Vereadores destacam Dia da Consciência Negra
“Apesar do tema de cotas em universidades dividir a opinião pública, o País já avançou muito nas discussões relacionadas à condição de vida da população negra. E reservar uma data para comemorar o Dia da Consciência Negra é uma mostra deste respeito, é uma prova deste avanço.” A declaração foi feita pelo vereador Mestre Déa (PRTB) nesta terça-feira (20), na sessão plenária da Câmara de Curitiba.
O parlamentar afirmou, no entanto, que é importante lembrar que a data, instituída há 35 anos, não se reserva apenas para lembrar a morte do líder Zumbi, do Quilombo dos Palmares, o mais conhecido núcleo de resistência negra à escravidão no Brasil, que chegou a reunir cerca de 30 mil pessoas.
“Devemos usar a data para refletir sobre a importância de políticas públicas afirmativas, que garantam ao negro oportunidades reais de estudar, de trabalhar e de não sofrer com a discriminação”, disse Mestre Déa. "E nós, como legisladores, devemos pensar em projetos que permitam diminuir a dívida histórica com os negros de nosso país”, completou.
É o que prevê a Lei 10.639/2003, que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade do ensino da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, uma realidade para a qual professores de todo País vêm sendo preparados.
“Esta é uma contribuição que a capoeira vem dando. Neste ano, participamos de muitos seminários sobre cultura negra e visitamos colégios no Paraná e em outros Estados, onde pudemos comprovar os resultados do ensino da capoeira nas aulas de educação física, revelando aspectos desta arte e cultura essencialmente brasileira, herança de nossos antepassados negros”, destacou Mestre Déa.
O vereador Mestre Déa lembrou que apresentou projeto para a inclusão da capoeira nas aulas de educação física, que inclusive foi copiado pela Câmara Municipal de Salvador, berço da capoeira e dos movimentos negros no País. “Foi uma proposta que trouxemos para esta Casa de Leis e que não foi bem compreendida por alguns dos colegas vereadores, tendo sido arquivada”, afirma Déa. “Mas é importante que este debate sobre a consciência negra continue acontecendo, não apenas na data de hoje, e que a gente possa sair do discurso”, finaliza.
Resgate histórico
A vereadora Professora Josete (PT) também ocupou a tribuna para destacar o resgate histórico dos heróis negros, lembrando a mesma lei de 2003 que inclui no currículo oficial da rede de ensino a História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra e o negro na formação da sociedade nacional. “A reflexão no interior das escolas permite formar consciência de cidadania às crianças desde pequenas, demonstrando um novo olhar, além de avanços com muitos méritos”.
Os vereadores Mario Celso Cunha (PSB), Pedro Paulo (PT), Nely Almeida (PSDB) e Jorge Bernardi (PDT) também ressaltaram a data. Para o líder do prefeito, “a história de atuação de Zumbi dos Palmares é mais importante que a da Princesa Isabel, sem dúvida”. Pedro Paulo citou a destinação de verbas federais às ações nas comunidades quilombolas, previstas na Agenda Social Quilombola. O parlamentar explicou que, dentre as atividades, estão o acesso à terra, infra-estrutura, qualidade de vida, inclusão produtiva, desenvolvimento local e direitos de cidadania.
O parlamentar afirmou, no entanto, que é importante lembrar que a data, instituída há 35 anos, não se reserva apenas para lembrar a morte do líder Zumbi, do Quilombo dos Palmares, o mais conhecido núcleo de resistência negra à escravidão no Brasil, que chegou a reunir cerca de 30 mil pessoas.
“Devemos usar a data para refletir sobre a importância de políticas públicas afirmativas, que garantam ao negro oportunidades reais de estudar, de trabalhar e de não sofrer com a discriminação”, disse Mestre Déa. "E nós, como legisladores, devemos pensar em projetos que permitam diminuir a dívida histórica com os negros de nosso país”, completou.
É o que prevê a Lei 10.639/2003, que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade do ensino da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, uma realidade para a qual professores de todo País vêm sendo preparados.
“Esta é uma contribuição que a capoeira vem dando. Neste ano, participamos de muitos seminários sobre cultura negra e visitamos colégios no Paraná e em outros Estados, onde pudemos comprovar os resultados do ensino da capoeira nas aulas de educação física, revelando aspectos desta arte e cultura essencialmente brasileira, herança de nossos antepassados negros”, destacou Mestre Déa.
O vereador Mestre Déa lembrou que apresentou projeto para a inclusão da capoeira nas aulas de educação física, que inclusive foi copiado pela Câmara Municipal de Salvador, berço da capoeira e dos movimentos negros no País. “Foi uma proposta que trouxemos para esta Casa de Leis e que não foi bem compreendida por alguns dos colegas vereadores, tendo sido arquivada”, afirma Déa. “Mas é importante que este debate sobre a consciência negra continue acontecendo, não apenas na data de hoje, e que a gente possa sair do discurso”, finaliza.
Resgate histórico
A vereadora Professora Josete (PT) também ocupou a tribuna para destacar o resgate histórico dos heróis negros, lembrando a mesma lei de 2003 que inclui no currículo oficial da rede de ensino a História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra e o negro na formação da sociedade nacional. “A reflexão no interior das escolas permite formar consciência de cidadania às crianças desde pequenas, demonstrando um novo olhar, além de avanços com muitos méritos”.
Os vereadores Mario Celso Cunha (PSB), Pedro Paulo (PT), Nely Almeida (PSDB) e Jorge Bernardi (PDT) também ressaltaram a data. Para o líder do prefeito, “a história de atuação de Zumbi dos Palmares é mais importante que a da Princesa Isabel, sem dúvida”. Pedro Paulo citou a destinação de verbas federais às ações nas comunidades quilombolas, previstas na Agenda Social Quilombola. O parlamentar explicou que, dentre as atividades, estão o acesso à terra, infra-estrutura, qualidade de vida, inclusão produtiva, desenvolvimento local e direitos de cidadania.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba