Vereadores cobram obras viárias no Contorno Sul de Curitiba

por Assessoria Comunicação publicado 15/05/2017 13h55, última modificação 18/10/2021 08h49

Bastou o vereador Toninho da Farmácia (PDT) pedir a ligação da rua Senador Accioly Filho com a avenida Juscelino Kubitschek, na sessão desta segunda-feira (15), para diversos parlamentares solicitarem a recuperação de todo o Contorno Sul. Mauro Ignácio (PSB) lembrou que, em 2014, a ex-presidente Dilma Rousseff chegou a incluir a obra toda no PAC da Mobilidade, “mas não aconteceu”.

“Eu estive com deputado federal Luciano Ducci em Brasília, no DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Em 2015 lançaram uma licitação para o projeto [de recuperação do Contorno Sul], mas não há expectativa [de realização]. Na época, estimava-se o custo em R$ 400 milhões”, completou Mauro Ignácio. A reivindicação foi apoiada por Zezinho  Sabará (PDT) e Rogerio Campos (PSC).

O pedido de Toninho da Farmácia era para que a abertura desse trecho da rua Senador Accioly Filho desafogasse o tráfego ao redor da UPA do CIC (201.00237.2017), conectando as vilas. Ao descrever a situação para obter o apoio dos demais vereadores, relatando que a via de mão dupla acaba estreitada por carros que ali estacionam, dificultando o trânsito dos ônibus, Toninho “reclamou” do posicionamento de outros parlamentares quando o assunto era a urbanização da periferia.

Referindo-se à votação de seu pedido de desarquivamento do projeto de regularização fundiária simplificada (leia mais), disse que “quando citam nossos bairros [de periferia] como favela, eu fico um pouco indignado. Enquanto nós, dos bairros, lutamos pela dignidade das pessoas, vejo vereadores [brigando] para não tirar área de guarita [das ruas fechadas em bairros mais ricos]”.

Depois de Zezinho Sabará apontar a necessidade de um acesso na entrada da região, Rogerio Campos completou dizendo que “muita gente não imagina como 120 metros de asfalto ajudam milhares de pessoas”. Ele também lembrou da necessidade de pelo menos alargar o Viaduto do Orleans, sendo aparteado por Mauro Ignacio, que confirmou a realização de reuniões para discutir o projeto. “Pena que não é por falta de reunião que as obras não acontecem”, brincou o vereador do PSB.

Vila Verde
Toninho da Farmácia teve outros três requerimentos voltados à Vila Verde acatados pelo plenário: construção de galpão para uso da cooperativa de costureiras (201.00234.2017), construção de liceu de ofícios (201.00233.2017) e a implantação de uma área de lazer na região (201.00232.2017). “Tinha um campo com tamanho oficial, que foi vendido para a instalação de uma empresa. Ela dá emprego, lógico, mas a prefeitura tinha se comprometido em devolver o espaço em outro terreno da Curitiba S. A.”, explicou.

Toninho apontou que, na época, o prefeito era Luciano Ducci. “Mostraram um projeto [do novo campo, que seria construído] para a população e era um projeto bonito. As pessoas toparam fazer, mas daí não foi realizado”, criticou. “O Grêmio Esportivo Vila Verde”, citou o parlamentar, “jogava ali [no antigo campo]. Vinha gente de fora para usar o espaço”.

Capelas mortuárias
Geovane Fernandes (PTB) sugeriu, após Toninho da Farmácia, em outro requerimento, pedir a construção de uma capela mortuária na Vila Verde (201.00235.2017), que os vereadores organizassem emendas para fazer capelas em todos os bairros. “Deve custar R$ 150 mil cada uma. Se os parlamentares se organizarem, vai ser algo importante para a comunidade”, defendeu.

No comentário, Fernandes também adiantou que irá retirar projeto de lei de sua autoria que obrigava as administrações regionais a disponibilizarem capelas mortuárias (005.00170.2017). “A ideia é boa”, opinou Oscalino do Povo (PTN), que apoiou a construção de mais capelas mortuárias pela cidade. Ezequias Barros (PRP) também disse que, “nesse momento de extrema dificuldade para as famílias”, a existência das capelas é importante.

Toninho ainda comentou que separar as capelas por regional administrativa era insuficiente, pois “é uma área muito grande”. “Dentro do CIC, temos duas capelas, mas que ficam muito longe uma da outra, e que não atendem a demanda de uma região com 150 mil pessoas”.