Pronunciamentos dos vereadores da capital, durante a sessão plenária desta terça-feira (17), abordaram reivindicações e obras previstas para diferentes bairros da capital, além da campanha de imunização contra o novo coronavírus. O presidente da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), Tico Kuzma (Pros), falou de reunião no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), na última sexta (13), para a apresentação dos projetos das trincheiras para a transposição da Linha Verde na altura da estação-tubo São Pedro, para facilitar a ligação entre os bairros Capão Raso e Xaxim.

“Comigo estavam alguns proprietários de terrenos que serão atingidos pela construção”, apontou. “Junto ao secretário de Governo e presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur, além de vários técnicos do órgão, esclarecemos dúvidas sobre a previsão de início dos trabalhos, março de 2022e, e também sobre o processo de avaliação e indenização dos imóveis. Os proprietários já começaram a ser chamados pela prefeitura para as tratativas de desapropriação.”

“As trincheiras sob a estação São Pedro possibilitarão a passagem, sem interrupções, do fluxo principal do trânsito da Linha Verde, beneficiando o transporte público e 2,5 mil veículos por hora”, destacou Kuzma. Apesar dos benefícios à mobilidade urbana, o presidente do Legislativo ponderou que “a situação é delicada, pois temos vários proprietários que serão atingidos [pelas desapropriações], moradores antigos da região”. As obras serão realizadas em parceria com o governo estadual. 

O vereador Pastor Marciano Alves (Republicanos) exibiu reivindicações dos usuários da Unidade Básica de Saúde Waldemar Monastier, no Boqueirão. As demandas são para melhorias na infraestrutura do equipamento público, como obras na porta de entrada e no telhado. “Solicito ao Município esse apoio tão fundamental ao nosso povo da região”, disse o parlamentar. O requerimento (044.08296.2021) com as solicitações foi protocolado nessa segunda-feira (16). 

João da 5 Irmãos (PSL), por sua vez, apresentou ações na Regional Cajuru. Mote de requerimentos do vereador desde janeiro, a macrodrenagem do rio Atuba, da região do Autódromo até o Uberaba, segundo ele, está programada para começar neste ano. “A gente tem conversado com o secretário [municipal de Obras] Rodrigo Rodrigues”, declarou. 

O parlamentar também vê avanços no debate sobre a sinalização nos cruzamentos com a linha férrea, outro tema sobre o qual a CMC tem se debruçado, devido aos acidentes com trens. “A gente, desde que assumiu este mandato, tem dialogado muito com a Rumo e várias lideranças, procurando soluções para resolver este problema”, acrescentou. “Dia 21 terá uma capacitação de lideranças sobre a segurança ferroviária na Igreja Batista Sião. A gente convida a comunidade para participar.” João da 5 Irmãos ainda registrou encontro com pastores, no último sábado (14), com a discussão de demandas da região. 

Vacina da covid-19

“Nós precisamos de uma resposta que seja célere por parte da prefeitura. Terceira dose”, disse Denian Couto (Pode) sobre pedido de informações oficiais à Secretaria Municipal da Saúde (SMS), lido no pequeno expediente da sessão desta terça (062.00538.2021). O vereador citou declaração da secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, de que, diante da variante Delta, parte da população, como os idosos, pode precisar de uma dose extra. 

O parlamentar apontou que o Chile, por exemplo, já determinou a aplicação da terceira dose. “Faço esse pedido de informações para que a capital não fique para trás também neste ponto. É preciso que haja planejamento e estudos”, argumentou. Denian Couto afirmou que ainda não recebeu resposta a questionamentos sobre a imunização de adolescentes, apresentado no final de julho (062.00437.2021). Também defendeu a vacinação como estratégia mais importante para o controle da pandemia e citou ranking divulgado pelo jornal O Globo sobre as capitais. 

Já os vereadores Jornalista Márcio Barros (PSD) e Marcelo Fachinello (PSC) apresentaram substitutivo geral ao projeto de lei para enviar para o final da fila os chamados sommeliers da vacina. São as pessoas que vão aos pontos de imunização e, em função do laboratório disponível, recusam a aplicação. Elas teriam o direito suspenso e só seriam contempladas depois que todo o calendário do Programa Nacional de Imunização (PNI) fosse cumprido. 

A nova redação exclui da lei as gestantes, puérperas e pessoas com comorbidades com comprovação médica (031.00057.2021). Também não diz mais como seria o registro da recusa. Segundo os autores, o substitutivo “visa apenas a adequação do texto para melhor aplicação”. O projeto foi instruído pela Procuradoria Jurídica (Projuris) e aguarda análise de parecer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da CMC (005.00182.2021).