Vereadores debatem viabilidade de medidas para enchentes em Curitiba
Foi aprovado requerimento do Professor Euler (PSD), nesta segunda-feira (26), sugerindo à Prefeitura de Curitiba o alargamento das manilhas da rede de águas pluviais da rua Augusto de Mari, apesar dos questionamentos do líder do Executivo na Câmara Municipal, Pier Petruzziello (PTB), à iniciativa (203.00027.2018). O debate entre os dois mobilizou outros 11 parlamentares, acrescentando críticas e sugestões à discussão sobre como solucionar as enchentes em Curitiba. É a quinta vez que o tema provoca debate entre os vereadores neste mês.
Euler apresentou uma sugestão de ato administrativo simples, baseada no que ouviu do cidadão Edílson Brukmuller, que reclamou do escoamento das águas da chuva nessa via da Vila Guaíra. Ele relatou ao vereador que uma equipe da prefeitura esteve no local e afirmou que sem a substituição das manilhas o problema não se resolveria. “As galerias no local são muito antigas, com 40 cm de diâmetro, o que é muito pouco em uma região onde passa um rio embaixo. A troca por manilhas de 60 cm já aumentaria a vazão de água em 125%; de 80 cm, o aumento da vazão seria de 300%”.
“Pedido é vago”
A viabilidade dessa sugestão, contudo, foi duramente questionada pelo líder do prefeito. “Para nós votarmos este requerimento precisaríamos até de um estudo de impacto financeiro, [teríamos que] colocar na LOA [Lei Orçamentária Anual]. Que tenhamos preocupação a mais quando esses requerimentos vierem à Casa”, rogou Pier Petruzziello. Ele disse que proposições desse tipo são vagas. “O impacto financeiro está sendo feito”, retrucou Euler.
O debate entre os dois despertou o plenário para o assunto, com Osias Moraes (PRB), em aparte, alertando para o fato que todos os parlamentares têm recebido queixas sobre as enchentes. “A cidade teve mais de 90 pontos de alagamentos. Teríamos que trocar as manilhas como um todo”, seguiu o parlamentar, também questionando a viabilidade de uma medida pontual ante a grandeza do problema.
Mauro Ignácio (PSB), na mesma linha, perguntou se Euler chegou a visitar o lugar e procurar as autoridades antes de protocolar o requerimento. “Mas teve demanda ao 156? Há quanto tempo o problema existe?”, perguntou a Euler, querendo contextualizar o pedido. Dando exemplos do seu mandato, disse que ele, por costume, fala com os moradores, busca a Sanepar e a Prefeitura de Curitiba, quando lida com algo parecido.
Já para Ezequias Barros (PRP) é preciso considerar o volume das chuvas nesse mês, acima do normal, num raciocínio próximo ao apresentado por Bruno Pessuti (PSD). O vereador questionou a validade da troca do manilhamento, uma vez que “se a foz do rio estiver com gargalo não adianta aumentar a vazão [da rede de captação]”.
Abrindo outro front no debate, Toninho da Farmácia (PDT) aproveitou para questionar a eficácia desses requerimentos à prefeitura, “pois desde a legislatura passada” teria demandas semelhantes a essa pendentes de solução pelo Executivo. Sabino Picolo (DEM) frisou que “a equipe do prefeito anterior perdeu mais de R$ 800 milhões do governo federal”. “É um problema que vem de trás”, disse.
Paulo Rink (PR) sugeriu que futuras devoluções de recursos da Câmara Municipal sejam revertidas em obras de drenagem e saneamento básico, para fazer frente às enchentes. Jairo Marcelino (PSD) voltou a falar que conscientização ambiental é importante, para que os rios não recebam entulhos. O comentário foi após Rogério Campos (PSC) sugerir que a prefeitura usasse caminhões com jato para a limpeza interna das manilhas, desobstruindo as galerias de areia e outros materiais, que reduzem a vazão da rede.
Depois da aprovação do requerimento, Geovane Fernandes (PTB) recomendou à Câmara chamar Augusto Meyer, do Departamento de Pontes e Drenagem da Smop (Secretaria Municipal de Obras Públicas), para explicar aos vereadores a situação de Curitiba. O presidente da Casa, Serginho do Posto (PSDB), lembrou que uma audiência pública no dia 18 de abril, a partir das 14 horas, proposta por Oscalino do Povo (Pode), discutirá o controle de enchentes na região do rio Pinheirinho - em especial na extensão do córrego Henry Ford e dos bairros Lindoia, Fanny, Guaíra e Parolin (407.00010.2018).
