Vereadores debatem coalizão política do governo

por Assessoria Comunicação publicado 31/03/2015 16h50, última modificação 29/09/2021 10h01

Durante o debate do projeto de lei que estabelece a divulgação da especialidade e registro profissional dos médicos de plantão nas unidades de saúde de Curitiba, os vereadores debateram os resultados da gestão do prefeito Gustavo Fruet, bem como suas alianças políticas. A discussão ocorreu na sessão desta terça-feira (31), na Câmara Municipal, e opôs defensores e críticos da administração municipal.

Para Chico do Uberaba, líder do bloco parlamentar PMN/PSD, a população está descontente com a atual gestão e isso estaria sendo demonstrado por meio de vaias ao prefeito em eventos públicos. “A Prefeitura não faz nada, por isso a cidade está um caos. São ruas sem condição de tráfego, lixo por todo lugar e greves. Isso sem falar que detonaram a integração no sistema de transporte”, enumerou.

O vereador também reprovou a reforma feita na Praça da Espanha, que chamou de “meia reforma”, bem como as comemorações do aniversário de 322 anos da cidade. “Em outras épocas, havia inaugurações e uma série de atividades festivas nos bairros. Agora, fizeram esse bolo ridículo. O povo quer obra, não quer bolo!”, disse o parlamentar.

O contraponto foi feito pelo líder da maioria na Casa, Paulo Salamuni (PV). Ele considerou o discurso como “um ataque de cólera incoerente”. “Você vomita a sua ira aqui, acaba generalizando tudo, por isso ninguém mais leva em conta o que você diz. Como se o país não vivesse hoje momentos intensos de dificuldade”.

Na opinião de Salamuni, o papel do Legislativo é de ajudar o prefeito a encontrar saídas para a crise. Ele também defendeu a idoneidade de Fruet e atacou Chico do Uberaba por ele “dizer tudo, mas menos que a prefeitura entregou à população, no último final de semana, o maior bosque urbano do país (Reserva do Bugio), com oito  milhões de metros quadrados”. O líder também se queixou de o parlamentar não dizer “uma palavra sequer” sobre o escândalo de corrupção que assola o governo estadual, “o qual você sempre serviu”.

Outro a apontar erros na gestão do prefeito foi Jorge Bernardi (PDT). Ele disse que Fruet está mal avaliado em função dos aliados que têm escolhido. Bernardi apontou a Secretaria de Saúde, que enfrenta greve de servidores da pasta, e a de Meio Ambiente, que estaria com desempenho insuficiente. “Quem são os aliados que comandam estas secretarias?” questionou. O vereador sugeriu que o prefeito se alie “às forças progressivas da cidade e ao povo” e dialogue com os funcionários públicos que estão em greve.

Bernardi foi contestado por Salamuni e Pedro Paulo (PT). “Se há dificuldades, eu questiono quantas vezes o vereador Bernardi esteve aqui para oferecer ajuda aos aliados”, devolveu o primeiro. Já o segundo disse estranhar as críticas, justamente por Bernardi ser do mesmo partido do prefeito. “Eu morro e não vejo de tudo...vir aqui falar dos aliados? Justamente de quem esperávamos que houvesse compreensão e parceria”, lamentou. Sobre a greve, Pedro Paulo acrescentou que há diálogo permanente com os servidores e recordou que, em 2014, o orçamento da saúde teve um salto de qualidade e que as receitas próprias são maiores do que as recebidas dos governos estadual e federal.