco, agora ingressará contra a Prefeitura de Curitiba. “Espero que se moralize o lugar, que termine o consumo de droga, de bebida”, já tinha afirmado anteriormente (leia mais). “Por que não levam essa atividades para os bairros, para a Vila Pantanal?”, perguntou hoje.
Restrições eleitorais
Durante o período eleitoral, a autoria das peças legislativas, nas notícias da Câmara de Curitiba que abordam requerimentos e projetos, ficará restrita ao SPL (Sistema de Proposições Legislativas). Restrições também ocorrerão na cobertura do plenário, para que a comunicação pública do órgão não promova o desequilíbrio do pleito. A instituição faz isso em atendimento às regras eleitorais deste ano, pois no pleito municipal serão escolhidos a chefia do Executivo e os vereadores da próxima legislatura (2017-2020).
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba