Vereadores debatem Plano Diretor em workshop no IPPUC

por Assessoria Comunicação publicado 26/03/2014 20h00, última modificação 22/09/2021 09h59
Mais de vinte vereadores da Câmara Municipal compareceram à sede do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), na tarde desta quarta-feira (26), para participar de um workshop promovido pela entidade sobre a elaboração do novo Plano Diretor de Curitiba. Trata-se de um documento que é votado a cada dez anos e que contempla o planejamento de aspectos diversos da cidade, como habitação, mobilidade e saúde, entre outros.

Paulo Salamuni (PV), presidente da Câmara, agradeceu o convite formulado pelo IPPUC e destacou que o convívio entre os poderes Executivo e Legislativo tem se dado de forma harmônica e com respeito mútuo. “Sem uma recíproca preservação da autonomia entre os poderes, qualquer administração se torna inviável e pouco democrática”, declarou o presidente. “No planejamento da Curitiba do futuro, os vereadores devem ser partícipes”, frisou ele.

O vereador Jonny Stica (PT), presidente da Comissão de Urbanismo, acredita que a Câmara pode prestar uma contribuição importante para a elaboração do novo plano. “Nessa primeira reunião ampla que envolveu integrantes do IPPUC e diversos vereadores, a Comissão de Urbanismo apresentou uma agenda que prevê a realização de atividades diversas como grupos de estudos, audiências públicas na Câmara e reuniões temáticas, entre outras iniciativas”, afirmou Stica. Ele também frisou a ampla gama de temas que devem ser abordados. “É justamente em função desse exaustivo rol de temas que buscamos estabelecer um franco diálogo com o IPPUC” disse Stica. Ele disse que a realização do encontro revela haver vontade política para que o Plano seja eficaz na busca de realizações que estejam em consonância com o interesse público.

Reginaldo Cordeiro, secretário municipal de Urbanismo e secretário municipal da Copa 2014, acredita numa sinergia que pode conduzir e harmonizar as ações conjuntas dos órgãos envolvidos. “Estamos evoluindo no sentido de encontrar soluções em prol da população. Dois objetivos que podem ser alcançados em breve são a regulamentação dos valet-parks e dos recuos obrigatórios nas calçadas, com fins de estacionamento”, disse o secretário. Ainda para ele, “Curitiba são várias cidades em uma”.

O presidente do IPPUC, Sérgio Póvoa Pires apresentou um estudo visual que auxiliou na compreensão das etapas que conduzirão os debates sobre a nova proposta. “Acreditamos que o novo Plano Diretor pode ter destaque se buscar fundamentação na participação popular”, disse Póvoa Pires. Ele também destacou que este planejamento será profunda e amplamente debatido em várias instâncias com a Câmara Municipal, órgãos municipais, conselhos setoriais, Conselho da Cidade de Curitiba (Concitiba) e sociedade civil organizada. “Essa amplitude de vozes envolverá até crianças (Programa Urbanista Mirim) e possibilitará que demandas difusas da população sejam levadas em consideração. Para isso, a participação dos vereadores será imprescindível”, frisou o presidente do IPPUC.     

Manifestações dos vereadores

Pedro Paulo (PT) líder do Executivo na Casa, destacou que a divulgação do Plano Diretor junto à população deve ser feita com uso de uma linguagem acessível. “Até porque o povo é o maior interessado, e é justamente ele quem vai conviver com os resultados das decisões por um longo período”. Ele também lembrou que o plano não deve ignorar os vínculos que acidade mantém com os municípios da Região Metropolitana (RMC)”.

A linha férrea que corta a região norte da cidade foi lembrada pelo vereador Cristiano Santos (PV). “As tragédias nas linhas se sucedem constantemente, portanto, um Plano Diretor que pretenda estabelecer as metas que Curitiba quer atingir nos próximos dez anos ou mais, deve focar necessariamente esta questão”, destacou Cristiano. O vereador Colpani (PSB) questionou se o governo do estado permanecerá alheio ao processo. “Acredito que em prol do interesse público, o governo estadual deve abrir seus canais de diálogo e também apresentar propostas, principalmente quanto às questões que envolvem Curitiba e Região Metropolitana”, ressaltou.

“Ao longo de três mandatos como vereadora, percebi que certas questões são decididas sem que haja uma previsão quanto às suas consequências”, disse Professora Josete (PT). Ela citou como exemplo a instalação do Shopping Pátio Batel que, segundo ela, foi autorizado sem a produção de um estudo de impacto de vizinhança. “Outro problema que posso apontar é o da eventual regularização de áreas ocupadas, a exemplo do Ribeirão dos Padilhas. Muitas vezes o poder público age com pouca flexibilidade em relação à periferia, mas esbanja boa vontade para com grandes empreendedores”, afirmou a parlamentar.

Felipe Braga Côrtes (PSDB) lembrou de sua participação na formulação do Plano Diretor de 2004 e lamentou que a ideia do Potencial Construtivo (que seria um mecanismo voltado para a preservação do patrimônio histórico) tenha sido desviada de seus objetivos originais. Serginho do Posto (PSDB) acredita que a população de baixa renda enfrenta muitos entraves burocráticos para a resolução de questões simples e pontuais. ”Um maior diálogo entre os órgãos competentes com certeza seria favorável a estes cidadãos”.

Também participaram do encontro os vereadores Tico Kuzma (PROS), Bruno Pessuti (PSC), Toninho da Farmácia (PP), Mauro Ignacio (PSB), Colpani (PSB), Carla Pimentel (PSC), Julieta Reis (DEM), Paulo Rink (PPS), Tiago Gevert (PSC), Rogerio Campos (PSC), Pier Petruzziello (PTB), Aladim Luciano (PV) e representantes dos vereadores Professor Galdino (PSDB), Helio Wirbiski (PPS) e Valdemir Soares (PRB). Além deles, também estavam presentes Caíque Ferrante, secretário de relações com a comunidade e Celso Torquato, secretário de coordenação política.
 
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