Vereadores debatem segurança com comando da PM
Para debater a situação e as estratégias da segurança pública em Curitiba, os vereadores da capital receberam, na sessão desta segunda-feira (11), o comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Roberson Luiz Bondaruk. A iniciativa da discussão foi da Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública, presidida pelo vereador Chico do Uberaba (PMN).
Em sua fala inicial, o comandante apresentou resultados do trabalho da Polícia Militar, como a redução do número de homicídios. Ele falou também sobre as novas contratações de policiais, por meio de concurso público, a aquisição de viaturas e equipamentos e, ainda, sobre projetos prioritários para a força, como o programa Unidade Paraná Seguro (UPS).
“Comparado com o primeiro bimestre do ano passado, tivemos uma redução de 25% nos homicídios em Curitiba, e isso é um dado oficial da Secretaria de Estado da Segurança Pública que está disponível à população”, afirmou. Segundo Bondaruk, não há registro de quedas tão acentuadas nas estatísticas de homicídio na história recente do estado.
O convidado ressaltou a realização da operação Nhapecani, que aconteceu no último final de semana, com a instalação de bloqueios em diversos pontos do estado. “Foi uma operação preventiva, onde ninguém poderia cruzar o Paraná sem passar por pelo menos um bloqueio. Em breve apresentaremos um balanço oficial dessa ação”, adiantou.
Outro assunto abordado pelo coronel foi o aniversário de um ano da primeira Unidade Paraná Seguro, instalada no bairro Uberaba e que, segundo ele, trouxe redução no índice de criminalidade em todo o entorno do equipamento.
A realização de concurso público para preencher 5.400 vagas, e recompor o quadro de pessoal da corporação, também foi comentada pelo comandante. “Mas não estamos falando só de pessoal, tivemos também um grande acréscimo em equipamentos. Já adquirimos 4.300 viaturas e vamos receber mais 1.200”, detalhou.
Modernizar o serviço do telefone 190 também é uma meta da PM. “Tradicionalmente esse número demorava para atender, ou caía numa gravação. Nosso objetivo é atender a chamada no primeiro toque, salvo em dias em que houver um pico de ligações".
Na sequência, os vereadores formularam uma série de questionamentos ao gestor da Polícia Militar, apresentaram queixas e pediram providências para situações como tráfico de drogas nas escolas, violência no trânsito, atuação das UPS, entre outros.
Drogas
De acordo com o comandante-geral da PM, 62% dos homicídios registrados em Curitiba nos dois primeiros meses do ano têm relação com o tráfico de drogas. Ele citou, no combate à questão, ações como o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), o reforço da Patrulha Escolar e o aumento da participação popular no Narcodenúncia. “A prevenção às drogas é a principal ferramenta de combate à criminalidade”, acrescentou. Ainda segundo Bondaruk, o Paraná apreende por ano, por sua posição geográfica, a mesma quantidade de drogas que o resto do país. Perguntas sobre o tema foram apresentadas pela líder da oposição, Noemia Rocha (PMDB), por Geovane Fernandes (PTB) e Valdemir Soares (PRB).
Investimentos
Ao vereador Helio Wirbiski (PPS), o comandante respondeu que estão previstos 75 novos módulos policias, um por cada bairro de Curitiba. “A ideia é que possamos substituir os atuais contêineres, que estão nas UPS, de maneira precária, por módulos fixos”, anunciou. Já para Mauro Ignacio (PSB), que questionou sobre a possibilidade de uma nova ambulância para o Corpo de Bombeiros que fica em Santa Felicidade, Bondaruk esclareceu que está em estudo a realização de convênio com o governo federal para a aquisição de novas ambulâncias.
CIC
Sobre as ações da polícia no bairro CIC, considerado um dos mais perigosos da cidade, Dirceu Moreira (PSL) perguntou se as estatísticas melhoraram com a implantação de UPS na região. Roberson Bondaruk informou que a CIC recebeu atenção concentrada dos trabalhos policiais, inclusive com a criação de um batalhão de polícia, que já funciona mas não está totalmente equipado. “Lá foram instaladas quatro UPS e esse trabalho integrado ajudou para que a localidade saísse da lista de campeã de homicídios”, afirmou.
Hospital Militar
Questionado por Colpani (PSB), Bondaruk admitiu problemas recentes no Hospital Militar do Paraná, mas disse que a situação está “equacionada” e a normalidade deve ser retomada até o fim desta semana. Segundo ele, o estabelecimento é responsável pelo atendimento a 160 mil vidas. Por meio de convênio com o governo estadual, os serviços, antes só disponibilizados à capital, foram ampliados para a Região Metropolitana de Curitiba e para o litoral do estado.
Batalhões
O coronel afirmou que os batalhões da PM serão ampliados de 24 para 31 até o próximo ano, com destaque para investimentos na Região Metropolitana de Curitiba. O de Colombo, por exemplo, foi instalado em 2012. O número não contempla os núcleos especializados, como o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran). Bondaruk alertou para “círculo vicioso”, em que a criminalidade oriunda da RMC atinge a cidade. O questionamento partiu de Cristiano Santos (PV).
Violência no trânsito
Cristiano Santos também alertou para as 12 vítimas fatais de acidentes de trânsito no último fim de semana. O convidado declarou que o BPTran realiza operações diárias, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), e que 75% dos acidentes acontecem em cruzamentos sinalizados, o que mostra a “falta de educação no trânsito”. Já os casos relacionados ao consumo de álcool e drogas, devido ao enrijecimento da legislação, apresentaram queda.
Blitze
Felipe Braga Côrtes (PSDB) lamentou a divulgação, nas redes sociais, da realização de blitze. O coronel concorda que isso é um problema, mas disse que a PM faz monitoramento constante das redes e pode deslocar as intervenções de trânsito. “Falta às pessoas educação, compreensão que a blitz é pelo bem das pessoas”, posicionou-se. Também em resposta ao parlamentar, Bondaruk informou que há projeto para a digitalização do sistema de registro de Boletim de Ocorrência (BO).
Outros temas
Em resposta a Aldemir Manfron (PP), o coronel apontou a perturbação do silêncio como mote da maior parte das reclamações à PM nos fins de semana. Para Mestre Pop (PSC), afirmou que todos os bairros da cidade vão receber reforço no contingente policial. Já Tico Kuzma (PSB) quis saber sobre a previsão de convocação de aprovados em concurso – que pode chegar a 2 mil em 2013 e 2 mil no próximo ano. Após indagação de Julieta Reis (DEM), segunda vice-presidente do Legislativo, o convidado ponderou que o setor histórico da cidade pode sediar eventos com segurança, de acordo com o porte da atividade. Também participaram do debate os vereadores Chicarelli (PSDC), Bruno Pessuti e Carla Pimentel, do PSC, Jonny Stica e Professora Josete, do PT e Jorge Bernardi (PDT).
Em sua fala inicial, o comandante apresentou resultados do trabalho da Polícia Militar, como a redução do número de homicídios. Ele falou também sobre as novas contratações de policiais, por meio de concurso público, a aquisição de viaturas e equipamentos e, ainda, sobre projetos prioritários para a força, como o programa Unidade Paraná Seguro (UPS).
“Comparado com o primeiro bimestre do ano passado, tivemos uma redução de 25% nos homicídios em Curitiba, e isso é um dado oficial da Secretaria de Estado da Segurança Pública que está disponível à população”, afirmou. Segundo Bondaruk, não há registro de quedas tão acentuadas nas estatísticas de homicídio na história recente do estado.
O convidado ressaltou a realização da operação Nhapecani, que aconteceu no último final de semana, com a instalação de bloqueios em diversos pontos do estado. “Foi uma operação preventiva, onde ninguém poderia cruzar o Paraná sem passar por pelo menos um bloqueio. Em breve apresentaremos um balanço oficial dessa ação”, adiantou.
Outro assunto abordado pelo coronel foi o aniversário de um ano da primeira Unidade Paraná Seguro, instalada no bairro Uberaba e que, segundo ele, trouxe redução no índice de criminalidade em todo o entorno do equipamento.
A realização de concurso público para preencher 5.400 vagas, e recompor o quadro de pessoal da corporação, também foi comentada pelo comandante. “Mas não estamos falando só de pessoal, tivemos também um grande acréscimo em equipamentos. Já adquirimos 4.300 viaturas e vamos receber mais 1.200”, detalhou.
Modernizar o serviço do telefone 190 também é uma meta da PM. “Tradicionalmente esse número demorava para atender, ou caía numa gravação. Nosso objetivo é atender a chamada no primeiro toque, salvo em dias em que houver um pico de ligações".
Na sequência, os vereadores formularam uma série de questionamentos ao gestor da Polícia Militar, apresentaram queixas e pediram providências para situações como tráfico de drogas nas escolas, violência no trânsito, atuação das UPS, entre outros.
