A sessão desta terça-feira (18) da Câmara Municipal teve debate sobre a manutenção dos R$ 2,70 pagos pelo usuário do transporte coletivo de Curitiba e a redução da tarifa técnica (valor repassado às empresas), para R$ 2,80, com o corte em sete itens. O anúncio foi realizado na véspera pelo prefeito Gustavo Fruet.

“Ele acatou as sugestões da CPI e não subiu a tarifa”, registrou o relator do colegiado especial, Bruno Pessuti (PSC). “No ano passado a Casa contribuiu de forma militante, com uma ampla investigação e, mais do isso, cedeu R$ 10 milhões ao subsídio da passagem. Também é nosso desejo a manutenção da integração do transporte coletivo”, disse, em sequência, o líder do prefeito, Pedro Paulo (PT).

Mas, para ele, “são muitas ainda as tarefas da Câmara no que diz respeito à tarifa e ao contrato”. “Precisamos também avançar no debate sobre a qualidade do transporte coletivo. O anúncio foi uma decisão acertada e corajosa do prefeito Gustavo Fruet, que questiona itens levantados pelos vereadores e outros órgãos de controle”, completou.

O líder ainda pediu sensibilidade à Justiça, para que chancele o corte do pagamento de itens da tarifa técnica. “Fica também o apelo para que a Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba) honre o compromisso de subsídio à integração do sistema”, finalizou Pedro Paulo.

Chico do Uberaba (PMN), um dos integrantes da CPI do Transporte Coletivo, destacou os trabalhos do grupo que, em cinco meses de investigações, coletou 110 horas de depoimentos. Dos itens da tarifa técnica que sofreram cortes no repasse às empresas, ele chamou a atenção à manutenção da bilhetagem eletrônica e ao provisionamento do Segbus.

Para Pier Petruzziello (PTB), a decisão “não teve tom de provocação, mas de tranquilidade”. “Este é um momento histórico para a cidade. O transporte coletivo era uma bolha que estouraria a qualquer momento”, avaliou o vereador, que também destacou os relatórios apresentados pela CPI da Câmara de Curitiba e de outras entidades.