Vereadores discutem solução para os acidentes com trem no bairro Cajuru
Com a pandemia, as sessões da CMC são feitas por videoconferência. Na foto, Herivelto Oliveira. (Foto: CMC)
“Em dez meses, foram quatro mortes”, alertou Herivelto Oliveira (Cidadania), na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), nesta quarta-feira (30), referindo-se à passagem elevada na rua Rutildo Pulido, no bairro Cajuru, para a passagem de trens. “Não creio que haja outro cruzamento com tantos acidentes em Curitiba”, protestou o parlamentar, para quem é preciso mobilizar as autoridades públicas e a empresa Rumo, que é a concessionária da linha férrea que corta a capital do Paraná, para a solução do problema.
Curitiba tem 37 km de linhas férreas dentro do seu território, com 45 passagens de nível instaladas para a circulação de veículos e pessoas, com uma distância média de 700 metros entre elas. Os acidentes causados por esses cruzamentos, assim como as discussões sobre o apito dos trens, são pautas frequentes no Legislativo. “Pedimos melhorias há anos”, atestou Serginho do Posto (DEM), lembrando que, além da passagem da rua Rutildo Pulido, há outras no Cajuru e no Uberaba que expõem a população a risco.
Serginho do Posto compartilhou a articulação que tem com o Ministério Público, para exigir da Rumo poda de árvores e incremento da sinalização nesses locais de preocupação. “E não é obrigação do Município. Temos que responsabilizar a empresa, por conta da faixa de domínio, que é da alçada da operadora”, afirmou, respondendo a Oliveira, que reclamou da dificuldade de saber a quem cabe a responsabilidade pela situação que tem gerado mortes no Cajuru. “A Rumo pretende colocar um semáforo de cruzamento férreo, para ver ser reduzirá [a quantidade de acidentes]”, disse Serginho.
Vereador de primeiro mandato, João da 5 Irmãos (PSL) sinalizou ter a mesma preocupação que os colegas. “Tive três reuniões com a Rumo [para tratar do entorno das linhas férreas] neste ano”, afirmou. O acidente mais recente na passagem da rua Rutildo Pulido aconteceu há uma semana, no dia 23 de junho, às 11 horas. Ao atravessar a linha férrea, o carro foi atingido pelo trem, causando o falecimento do motorista, que ficou preso nas ferragens. O filho, de onze anos, conseguiu saltar do carro, salvando-se. No início do mês, às 18h, um motociclista morreu ao tentar passar pela linha antes do trem. Em outubro, um micro-ônibus foi atingido, deixando quatorze feridos e uma pessoa morta.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba