Vereadores debatem manutenção de escolas e CMEIs de Curitiba

por Assessoria Comunicação publicado 07/02/2018 12h50, última modificação 26/10/2021 07h52

A discussão de uma sugestão de ato de administrativo para a reforma do Centro de Educação Integral (CEI) Maestro Bento Mossurunga, na sessão desta quarta-feira (7), ampliou o debate sobre a manutenção e a segurança dos equipamentos da rede municipal de ensino. Autor do requerimento aprovado em plenário, o vereador Mestre Pop (PSC) disse que o equipamento público, localizado no bairro Alto Boqueirão, precisa de reparos nos vidros, piso, telhado, alambrado e pintura, dentre outras intervenções (203.00008.2018).

“É uma escola antiga e o problema se arrasta desde a gestão anterior. Em 2015 eu tinha comentado que a escola precisava passar por reforma. Lembrando que o repasse às escolas [pelo Fundo Rotativo] não é suficiente”, apontou Pop. “Vândalos entraram lá e nem roubaram, porque estava tudo danificado”, completou, sobre invasão em janeiro que teria piorado a situação do CEI. O parlamentar citou outras escolas e CMEIs que precisam de reparos e disse ter destinado emenda orçamentária ao Maestro Bento Mossurunga, na gestão anterior, não executada (308.00438.2015). Ao orçamento de 2018, alocou R$ 10 mil à unidade (308.00218.2017).

Na sequência, Mauro Ignácio (PSB) afirmou que a demanda “já está em atendimento”. “É um assunto que estava pendente da administração passada. Um ano [2017] é muito pouco para recuperar essas pendências, que realmente existem”, defendeu. Segundo o vereador, “o investimento inicial será de R$ 80 mil”. Líder do prefeito, Pier Petruzziello (PTB) reforçou que a emenda pendente ao CEI Maestro Bento Mossurunga não é de responsabilidade desta gestão.

“Eu também acompanhei desde a semana passada essa questão do CEI. Alguns outros vereadores também receberam de pais ou do próprio diretor, ou foram marcados no próprio Facebook. A situação da escola como um todo não é de agora, vem de anos anteriores. Entretanto, como disse o diretor, o Everton, a questão se agravou no recesso, quando vândalos quebraram telhas e vidros e as salas foram alagadas pelas chuvas”, continuou Tico Kuzma (Pros). “O Núcleo de Educação foi à escola no mês de janeiro, consertou as telhas, o que podia, e se comprometeu. Agendei para amanhã [8] uma visita, os demais vereadores estão convidados.”

De acordo com Mestre Pop, ele retornará ao equipamento para verificar se as obras começaram. “As crianças ficam fora da escola dois meses. Acredito que esses reparos já poderiam ter sido feitos. A presença da Guarda [Municipal] também seria muito importante, não somente [para] escolas, mas para unidades de saúde, como na Monteiro Lobato", acrescentou, sobre o vandalismo.

“Paga-se uma fortuna e não sentimos retorno. Muitas vezes acontecem os furtos e eles não vão à escola, não repõe [o que foi furtado] ou demora muito”, avaliou Professora Josete (PT). “Não existe um planejamento a médio prazo, no sentido de colocar prioridade para essas escolas. Coisas são feitas na medida em que os casos acontecem. Os telhados, a fiação. Houve vândalos, houve. Mas o problema lá é antigo, de estrutura mesmo”, completou a vereadora.

Kuzma sugeriu que a Comissão de Educação, Cultura e Turismo aprofunde o debate sobre o contrato com a empresa de vigilância, e ponderou que o Plano Plurianual (PPA) prevê reformas em diversos estabelecimentos. Já para Professor Euler (PSD) – que em 2017 presidia o colegiado e em visitas às 185 escolas municipais verificou os problemas na manutenção como principal demanda dos diretores –, o Legislativo pode sugerir que suas economias, devolvidas à prefeitura, sejam usadas para a reforma desses equipamentos. “Sei que não é possível fazer verba carimbada, mas que a gente possa sugerir que parte desta verba seja usada na manutenção”, afirmou.

Também participaram do debate os vereadores Bruno Pessuti (PSD), Jairo Marcelino (PSD), Marcos Vieira (PDT), Mauro Bobato (Pode) e Noemia Rocha (PMDB).