Vereadores defendem esforço concentrado

por Assessoria Comunicação publicado 23/08/2010 18h55, última modificação 30/06/2021 10h46
Tratamentos com capacitação profissional para dependentes químicos e repressão ao tráfico de drogas foram duas realidades do problema amplamente debatido na Câmara de Curitiba, durante a sessão plenária desta segunda-feira (23).
O motivo é a aproximação cada vez maior do tráfico à vida urbana da capital paranaense, que se preocupa com situações similares às ocorrências do último final de semana, no Rio de Janeiro. A divulgação nacional do que aconteceu e os recentes "recados de comandantes do tráfico em Curitiba" fizeram com que os vereadores voltassem a discutir o assunto, despidos das cores partidárias, sendo ou não candidatos. O consenso determina sobre a "necessidade de um esforço concentrado entre todos os níveis de governo" para combater a expansão do sistema criminoso. O problema nacional, que já aflige diversos municípios do País e toma proporções consideradas perigosas para a segurança das comunidades, "precisa de compromisso e atitudes práticas", a começar pelo governo federal. Na opinião do vereador Paulo Frote (PSDB), "o assistencialismo está mascarando um enfrentamento real ao problema". Disse também que "programas como o Bolsa Família apresentam resultados eleitorais, mas não atacam a causa da questão, que necessita de políticas públicas abrangentes para a população e repressão ativa aos traficantes."
Outros parlamentares, como a vereadora Julieta Reis (DEM), e o líder do prefeito, Mario Celso Cunha, reconhecem que "o município tem feito sua parte na relação de tratamentos e capacitação profissional". O primeiro-secretário da Casa, Celso Torquato, alertou quanto à necessidade de “criação de planos de governo repressores ao tráfico". A vereadora Professora Josete (PT) defendeu "políticas articuladas entre educação, saúde, trabalho e segurança pública". O importante, de acordo com o debate, é desviar o jovem consumidor, que, não tendo dinheiro para sustentar o vício, acaba refém do tráfico, ingressando na marginalidade.