Vereadores comemoram aumento de passageiros no transporte coletivo
O crescimento do número de passageiros pagantes no transporte coletivo de Curitiba foi comentada, na sessão plenária desta terça-feira (24), na Câmara Municipal. Quem citou o tema foi o vereador Bruno Pessuti (PSD), que destacou que a implementação do bilhete único poderia ser um fator impulsionador para aumentar a quantidade de usuários do sistema. Ele também apontou a elevação dos usuários pela primeira vez, em cinco anos. “Isso demonstra uma recuperação da economia e representa mais pessoas com carteira assinado. É um momento a ser comemorado”, disse.
O parlamentar criticou ainda o arquivamento, pelo Ministério Público do Paraná, das denúncias feitas pela CPI do Transporte Coletivo, realizada na Câmara Municipal em 2013, cujo relatório final foi elaborado pelo próprio Bruno Pessuti. Segundo ele, pontos como a remuneração das empresas por número de passageiros e não por quilômetro rodado “gera lucro excessivo ou prejuízo aos empresários”.
Em contraponto, Jairo Marcelino (PSD) disse que este aumento do número de passageiros pode ser consequência da não realização de nenhuma greve do transporte em 2018, diferente do ano passado, de acordo com ele, quando os ônibus ficaram parados um total de oito dias. “O que vai aumentar [o número de usuários] é quando for colocada em prática a venda de cartão transporte nas bancas e supermercados”, referindo-se à lei municipal 15.009/2016, de sua autoria, aprovada pela Câmara em 2016.
Sobre isso, Bruno Pessuti considerou que as greves passadas sem piquetes poderiam ter sido “causadas pelos próprios empresários”, disse. “Quando o ônibus está parado, ele [o empresário] não tem custo, não consumiu combustível”, supôs. Ele ainda sugeriu melhorias para o transporte coletivo para atrair mais usuários, como a implantação do bilhete único e medidas como maior número de ônibus, wi-fi, ar condicionado e câmeras nos veículos. Os vereadores Dr. Wolmir Aguiar (PSC), Maria Manfron (PP) e Osias Moraes (PRB) também apoiaram melhorias no transporte.
Em aparte, Noemia Rocha (PMDB) considerou que é preciso uma revisão de como é composta a tarifa cobrada em Curitiba. “Há tempos temos questionado o transporte, sinalizando que há possibilidade de redução de passagem”, pontuou. “O Executivo precisa sentar com esta Casa, não com os Gulin”, referindo-se ao proprietário de uma das empresas concessionárias do transporte coletivo.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba