Vereadores debatem sobre governos Dilma Rousseff e Beto Richa

por Assessoria Comunicação publicado 26/04/2016 16h25, última modificação 06/10/2021 09h30
Na sessão desta terça-feira (26) da Câmara de Curitiba os vereadores utilizaram todos os momentos em que podem falar sobre temas de livre escolha para debater sobre a crise política por qual passa o país, o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, além da gestão do governo estadual. O mandato de Dilma foi defendido pela única parlamentar do PT na Câmara, Professora Josete, e recebeu críticas de diversos vereadores. A parlamentar também disparou contra o governo Richa e cobrou o aprofundamento das operações Publicano e Quadro Negro, que apuram esquemas de corrupção na Receita Estadual e na Secretaria Estadual de Educação.

Josete chamou o processo de impeachment de “golpe contra o estado democrático, contra os 54 milhões de eleitores que votaram em Dilma”. Ela argumentou que se o mesmo rigor aplicado à presidente em relação às chamadas pedaladas fiscais fosse estendido aos demais políticos, pelo menos 17 governadores, de diversos partidos, deveriam ser destituídos dos cargos. “Inclusive o Beto Richa, que mudou as metas fiscais para ajustar as contas do estado: esperava superavit, mas houve deficit. E o secretário da Fazenda disse que era legítimo.”

“Isso eu não vi a vereadora do PT vir aqui defender”, ironizou Pier Petruzziello (PTB) sobre a repercussão da divulgação nas redes sociais de fotos da esposa do novo ministro do Turismo, Alessandro Teixeira, que fez um “ensaio fotográfico com fotos provocantes” no gabinete do ministro. “Isso é uma piada, esse cara deveria ter caído ontem mesmo, pois é o tipo de gente que denigre a classe política. Resultado de uma feira livre promovida pelo governo da Dilma, que tentou barrar o impeachment distribuindo cargos aos aliados”, disse.

Outro a rebater o discurso de Josete foi Chico do Uberaba (PMN). Ele desqualificou a possibilidade de Dilma pedir sanções ao Brasil na Unasul e no Mercosul por meio da “cláusula democrática”, dispositivo que pode levar à suspensão dos integrantes dos blocos. “Se fizer isso, ela entrará para a história como a primeira presidente a pedir que os vizinhos punam seu próprio país, isso sim seria um golpe. O que aconteceu com a Dilma? Ela está fora da casinha? Será que cheirou meia?”, questionou.

Já Pedro Paulo, que recentemente trocou o PT pelo PDT, acusou o governo estadual de anunciar “meias verdades” em um jornal de divulgação das realizações da gestão Beto Richa. “Aqui consta a unidade de saúde Jardim Aliança, mas as obras estão paradas por lá porque o estado não repassa recursos. Assim como na unidade de saúde Xaxim, que teve sua entrega atrasada por mais de um ano em função dos atrasos dos pagamentos por parte do estado, em prejuízo da população”.

Professor Galdino (PSDB) saiu em defesa de Richa e disse que ele “jamais feriu a Lei de Responsabilidade Fiscal”. “Dilma e sua quadrilha saquearam o Brasil; Beto Richa salvou o Paraná”, resumiu. Representante da Rede Sustentabilidade, Jorge Bernardi advogou a tese do “nem Dilma, nem Temer” e pediu que sejam realizadas novas eleições. Ele sustentou sua posição baseado em pesquisa de opinião divulgada pela imprensa em que 62% dos entrevistados teriam afirmado que são favoráveis a novas eleições. Bernardi afirmou que a eleição da petista foi “um verdadeiro estelionato eleitoral”.