Vereadores denunciam e lamentam ataques a políticos em Curitiba

por Assessoria Comunicação publicado 29/08/2018 13h20, última modificação 28/10/2021 08h40

Falando em nome da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), o presidente do Legislativo, Serginho do Posto (PSDB), lamentou nesta quarta-feira (29) os ataques sofridos por políticos nesta semana na cidade. “A intolerância não contribui para a democracia. A Casa se sente consternada com esses fatos”, afirmou o porta-voz da instituição.

“A intolerância não favorece o debate democrático, entre todos os candidatos, de todas as bandeiras. Precisamos ter eleição com debate de ideias e propostas para a vida das pessoas”, acrescentou o presidente da CMC. Antes dele, outros parlamentares declararam apoio à vereadora Maria Leticia Fagundes (PV), vítima de comentário ofensivo na internet, no qual um usuário do Facebook identificado como Thiago Sebben deseja a morte da parlamentar.

Quem trouxe o assunto ao plenário foi Helio Wirbiski (PPS), recriminando a agressão contra uma vereadora, “mas principalmente contra uma mulher”. “As pessoas confundem eleição com guerra”, apontou, mas na verdade, pondera, ao expressarem ódio, tornam-se “ameaças à democracia”. Sobre a suposta vinculação do agressor com sindicato do funcionalismo público, disse que se for verdade “ele representa muito mal a categoria”.

Escreveu o agressor na rede social: “a Sra. não merece só não ser eleita: a Sra. merece uma morte dura e cruel, pois matou o sonho de uma vida melhor para todas as famílias dos servidores, aumentou a taxa de lixo, aumentou ITBI, aumentou IPTU! Desejo que seu avião caia durante a campanha, que um caminhão bata de frente no seu carro e você tenha uma morte horrível”.

O texto foi lido em plenário por Julieta Reis (DEM), que também pediu providências da Justiça a respeito da agressão. “Pode ser que o nome [usado na rede social] seja falso, ainda assim é uma coisa grave. Quem fez a ameaça não entendeu direito o que foi aprovado no plenário [refere-se ao Plano de Recuperação]. Gostaríamos que o aumento dos servidores fosse superior a 10%, mas a responsabilidade com o orçamento público nos obriga a avaliar a situação como um todo”, ponderou a parlamentar, que defendeu a legitimidade da CMC para auxiliar na administração da cidade.

O presidente da CMC também recriminou os agressores do ex-vereador Galdino (então no PSDB, hoje no PSL), que ontem teria sido levado ao Hospital Evangélico após ter apanhado na rua XV de Novembro. “Fui ao hospital”, disse, na tribuna, o vereador Chicarelli (DC), “e conversei com a equipe médica”. “Ele sofreu uma fratura da segunda vértebra lombar e ficará em observação por 15 dias”, comentou o parlamentar, que rechaçou a versão que o episódio teria sido uma armação do político.

“[Ele foi alvo de] um grupo de skinheads que não gostam de políticos. O que aconteceu com ele poderia ser contra você [falando aos vereadores], poderia ser comigo. Nada justifica atacar alguém pelas costas com uma voadora. Nós, políticos, merecemos respeito. Está faltando muito respeito com a classe política”, opinou Chicarelli.

Restrições eleitorais
Em respeito à legislação eleitoral, a divulgação institucional da CMC será controlada editorialmente até o dia 7 de outubro. Não serão divulgadas informações que possam caracterizar uso promocional de candidato, fotografias individuais dos parlamentares e declarações relacionadas aos partidos políticos. As referências nominais aos vereadores serão reduzidas ao mínimo razoável, de forma a evitar somente a descaracterização do debate legislativo – e ainda que nestas eleições só metade dos parlamentares sejam candidatos, as restrições serão aplicadas linearmente a todos os mandatos (leia mais). Você pode ver os discursos dos vereadores na íntegra em nossas redes sociais (YouTube e Facebook).

A notícia foi atualizada às 17h11 de 29 de agosto de 2018.