Vereadores cobram mais plantonistas nas unidades de saúde
O plenário da Câmara Municipal aprovou, nesta quarta-feira (5), requerimento do vereador Marcos Vieira (PDT) que pede à Prefeitura de Curitiba contratação de plantonistas para reforçar as equipes médicas das unidades de saúde. “O conselho local de saúde do Bairro Novo trouxe essa demanda”, explicou o parlamentar. O problema, disse Vieira, é que nas férias dos médicos não há quem os substitua (201.00118.2017).
“A unidade de saúde do Bairro Novo faz 60 consultas por dia, o que já não dava conta, mas agora [com a ausência dos profissionais] caiu para 25 consultas”, alertou Vieira. “Que se pense numa alternativa, que a Secretaria da Saúde monte equipes para cobrir os servidores em férias”, sugeriu.
Maria Leticia Fagundes (PV), Oscalino do Povo (PTN) e Zezinho Sabará (PDT) reforçaram o pedido, afirmando que o corpo clínico “é insuficiente”. O vereador Tico Kuzma (Pros) disse esperar que “a prefeitura tome uma atitude parecida com a sugerida” e Professora Josete (PT) aventou a possibilidade de o Executivo usar o Regime Integral de Trabalho (RIT) para cobrir o afastamento dos servidores.
“Não é uma situação só do Bairro Novo. Precisa chamar os concursados, os profissionais aprovados que aguardam o chamamento para começar a trabalhar. Entendemos a situação financeira, mas entre lavar o calçadão da rua XV e investir na Saúde, tem que priorizar a Saúde”, comentou Noemia Rocha (PMDB). Maria Manfron (PP) reclamou da falta de remédios na rede assistencial.
Criação de despesa
“Temos que dar bom atendimento à população”, comentou Sabino Picolo (DEM), “mas os vereadores têm feito sugestões que trazem despesa ao Município”. “Precisa cuidar na redação, quando diz que é preciso contratar, aumentar efetivo. Criar despesa não é atribuição do vereador”, defendeu. O comentário gerou reações em plenário.
“Tem que indicar, tem que trazer custo, sim, não é pra isso que o Município arrecada?”, questionou Mestre Pop (PSC). “Se os vereadores não podem contratar pessoal, podem sugerir isso à administração. O prefeito tem a prerrogativa de acatar ou não”, contrapôs Josete, seguida por Maria Leticia, para quem os parlamentares devem “representar a comunidade, não ao Executivo”.
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