Vereadores criticam União: "Foi comemorado o Dia do Desemprego"

por Assessoria Comunicação publicado 02/05/2016 14h50, última modificação 06/10/2021 10h55
Em vez de o Dia do Trabalho, o 1º de maio foi chamado, na sessão desta segunda-feira (2) da Câmara Municipal, de o “Dia do Desemprego”. Responsável pela expressão, o vereador Serginho do Posto (PSDB) disse acreditar que a taxa de desemprego divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na última sexta-feira (29) “seja ainda maior”. “Esta é a herança que foi deixada por este desgoverno que está aí”, declarou.

“Lamento que nesta data [Dia do Trabalho] o Brasil não tenha o que comemorar, porque tem 11 milhões de desempregados”, registrou Pier Petruzziello (PTB). Chico do Uberaba (PMN) criticou o reajuste do valor recebido por beneficiários do Bolsa Família e a proposta de correção da tabela do Imposto de Renda para pessoa física, anunciados pela presidente Dilma Rousseff nesse domingo (1º), em evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT): “Aonde ela quer chegar em final de feira?”, questionou.

Chicarelli (PSDC) ponderou que as correções são necessárias e “vieram tarde”. “Não vou defender a Dilma aqui, mas trabalho em bairros, com pessoas pobres”, afirmou. Para ele, o reajuste do Bolsa Família deveria ser maior. O Professor Galdino (PSDB), por sua vez, rebateu declarações da Professora Josete (PT) contra o processo de impeachment da presidente, na semana passada (leia mais).

“Ela [Josete] está tentando amenizar para Dilma, Lula e o próprio partido. Lula e Dilma, seus principais dirigentes, estão enterrados até a cabeça na corrupção.[…] A penitenciária de Pinhais [Complexo Médico-Penal do Paraná] será um bom lugar para a dupla passar alguns anos. Falar que [o impeachment] é golpe me dá acesso de risos”, sustentou Galdino. Uberaba também refutou que haja um golpe em andamento no Congresso.

Críticas locais
Além de críticas ao governo federal, pronunciamentos dos vereadores na sessão desta segunda questionaram a gestão do prefeito Gustavo Fruet. Chico do Uberaba, por exemplo, acusou o chefe do Palácio 29 de Março de executar apenas as emendas dos vereadores “apadrinhados”. “Cadê minhas emendas [saiba mais]? Cadê as obras do Uberaba, prefeito? Do Jardim das Américas, do Guabirotuba?”, perguntou.

Uberaba chamou o prefeito de “sumido, medroso”. “Prefeito, chega de enganação. Cadê o dinheiro do metrô? Só inauguram esqueleto”, continuou o parlamentar, em referência à nova Rua da Cidadania do Cajuru, entregue no dia 23 de abril. Para ele, Fruet “inventou” estar com suspeita de H1N1 e se afastar de compromissos oficiais. “E tem gente que ainda defende que ele possa usar o FEC [Fundo Especial da Câmara – entenda] como quiser. Deixa para a próxima gestão”, acrescentou.

“A péssima gestão Fruet está deixando Curitiba em estado de insolvência, está "seprocada" [com o nome sujo]. Não pode receber verba do Estado mais. O rombo da previdência dos servidores já chega a R$ 200 milhões. A dívida no final da gestão pode bater R$ 1,2 bilhão. Ela simplesmente dobrou em quatro anos”, disse Galdino. “Socorro, Curitiba precisa de ajuda e ajuda urgente, porque o prefeito sumiu. Não quer mais administrar a cidade, só quer a reeleição.”

Uberaba e Galdino ainda criticaram outros questões, como pavimentação, roçada e moradores de rua. Chicarelli, por fim, relatou visitas a unidades de saúde e avaliou: "A saúde pública de Curitiba piorou muito na gestão Gustavo Fruet". De acordo com o parlamentar, dentre outros problemas, "chove dentro de ambulância".