Vereadores dizem que Eleições 2024 foram “duras” em Curitiba

por José Lázaro Jr. | Revisão: Ricardo Marques — publicado 07/10/2024 15h15, última modificação 07/10/2024 15h25
Recorde de mulheres e Fundo Partidário foram destaques nas falas dos vereadores, na 1ª sessão plenária após Eleições 2024.
Vereadores dizem que Eleições 2024 foram “duras” em Curitiba

Suplente do PRD, Ezequias Barros foi um dos vereadores que citou a "dureza" das Eleições 2024 em Curitiba. (Foto: Bruno Lombardi/CMC)

“Hoje é dia de agradecimento”, disse Sidnei Toaldo (PRD), nesta segunda-feira (7), na primeira sessão plenária da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) após a totalização dos votos das Eleições 2024, resumindo o sentimento dos 18 parlamentares que conquistaram a reeleição nas urnas no domingo. Reeleito para seu segundo mandato na CMC, Toaldo passou dos 3.618 votos, em 2020, para 6.659, nestas eleições. “Agradeço a quem acreditou no trabalho deste italiano, que é sério. Em 2020, na dificuldade da pandemia, eu me elegi vereador, e agora me reelegi”, continuou, agradecendo a Deus, à família e à equipe.

Primeiro suplente do PL na próxima legislatura, Rodrigo Reis agradeceu aos feirantes e ao comércio ambulante pelos 5.901 votos recebidos na urna. “Dobrei minha votação, o PL surpreendeu”, comemorou. Contudo, fez um senão, ao afirmar “que o Fundo Partidário é um problema grave no Brasil”. “Enquanto uma pessoa [filiada ao partido] recebe R$ 500 mil e a outra não recebe nada [para a campanha] nós não vivemos numa democracia. As eleições estão sendo manipuladas”, protestou. Ezequias Barros (PRD), que não foi eleito, também se referiu às eleições como duras e apontou a falta de recursos.

“Quero agradecer os votos que tive, às pessoas que acreditam em mim. Foi um trabalho árduo, com pouco recurso, e fizemos tudo que estava ao nosso alcance. É difícil para os grupos que nos apoiam que, com a maior votação [da minha trajetória política], não entramos [na 19ª legislatura]. Pensamos que faríamos dois vereadores”, disse Ezequias Barros, correligionário de Sidnei Toaldo. Ele torceu para que a disputa no Executivo, entre Eduardo Pimentel e Cristina Graeml, “venha com promessas e compromissos”, porque alguns bairros da cidade “precisam de atendimento”. Barros fez 5.406 votos.

Reeleito com 8.218 votos, Pier (PP) agradeceu aos seus eleitores, que identificou como sendo aqueles mobilizados pelas pautas da inclusão social e da acessibilidade, especialmente as famílias atípicas e sensíveis à causa do TEA (Transtorno do Espectro Autista). Marcos Vieira (PDT), com 10.405 votos, estava emocionado em ser “o vereador mais votado da Região Sul de Curitiba”, quase dobrando a votação que teve há quatro anos. “Acredito que é o reconhecimento por um bom trabalho, pelo compromisso de lutar por uma Curitiba melhor para todas as pessoas”, analisou.

“O resultado de ontem nos encheu de orgulho e de responsabilidade”, afirmou Indiara Barbosa, em nome da bancada do partido Novo, que terá três vereadores a partir de 2025, com Amália Tortato e Guilherme Kilter. “O Novo aumentou muito sua bancada pelo Brasil. Desde que entramos, não tivemos medo de ir contra o sistema, de combater a corrupção, de defender a transparência. Durante a pandemia, defendemos o comércio e a abertura das escolas”, enumerou Barbosa, que teve 9.106 votos. Ela destacou o recorde de participação feminina numa legislatura, com 12 mulheres  eleitas para a Câmara de Curitiba.

“Parabéns aos que seguirão o seu caminho, fazendo o melhor para Curitiba. Foi uma eleição diferente, onde os youtubers tiveram destaque”, comentou o vereador Jornalista Márcio Barros, que ficou na suplência do PSD, com o partido fazendo seis vereadores para a próxima legislatura. “Serginho do Posto, Beto Moraes, Tico Kuzma, Zezinho Sabará, Rafaela Lupion e Toninho da Farmácia farão um excelente trabalho. Longe do discurso falacioso, nós somos pessoas reais”, disse, no horário das lideranças partidárias, destacando que “o PSD é um partido consolidado”, que venceu em muitas prefeituras no Paraná.