Vereadores participam de debate sobre pulseiras do sexo

por Assessoria Comunicação publicado 28/04/2010 19h20, última modificação 29/06/2021 09h37
Os vereadores Professor Galdino (PSDB), Algaci Tulio (PMDB) e Renata Bueno (PPS) participaram, nesta quarta-feira (28), de debate numa emissora de TV sobre a polêmica envolvendo as “pulseiras do sexo”. Representantes do Ministério Público, da prefeitura de Curitiba, psicólogo e educadores também foram convidados para as discussões. Tulio é autor de projeto que proíbe o uso e a comercialização dos acessórios.
De acordo com Galdino, é importante lembrar que o projeto de lei do vereador peemedebista não trata de mulheres adultas, livres para fazer o que quiserem com seu corpo e suas vestes, mas de crianças e adolescentes fragilizadas e expostas a crimes de natureza sexual.
As pulseiras do sexo se tornaram febre entre os adolescentes e, com a intenção de proteger os menores de idade, Tulio apresentou substitutivo geral ao seu projeto porque “em anos de vida pública, não tinha presenciado algo tão pernicioso à vida escolar”. O parlamenar incluiu parágrafo único ao primeiro artigo, que prevê palestras de esclarecimento sobre as determinações da lei para pais e alunos, a fim de orientá-los. A comercialização ou distribuição dos adornos, se aprovado o projeto e sancionada a lei, será proibida para menores de 18 anos, assim como seu uso nas instituições da rede municipal e particular de ensino, como forma de prevenir situações de violência e aviltamento à integridade física dos alunos.
Violência
“O que nos incomoda é a possibilidade de violência sexual contra meninas ainda impúberes; uma iniciação sexual de jovens através da coação e da humilhação por trás do gesto de se arrebentar uma pulseira colorida”, enfatizou. Ao substitutivo geral de Tulio, a vereadora Julieta Reis (DEM) apresentou emenda que amplia a abrangência do projeto para todo tipo de adorno que leve à apologia sexual ou violenta no convívio escolar.
Para Galdino, as pulseiras do sexo, modismo importado de Londres, onde a realidade educacional é totalmente diferente, só contribui para inflar os números relativos à precocidade sexual. A proibição não é medida medieval. É uma profilaxia ante a realidade brasileira.” Sustenta-se, com alguma razão, que cabe à família orientar os filhos sobre os perigos da prática precoce do sexo. Mas também cabe às autoridades, na opinião do vereador, lançar mão de todos os meios para evitar que os números absurdos da precocidade sexual cresçam ainda mais.
“Diante desse quadro, é impossível que as autoridades não tomem medidas extremas para proibir a comercialização e o uso desses adereços, como quer Tulio. Que essa medida se estenda também para o país”, conclui Galdino.