Euler apresentou uma sugestão de ato administrativo simples, baseada no que ouviu do cidadão Edílson Brukmuller, que reclamou do escoamento das águas da chuva nessa via da Vila Guaíra. Ele relatou ao vereador que uma equipe da prefeitura esteve no local e afirmou que sem a substituição das manilhas o problema não se resolveria. “As galerias no local são muito antigas, com 40 cm de diâmetro, o que é muito pouco em uma região onde passa um rio embaixo. A troca por manilhas de 60 cm já aumentaria a vazão de água em 125%; de 80 cm, o aumento da vazão seria de 300%”.
“Pedido é vago”
A viabilidade dessa sugestão, contudo, foi duramente questionada pelo líder do prefeito. “Para nós votarmos este requerimento precisaríamos até de um estudo de impacto financeiro, [teríamos que] colocar na LOA [Lei Orçamentária Anual]. Que tenhamos preocupação a mais quando esses requerimentos vierem à Casa”, rogou Pier Petruzziello. Ele disse que proposições desse tipo são vagas. “O impacto financeiro está sendo feito”, retrucou Euler.
O debate entre os dois despertou o plenário para o assunto, com Osias Moraes (PRB), em aparte, alertando para o fato que todos os parlamentares têm recebido queixas sobre as enchentes. “A cidade teve mais de 90 pontos de alagamentos. Teríamos que trocar as manilhas como um todo”, seguiu o parlamentar, também questionando a viabilidade de uma medida pontual ante a grandeza do problema.
Mauro Ignácio (PSB), na mesma linha, perguntou se Euler chegou a visitar o lugar e procurar as autoridades antes de protocolar o requerimento. “Mas teve demanda ao 156? Há quanto tempo o problema existe?”, perguntou a Euler, querendo contextualizar o pedido. Dando exemplos do seu mandato, disse que ele, por costume, fala com os moradores, busca a Sanepar e a Prefeitura de Curitiba, quando lida com algo parecido.
Já para Ezequias Barros (PRP) é preciso considerar o volume das chuvas nesse mês, acima do normal, num raciocínio próximo ao apresentado por Bruno Pessuti (PSD). O vereador questionou a validade da troca do manilhamento, uma vez que “se a foz do rio estiver com gargalo não adianta aumentar a vazão [da rede de captação]”.
Abrindo outro front no debate, Toninho da Farmácia (PDT) aproveitou para questionar a eficácia desses requerimentos à prefeitura, “pois desde a legislatura passada” teria demandas semelhantes a essa pendentes de solução pelo Executivo. Sabino Picolo (DEM) frisou que “a equipe do prefeito anterior perdeu mais de R$ 800 milhões do governo federal”. “É um problema que vem de trás”, disse.
Paulo Rink (PR) sugeriu que futuras devoluções de recursos da Câmara Municipal sejam revertidas em obras de drenagem e saneamento básico, para fazer frente às enchentes. Jairo Marcelino (PSD) voltou a falar que conscientização ambiental é importante, para que os rios não recebam entulhos. O comentário foi após Rogério Campos (PSC) sugerir que a prefeitura usasse caminhões com jato para a limpeza interna das manilhas, desobstruindo as galerias de areia e outros materiais, que reduzem a vazão da rede.
Depois da aprovação do requerimento, Geovane Fernandes (PTB) recomendou à Câmara chamar Augusto Meyer, do Departamento de Pontes e Drenagem da Smop (Secretaria Municipal de Obras Públicas), para explicar aos vereadores a situação de Curitiba. O presidente da Casa, Serginho do Posto (PSDB), lembrou que uma audiência pública no dia 18 de abril, a partir das 14 horas, proposta por Oscalino do Povo (Pode), discutirá o controle de enchentes na região do rio Pinheirinho - em especial na extensão do córrego Henry Ford e dos bairros Lindoia, Fanny, Guaíra e Parolin (407.00010.2018).
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba