Vereadores debatem segurança pública e prevenção às drogas

por Assessoria Comunicação publicado 13/10/2009 19h25, última modificação 28/06/2021 07h25
O problema das drogas ligado à violência e à segurança pública foi novamente abordado em plenário. A vereadora Noemia Rocha (PMDB) falou nesta terça-feira (13), na Câmara de Curitiba, sobre os programas de recuperação de mães dependentes promovido pela Igreja Assembleia de Deus e o baixo índice de recuperação destas mulheres. A parlamentar sugeriu a implantação de mais casas públicas de recuperação em Curitiba, para somar ao trabalho desenvolvido pela Igreja.
“Os jovens querem ser recuperados, mas muitas vezes não têm condições financeiras para frequentar um tratamento contínuo”, disse Noemia, falando da importância das casas de recuperação mantidas pelo poder público. Na tribuna, ressaltou a necessidade de programas voltados à prevenção e capacitação profissional, que, segundo ela, evitam que o cidadão se envolva com drogas e violência em busca de dinheiro. A vereadora também lamentou que, nas estatísticas da segurança pública, Curitiba esteja logo em seguida da cidade do Rio de Janeiro, em segundo lugar nos índices de criminalidade.
Diversos vereadores abordaram o tema. De acordo com Paulo Frote (PSDB), a política contra drogas que mais dá resultados positivos é a das igrejas, que devem estar aliadas aos convênios sociais dos governos. O vereador reforçou a ideia da prevenção ao destacar que a Guarda Municipal faz revistas diárias em cidadãos suspeitos de serem traficantes ou usuários, nas praças e ruas da cidade. O líder do prefeito, vereador Mario Celso Cunha (PSB), informou que a Fundação de Ação Social (FAS) realiza convênios e oferece tratamentos aos dependentes químicos, incluindo a família. Mario Celso lembrou que, quando foi secretário municipal do Menor, recuperou mais de 300 crianças envolvidas com drogas. Também enfatizou que, “no Brasil, mais de 20 toneladas de maconha são consumidas diariamente.”
De acordo com o vereador Pedro Paulo (PT), os poderes públicos não têm respondido à altura da demanda. “Não temos onde tratar todos os jovens que querem ser recuperados atualmente e, sem recursos, não há programas públicos que funcionem com eficácia.” Pedro Paulo também ressaltou a necessidade da prevenção em rede, unindo escolas, igrejas, organizações não-governamentais (ONGs) e outras entidades.
Os vereadores Algaci Tulio (PMDB), Dirceu Moreira (PSL) e Julieta Reis (DEM) também lamentaram o problema.