Vereadores cobram medidas contra fiação rompida em Curitiba
Câmara de Curitiba voltou a alertar aos riscos da fiação solta em postes da cidade. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)
O cabeamento solto em postes da cidade voltou a repercutir no plenário da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), na manhã desta terça-feira (19). Na última sexta (15), mais um motociclista morreu, na capital, devido à fiação rompida. O homem, de 43 anos, faleceu no local. Ainda nas falas do pequeno expediente, no começo da sessão, Tito Zeglin (PDT) chamou a atenção para os casos diários de furtos de fios de cobre.
O vereador lembrou que Herivelto Oliveira (Cidadania) já havia lamentado a morte do motociclista, nesta segunda (18). Além de acidentes, ele apontou que os furtos de fios de cobre, que acabam deixando cabos soltos, também causam prejuízos à população, como a falta de energia elétrica, de internet e de telefonia.
Tito Zeglin pediu o cumprimento da lei municipal 15.418/2019, de sua autoria, que determina a cassação de alvará do estabelecimento que for flagrado comercializando produtos oriundos de ações criminosas. “Faço um apelo para as autoridades competentes, [que] observem esta lei, e vamos diminuir a circulação desses malandros que ficam detonando os fios, cabos, da nossa cidade”, concluiu.
Mauro Ignácio (sem partido) retomou a discussão durante o grande expediente, já na etapa final da sessão plenária. O parlamentar exibiu vídeo com a fiação solta em rua do bairro Santa Felicidade, após um caminhão se enroscar, e relembrou do óbito do motociclista, na última sexta. “A Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] ficou, ano passado, de fazer uma regulação desta questão de fiação. Tínhamos aqui um projeto do Professor Euler [MDB] que foi adiado, aguardo esta regulação da Aneel, que pelo jeito não deu em nada”, indicou.
“Nós continuamos com este problema de fiação solta inservível. A Prefeitura Municipal de Curitiba fez, também, uma força-tarefa com a Copel, no ano passado, e recolheu toneladas de fiação inservível, mas isto é muito pouco diante do tamanho da nossa cidade, diante do problema que está pendurado em toda a fiação da nossa cidade”, continuou. Ignácio também pediu a votação pelo plenário, no próximo mês, de projeto de lei de sua autoria para a identificação da empresa responsável por cada cabeamento (005.00096.2022).
“Nós temos que combater a ineficiência e a inércia das empresas de telecomunicações, aplicando multas pesadas para que elas se mexam”, opinou Rodrigo Reis (sem partido). Para Marcos Vieira (PDT), “esta tem que ser uma luta de todos nós [vereadores], é uma falta de respeito, uma falta de responsabilidade e é um crime”.
“Essa questão de cabos soltos virou uma questão de segurança pessoal”, afirmou Herivelto Oliveira, sobre as mortes de motociclistas em Curitiba. “Essas concessionárias estão fazendo da nossa Curitiba como se nós fossemos trouxas, realmente é um absurdo”, continuou Sidnei Toaldo (PRD).
*Estudante de Jornalismo Nicole Thessing**, especial para a CMC
Supervisão do estágio e edição: Fernanda Foggiato
Revisão: Ricardo Marques
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba