Vereadores debatem em plenário mudanças para o transporte coletivo

por Assessoria Comunicação publicado 06/08/2013 15h10, última modificação 17/09/2021 09h40
Na sessão plenária desta terça-feira (6), os vereadores voltaram a debater soluções para o trânsito e o transporte coletivo da capital. Algumas iniciativas que tramitam na Câmara de Curitiba foram discutidas. Rogério Campos (PSC) e Valdemir Soares (PRB) destacaram o projeto, de iniciativa de diversos vereadores, que pretende evitar questionamentos jurídicos quanto à lei municipal que acaba com a dupla função.

O texto (005.00300.2013) proíbe as concessionárias do sistema de incumbir ao motorista a cobrança da passagem, enquanto a norma em vigor veda a condução do veículo simultaneamente à outra atividade. Para Rogério e Valdemir, a interpretação da Urbs de que a lei está sendo cumprida, porque o motorista não está dirigindo durante a cobrança da passagem, é uma “pegadinha jurídica”.

Em depoimento à CPI do Transporte Coletivo, na última quinta-feira (1), o diretor de Transporte da Urbs, Rodrigo Binotto Grevetti, disse que não há espaço nos microônibus para que os cobradores trabalhem e alertou para os gastos que a medida traria. “Isto totalizaria uma despesa de aproximadamente R$ 1,4 milhão ao mês, resultando num impacto de cinco centavos a mais na tarifa”. Grevetti disse acreditar que a lei está sendo cumprida e informou que foi publicada uma instrução de que os motoristas não devem cobrar a passagem com o veículo em movimento.

“A Urbs está desrespeitando a Câmara de Curitiba e os parlamentares”, disse o vereador do PSC, que defendeu novamente a criação da Secretaria Municipal do Transporte Coletivo. “Quanto a passagem diminuiu quando os microônibus começaram a circular, em 2004?”, questionou Valdemir, em referência ao impacto que a adaptação dos veículos e a contratação de cobradores teria na tarifa. Ele sugeriu, ainda, a tramitação da matéria em regime de urgência.

Além deste debate, o plenário aprovou o envio de sugestão à prefeitura para a realização de estudos sobre a implantação de tarifas econômicas em horários alternativos. Autor do requerimento, o vice-relator da CPI do Transporte Coletivo, Valdemir Soares, destacou que o tema já foi mote de debates nas reuniões da comissão especial. “A tarifa mais barata fora dos horários de pico pode ser uma alternativa para o sistema de Curitiba”, disse.

Os vereadores aprovaram, ainda, a sugestão de Rogério Campos (PSC) para que a prefeitura instale semáforos sequenciais nas canaletas dos ônibus expressos (articulados e biarticulados). Segundo o autor do requerimento, “a sugestão visa garantir maior segurança para motoristas e pedestres, uma vez que as estatísticas demonstram que muitos acidentes poderiam ser evitados com os semáforos sequenciais”.

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