Vereadores acatam moção de apoio ao Sinclapol, da Polícia Civil

por Fernanda Foggiato | Revisão: Alex Gruba — publicado 08/05/2023 11h55, última modificação 08/05/2023 12h26
O requerimento é assinado por diversos vereadores, por iniciativa de Alexandre Leprevost.
Vereadores acatam moção de apoio ao Sinclapol, da Polícia Civil

Dirigentes do Sinclapol acompanharam a votação da moção de apoio na Câmara de Curitiba. (Foto: Carlos Costa/CMC)

O plenário da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou, na manhã desta segunda-feira (8), uma moção de apoio ao Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol). O pedido é para que a entidade “tenha voz e participação” no debate de projeto de lei que deve implementar mudanças na carreira dos policiais civis. O requerimento foi acatado em votação simbólica (sem o registro no painel eletrônico) e unânime (416.00007.2023).

Alexandre Leprevost (Solidariedade) relatou que a demanda foi apresentada a seu gabinete, no fim de abril. “Nós entendemos que toda e qualquer mudança na estrutura e no plano de carreira deve primeiramente e previamente acontecer através um debate entre a classe e o Governo do Estado. É necessário que tenha um franco entendimento e a exposição das consequências que eventuais mudanças de reestruturação poderão trazer para a instituição [Polícia Civil]”, argumentou.

“Nós precisamos valorizar as forças de segurança, os agentes de segurança. Nós precisamos dar sustentabilidade para que eles possam trabalhar, até porque são eles que saem de manhã para trabalhar, colocado suas vidas em risco”, complementou o vereador. “E a nossa intenção aqui, apesar de ser uma pauta estadual, é fortalecer o Sinclapol, para que ele possa sentar à mesa e avançar nas discussões com o Governo do Estado.”

Leprevost pediu ainda que os vereadores levem a pauta para deputados estaduais. “Como eu digo, a segurança tem que ser olhada com muito carinho. A nossa Guarda Municipal também tem que ser valorizada. E, com o novo plano, a gente espera que melhore muito a carreira dos guardas”, declarou Sidnei Toaldo (Patriota). Coautor da moção, ele disse que irá buscar o diálogo com o líder do governo na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep), Hussein Bakri (PSD).

“Terá meu apoio”, afirmou Serginho do Posto (União), que também sinalizou que conversará com Bakri. “Vou entrar em contato também com a bancada evangélica, com os deputados estaduais com os quais mantenho contato”, completou Ezequias Barros (PMB). Rodrigo Reis (União), que elogiou o “gesto de carinho e humildade” da categoria, de buscar o diálogo com os vereadores, disse que buscará o apoio da deputada estadual e ex-vereadora Flávia Francischini (União).

“Trabalhei por diversos anos na segurança pública; fui médica legista de carreira, ligada à Polícia Científica, e sei da dificuldade e da precarização que aconteceu na polícia, de um modo geral, ao longo dos anos. Então, apoio total”, comentou Maria Leticia (PV). Hernani (PSB) se somou à discussão, manifestando o interesse em assinar a moção. O presidente Marcelo Fachinello (PSC) explicou que a medida é possível, mediante requerimento do vereador.

Defendendo os planos de carreira dos servidores públicos, Professora Josete (PT) também sinalizou que deve se somar, posteriormente, à coautoria da moção. “Eu me comprometo de uma forma um pouquinho diferente, em vez de conversar com deputados estaduais, o que é muito importante, posso até fazê-lo também, mas me comprometo também a conversar com o delegado Silvio Rockembach [delegado-geral da Polícia Civil]”, declarou Professor Euler (MDB). João da 5 Irmãos (União), por sua vez, lembrou da participação de policiais civis nos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs) da cidade.

Além de Leprevost e de Toaldo, a moção de apoio foi assinada, até o momento da votação em plenário, pelos vereadores Mauro Ignácio (União), Nori Seto (PP), Oscalino do Povo (PP), Pastor Marciano Alves (Republicanos), Pier Petruzziello (PP), Salles do Fazendinha (DC) e Sargento Tânia Guerreiro (União). A discussão foi acompanhada pela presidente do Sinclapol, Valquíria Gil Tisque; o secretário-geral-adjunto da entidade, Fernando Doria; o diretor de Assuntos dos Aposentados, Claudio Harmuch; e a tesoureira-geral, Fernanda Barão.

As sessões plenárias começam às 9h e têm transmissão ao vivo pelos canais da Câmara de Curitiba no YouTube, no Facebook e no Twitter.