Vereadores comentam morte de 4 jovens no fim de semana

por Assessoria Comunicação publicado 30/09/2019 16h45, última modificação 10/11/2021 09h28

Vereadores de Curitiba comentaram, durante a sessão plenária desta segunda-feira (30) na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), o caso em que quatro jovens que estavam em um carro com alerta de roubo foram mortos por policiais militares na noite de sexta-feira (27) no bairro Hauer. Segundo a PM, eles passaram por uma viatura da Rone (Ronda Ostensiva de Natureza Especial) em alta velocidade, houve tentativa de abordagem e troca de tiros, resultando na morte dos quatro, que tinham 21, 17, 16 e 15 anos de idade. Nenhum policial ficou ferido.

No sábado, moradores do Parolin, onde os rapazes residiam, fizeram um protesto, bloqueando a avenida Brigadeiro Franco. Ao dispersar a manifestação, os policiais militares teriam usado balas de borracha, atingindo as pessoas que ali estavam, relatam jornais da cidade. Segundo a PM, os policiais foram recebidos com pedradas e fogos de artifício por manifestantes. Primeira a abordar o assunto na tribuna da CMC, Professora Josete (PT) pediu, além de um minuto de silêncio, que hoje (30), durante nova manifestação, haja cuidado extra “para evitar confronto no qual novas pessoas sejam feridas”.

Afirmando que os jovens tinham ficha criminal e que não guardaria o minuto de silêncio, Cristiano Santos (PV) pontuou que, positivamente, nenhum policial foi ferido. Na mesma linha, Ezequias Barros (Patriota) enalteceu o trabalho da corporação. “Faço coro ao vereador Cristiano Santos, também com o pesar da família que perde pessoas envolvidas no crime”, acrescentou. Josete disse que Ministério Público do Paraná e Defensoria Pública acompanham o caso, que é “uma situação duvidosa”, e ponderou que, mesmo que tenha havido o furto, isto não justificaria “a morte bárbara, da forma como aconteceu”.

“São meus vizinhos”, limitou-se a dizer hoje Edson do Parolin, que mora na comunidade, convidando todos os parlamentares que trataram do assunto para “visitarem a vila”. “Amanhã trago o relato do que realmente aconteceu”, disse o vereador. Antes do término da sessão plenária, após a audiência pública de prestação de contas do município, a Câmara observou um minuto de silêncio. “Vamos conceder um minuto de silêncio, a pedido da ilustre vereadora Professora Josete. Os vereadores que são contra têm a liberdade de optar de fazer ou não”, disse Sabino Picolo, presidente da CMC.