Vereadores comemoram resultado do Brasil nos Jogos Olímpicos do Japão

por Pedritta Marihá Garcia — publicado 11/08/2021 15h56, última modificação 11/08/2021 15h56
Brasil alcançou seu melhor resultado na competição, ficando em 12º lugar. Jogos Paralímpicos começam dia 24 de agosto.
Vereadores comemoram resultado do  Brasil nos Jogos Olímpicos do Japão

João da 5 Irmãos foi quem abriu o debate: destacando a trajetória do país nos jogos e lamentando a falta de investimentos federais no esporte. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

O 12º lugar do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que terminaram no domingo (8), foi celebrado pela Câmara Municipal de Curitiba (CMC) na sessão plenária desta quarta-feira (11). Os destaques dos vereadores começaram ainda no pequeno expediente, com análises sobre a dedicação dos atletas, a falta de investimentos federais no esporte e a importância do mesmo para a formação de cidadãos e a inclusão social.

 Na 32ª edição das Olimpíadas, o país conquistou 21 medalhas, 2 a mais que em 2016, no Rio de Janeiro: foram 7 medalhas de ouro, 6 de prata e 8 de bronze. O esporte brasileiro que mais vezes subiu ao pódio em Tóquio foi o boxe, com 3 medalhas (ouro, prata e bronze); seguido, da ginástica artística, com 2 medalhas (ouro e prata). “A primeira participação do Brasil nas Olimpíadas foi em 1920, quando o país conquistou 3 medalhas - 1 de ouro, 1 de prata e 1 de bronze. O Brasil já soma 23 participações, só ficando de fora em 1928, na Holanda”, destacou o vereador João da 5 Irmãos (PSL).

 Foi o melhor desempenho do país nos jogos. Mas os investimentos federais no esporte, para que os atletas possam se dedicar integralmente aos treinos, foi menor no ciclo olímpico”, comentou Marcelo Fachinello (PSC), para quem o legado dos atletas brasileiros no Japão é mais “fruto da qualidade e empenho individual deles, do que da condição que foi oferecida”. “Prova é que muitas modalidades não foram bem”, complementou o vereador, que atua na área há cerca de 20 anos.

 No último ciclo olímpico, houve menos aportes do governo federal na preparação dos atletas, com cerca de 30% a menos de investimentos. Muitos dos nossos atletas são oriundos de projetos sociais, como a Rebeca Andrade, que conquistou duas medalhas na ginástica”, frisou João da 5 Irmãos, que também tem o esporte como uma das áreas de atuação do seu mandato. Para formar “cidadãos mais conscientes sobre o seu papel na sociedade na produção de riquezas e de conhecimento”, são necessários mais investimentos, defendeu.

 Para Indiara Barbosa (Novo), as reflexões dos colegas são “válidas” e representam o consenso de que o país precisa investir mais no esporte. Porém, ela analisou que o investimento “não precisa ser, necessariamente, público”. “Em países que estão em primeiros lugares nos rankings, como EUA e Japão, têm muito investimento privado no esporte. Os próprios comitês olímpicos recebem muito investimento privado. As empresas investem muito no esporte. As próprias universidade recebem investimentos e investem muito nos seus atletas”, argumentou. “Temos esse papel de pensar um pouco fora da caixa. Acredito que podemos ter investimento privado, investimento de outras áreas no esporte.”

 Projetos sociais
Na análise de João da 5 Irmãos, esporte e educação são uma “dobradinha de sucesso” e essa conquista muitas vezes é alcançada dentro dos projetos sociais. Ele citou como exemplos os projetos Recomeçar, no Cajuru; Magia da Luta, na Vila Torres; e Skate nas Escolas, desenvolvido nos bairros Sítio Cercado e Cajuru. Iniciativas que, segundo o vereador, são tocadas por “pessoas valorosas que sempre estão buscando ajudar o esporte, às vezes com muita dificuldade, buscando recursos com empresas, com a comunidade”.

 “O esporte não é apenas o rendimento que vemos nas Olimpíadas, nas competições. Deve ser encarado como atividade física, como ferramenta de inserção social e transformação de vidas. Quantos campeões em Tóquio não saíram de projetos sociais?”, corroborou Fachinello. O parlamentar informou, ainda, que na semana passada esteve com o secretário de Planejamento, Finanças e Orçamento, Vitor Puppi, para tratar da ampliação do decreto de incentivo ao esporte e “boas coisas saíram da conversa”. Sobre o incremento de projetos em andamento, ele deverá tratar, nos próximos dias, com a pasta do Esporte, Lazer e Juventude da cidade.

 Jogos Paralímpicos
Presidente da CMC, Tico Kuzma (Pros) parabenizou os atletas que garantiram a melhor colocação do Brasil nas história das Olimpíadas e deseja sorte para os paratletas olímpicos. Os Jogos Paralímpicos de Tóquio começam no dia 24 de agosto. Em maio, por iniciativa da Mesa Diretora, o Legislativo se reuniu com paratletas que vão representar Curitiba no Japão. Na ocasião, foram debatidos o incentivo ao paradesporto e o impacto da pandemia nas competições internacionais e treinamentos. “A expectativa é que eles tenham um grande desempenho nessa competição e que também tragam medalhas para o Brasil e para Curitiba”, finalizou o presidente.

 Ouro olímpico
Campeões olímpicos desta edição dos jogos, os jogadores do Clube Athletico Paranaense, o goleiro Santos e o lateral esquerdo Abner, que integraram a seleção masculina de futebol serão homenageados pela CMC com votos de congratulações e aplausos aprovados pelo plenário. Os requerimentos (077.00180.2021 e 077.00181.2021) foram apresentados pelo vereador Pastor Marciano Alves (Republicanos).