Drogas
De acordo com o comandante-geral da PM, 62% dos homicídios registrados em Curitiba nos dois primeiros meses do ano têm relação com o tráfico de drogas. Ele citou, no combate à questão, ações como o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), o reforço da Patrulha Escolar e o aumento da participação popular no Narcodenúncia. “A prevenção às drogas é a principal ferramenta de combate à criminalidade”, acrescentou. Ainda segundo Bondaruk, o Paraná apreende por ano, por sua posição geográfica, a mesma quantidade de drogas que o resto do país. Perguntas sobre o tema foram apresentadas pela líder da oposição, Noemia Rocha (PMDB), por Geovane Fernandes (PTB) e Valdemir Soares (PRB).
Investimentos
Ao vereador Helio Wirbiski (PPS), o comandante respondeu que estão previstos 75 novos módulos policias, um por cada bairro de Curitiba. “A ideia é que possamos substituir os atuais contêineres, que estão nas UPS, de maneira precária, por módulos fixos”, anunciou. Já para Mauro Ignacio (PSB), que questionou sobre a possibilidade de uma nova ambulância para o Corpo de Bombeiros que fica em Santa Felicidade, Bondaruk esclareceu que está em estudo a realização de convênio com o governo federal para a aquisição de novas ambulâncias.
CIC
Sobre as ações da polícia no bairro CIC, considerado um dos mais perigosos da cidade, Dirceu Moreira (PSL) perguntou se as estatísticas melhoraram com a implantação de UPS na região. Roberson Bondaruk informou que a CIC recebeu atenção concentrada dos trabalhos policiais, inclusive com a criação de um batalhão de polícia, que já funciona mas não está totalmente equipado. “Lá foram instaladas quatro UPS e esse trabalho integrado ajudou para que a localidade saísse da lista de campeã de homicídios”, afirmou.
Hospital Militar
Questionado por Colpani (PSB), Bondaruk admitiu problemas recentes no Hospital Militar do Paraná, mas disse que a situação está “equacionada” e a normalidade deve ser retomada até o fim desta semana. Segundo ele, o estabelecimento é responsável pelo atendimento a 160 mil vidas. Por meio de convênio com o governo estadual, os serviços, antes só disponibilizados à capital, foram ampliados para a Região Metropolitana de Curitiba e para o litoral do estado.
Batalhões
O coronel afirmou que os batalhões da PM serão ampliados de 24 para 31 até o próximo ano, com destaque para investimentos na Região Metropolitana de Curitiba. O de Colombo, por exemplo, foi instalado em 2012. O número não contempla os núcleos especializados, como o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran). Bondaruk alertou para “círculo vicioso”, em que a criminalidade oriunda da RMC atinge a cidade. O questionamento partiu de Cristiano Santos (PV).
Violência no trânsito
Cristiano Santos também alertou para as 12 vítimas fatais de acidentes de trânsito no último fim de semana. O convidado declarou que o BPTran realiza operações diárias, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), e que 75% dos acidentes acontecem em cruzamentos sinalizados, o que mostra a “falta de educação no trânsito”. Já os casos relacionados ao consumo de álcool e drogas, devido ao enrijecimento da legislação, apresentaram queda.
Blitze
Felipe Braga Côrtes (PSDB) lamentou a divulgação, nas redes sociais, da realização de blitze. O coronel concorda que isso é um problema, mas disse que a PM faz monitoramento constante das redes e pode deslocar as intervenções de trânsito. “Falta às pessoas educação, compreensão que a blitz é pelo bem das pessoas”, posicionou-se. Também em resposta ao parlamentar, Bondaruk informou que há projeto para a digitalização do sistema de registro de Boletim de Ocorrência (BO).
Outros temas
Em resposta a Aldemir Manfron (PP), o coronel apontou a perturbação do silêncio como mote da maior parte das reclamações à PM nos fins de semana. Para Mestre Pop (PSC), afirmou que todos os bairros da cidade vão receber reforço no contingente policial. Já Tico Kuzma (PSB) quis saber sobre a previsão de convocação de aprovados em concurso – que pode chegar a 2 mil em 2013 e 2 mil no próximo ano. Após indagação de Julieta Reis (DEM), segunda vice-presidente do Legislativo, o convidado ponderou que o setor histórico da cidade pode sediar eventos com segurança, de acordo com o porte da atividade. Também participaram do debate os vereadores Chicarelli (PSDC), Bruno Pessuti e Carla Pimentel, do PSC, Jonny Stica e Professora Josete, do PT e Jorge Bernardi (PDT).
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba