Vereadores debatem soluções para as enchentes em Curitiba
As enchentes que atingiram diversas regiões da cidade, no último sábado (7), repercutiram na sessão desta segunda-feira (9). Os vereadores solicitaram intervenções e debateram medidas para minimizar o problema. Segundo o líder do prefeito, Pedro Paulo (PT), o Executivo apresentará à Câmara de Curitiba, nesta terça (10), um plano de drenagem dos rios e gestão de risco, de quase R$ 800 milhões.
Serão recebidos, na sessão de amanhã, os secretários municipais de Planejamento e Administração, Fábio Scatolin, e do Governo, Ricardo Mac Donald. “A pauta é o plano de investimentos da gestão e a macrodrenagem é, justamente, um dos temas da apresentação”, disse Pedro Paulo.
Para Felipe Braga Côrtes (PSDB), o município deveria ter equipes permanentes para a dragagem dos rios, nos mesmos moldes da pavimentação. “Já passou da hora (de implantar as equipes permanentes). Tem que haver o planejamento financeiro e de onde se despegar o material da dragagem, um investimento forte. A cidade é cortada por rios e as licitações são demoradas”, defendeu o parlamentar. Para ele, as comissões de Urbanismo e Obras Públicas e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável devem debater a questão.
Presidente da Comissão de Meio Ambiente, Bruno Pessuti (PSC) lembrou que os rios cortam o estado, e então deveria haver uma parceria com o Governo do Paraná. Côrtes também alertou que as ocupações irregulares em margens de rios, realizadas principalmente a partir da década de 1980, contribuem para os alagamentos. Já Toninho da Farmácia (PP) denunciou a situação do conjunto Vitória Regia, na CIC: “A região é de preservação ambiental, mas foi loteada e vendida. Quem liberou? No sábado, a água invadiu os sobrados”.
Dirceu Moreira (PSL) reforçou o pedido de informações, apresentado hoje, referente à drenagem do rio Barigui (062.00221.2014). Ele questiona o valor das obras, tempo de duração e quanto o rio está sendo “afundado e alargado” entre o Parque Cambuí e o Vitória Régia. “Moro na Vila Nossa Senhora da Luz (na CIC) e lá quase todas as ruas estão alagadas. Sabemos que choveu muito, acima da média, mas a destruição seria menor se as obras tivessem sido feitas da forma correta”, apontou.
Já Chico do Uberaba (PMN) relatou os prejuízos pelo alagamento no Boqueirão e Uberaba e criticou as obras de desassoreamento do rio Belém. O vereador sugeriu que a Casa promova debate sobre as enchentes com o secretário municipal do Meio Ambiente, Renato Lima. “Apenas na Regional do Cajuru, onde 2 mil casas foram atingidas, 200 famílias receberam atendimento”, afirmou.
Helio Wirbiski (PPS) e Valdemir Soares (PRB) levantaram, no debate, o pequeno orçamento da Coordenadoria Municipal da Defesa Civil (Comdec). Já Cristiano Santos (PV) sugeriu atividades educativas contra o despejo de lixo e outros materiais nos rios. Na avaliação de Pedro Paulo, deve haver rigor na punição.
Denúncia de ameaças
Rogério Campos (PSC) disse ter recebido ameaças da vice-prefeita e secretária municipal do Trabalho, Mirian Gonçalves, durante o atendimento a famílias atingidas pelas enchentes no Tatuquara, no sábado. Segundo o vereador, ele e assessores, um deles com um colete da Defesa Civil, teriam sido ameaçados verbal e fisicamente “Ela disse que eu teria o troco. Troco por que, por trabalhar pela população?”, declarou o parlamentar, que criticou a “falta de estrutura psicológica” da vice para enfrentar situações de emergência.
Salamuni e Jorge Bernardi (PDT) afirmaram que a situação precisa ser apurada. A Professora Josete (PT) fez um desagravo à vice-prefeita e afirmou que precisa ser dada a oportunidade para que ela se explique. “Ela foi até a região por conta própria, acompanhada do marido. O vereador não disse na totalidade o que aconteceu. Ela tentava ouvir as pessoas e ele teve uma atitude que não contribuiu”, declarou a parlamentar.
“Não acho legítimo o vereador fazer uso político do sofrimento alheio”, completou Josete. Campos pretendia exibir um vídeo do episódio com a vice-prefeita, mas a sessão foi encerrada pelo fim do tempo regimental.
Também participaram do debate os vereadores Pier Petruzziello (PTB), Chicarelli (PSDC), Tiago Gevert (PSC) e Tico Kuzma (PROS).
Arrecadação de donativos
Os vereadores destacaram a campanha da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, a Defesa Civil e o Provopar para arrecadar donativos para as vítimas das enchentes. As doações devem ser entregues em todos os órgãos do Governo do Estado, prefeituras, delegacias de polícia, unidades da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de qualquer cidade do Paraná (o governador Beto Richa decretou situação de emergência em 77 municípios).
Em Curitiba, os donativos também podem ser levados às sedes do Provopar (rua Hermes Fontes, 315, no bairro Batel, e rua Sergipe, 1.712, na Vila Guaíra).
Serão recebidos, na sessão de amanhã, os secretários municipais de Planejamento e Administração, Fábio Scatolin, e do Governo, Ricardo Mac Donald. “A pauta é o plano de investimentos da gestão e a macrodrenagem é, justamente, um dos temas da apresentação”, disse Pedro Paulo.
Para Felipe Braga Côrtes (PSDB), o município deveria ter equipes permanentes para a dragagem dos rios, nos mesmos moldes da pavimentação. “Já passou da hora (de implantar as equipes permanentes). Tem que haver o planejamento financeiro e de onde se despegar o material da dragagem, um investimento forte. A cidade é cortada por rios e as licitações são demoradas”, defendeu o parlamentar. Para ele, as comissões de Urbanismo e Obras Públicas e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável devem debater a questão.
Presidente da Comissão de Meio Ambiente, Bruno Pessuti (PSC) lembrou que os rios cortam o estado, e então deveria haver uma parceria com o Governo do Paraná. Côrtes também alertou que as ocupações irregulares em margens de rios, realizadas principalmente a partir da década de 1980, contribuem para os alagamentos. Já Toninho da Farmácia (PP) denunciou a situação do conjunto Vitória Regia, na CIC: “A região é de preservação ambiental, mas foi loteada e vendida. Quem liberou? No sábado, a água invadiu os sobrados”.
Dirceu Moreira (PSL) reforçou o pedido de informações, apresentado hoje, referente à drenagem do rio Barigui (062.00221.2014). Ele questiona o valor das obras, tempo de duração e quanto o rio está sendo “afundado e alargado” entre o Parque Cambuí e o Vitória Régia. “Moro na Vila Nossa Senhora da Luz (na CIC) e lá quase todas as ruas estão alagadas. Sabemos que choveu muito, acima da média, mas a destruição seria menor se as obras tivessem sido feitas da forma correta”, apontou.
Já Chico do Uberaba (PMN) relatou os prejuízos pelo alagamento no Boqueirão e Uberaba e criticou as obras de desassoreamento do rio Belém. O vereador sugeriu que a Casa promova debate sobre as enchentes com o secretário municipal do Meio Ambiente, Renato Lima. “Apenas na Regional do Cajuru, onde 2 mil casas foram atingidas, 200 famílias receberam atendimento”, afirmou.
Helio Wirbiski (PPS) e Valdemir Soares (PRB) levantaram, no debate, o pequeno orçamento da Coordenadoria Municipal da Defesa Civil (Comdec). Já Cristiano Santos (PV) sugeriu atividades educativas contra o despejo de lixo e outros materiais nos rios. Na avaliação de Pedro Paulo, deve haver rigor na punição.
Denúncia de ameaças
Rogério Campos (PSC) disse ter recebido ameaças da vice-prefeita e secretária municipal do Trabalho, Mirian Gonçalves, durante o atendimento a famílias atingidas pelas enchentes no Tatuquara, no sábado. Segundo o vereador, ele e assessores, um deles com um colete da Defesa Civil, teriam sido ameaçados verbal e fisicamente “Ela disse que eu teria o troco. Troco por que, por trabalhar pela população?”, declarou o parlamentar, que criticou a “falta de estrutura psicológica” da vice para enfrentar situações de emergência.
Salamuni e Jorge Bernardi (PDT) afirmaram que a situação precisa ser apurada. A Professora Josete (PT) fez um desagravo à vice-prefeita e afirmou que precisa ser dada a oportunidade para que ela se explique. “Ela foi até a região por conta própria, acompanhada do marido. O vereador não disse na totalidade o que aconteceu. Ela tentava ouvir as pessoas e ele teve uma atitude que não contribuiu”, declarou a parlamentar.
“Não acho legítimo o vereador fazer uso político do sofrimento alheio”, completou Josete. Campos pretendia exibir um vídeo do episódio com a vice-prefeita, mas a sessão foi encerrada pelo fim do tempo regimental.
Também participaram do debate os vereadores Pier Petruzziello (PTB), Chicarelli (PSDC), Tiago Gevert (PSC) e Tico Kuzma (PROS).
Arrecadação de donativos
Os vereadores destacaram a campanha da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, a Defesa Civil e o Provopar para arrecadar donativos para as vítimas das enchentes. As doações devem ser entregues em todos os órgãos do Governo do Estado, prefeituras, delegacias de polícia, unidades da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de qualquer cidade do Paraná (o governador Beto Richa decretou situação de emergência em 77 municípios).
Em Curitiba, os donativos também podem ser levados às sedes do Provopar (rua Hermes Fontes, 315, no bairro Batel, e rua Sergipe, 1.712, na Vila Guaíra).
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba