“Vamos fazer um requerimento à prefeitura para que ela tome providências, porque o mototáxi é um transporte irregular em Curitiba, além de perigoso”. Essa foi a decisão tomada, nesta segunda-feira (26), pela Frente Parlamentar de Defesa dos Motoristas e Pilotos de Aplicativo de Carona e Entrega da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), presidida pelo vereador Rodrigo Reis (União). Autor da frase, o parlamentar reuniu o grupo após a sessão plenária, para agir diante da confirmação da oferta do serviço de mototáxi por aplicativos que antes só ofereciam transporte de passageiros em veículos de quatro rodas.

Participaram da reunião, além de Reis, Ezequias Barros (PMB), Márcio Barros (PSD) e Herivelto Oliveira (Cidadania). Amália Tortato (Novo), faz parte da Frente, mas não participou da reunião. A vereadora informou que não assinará o documento, por discordar do posicionamento assumido pela Frente dos Aplicativos. Hoje, o parágrafo 1º do artigo 2º da lei municipal 13.957/2012 proíbe a circulação de mototáxis na cidade, mas há um projeto na CMC que quer alterar a norma para autorizar a prestação desse serviço (saiba mais). 

Motoristas contra

“Os motoristas de aplicativo têm se manifestado contrários ao mototáxi, os taxistas também são contrários. Só faltam as empresas de ônibus”, advertiu Rodrigo Reis, calculando que o início da operação do serviço vai resultar em mais vítimas do trânsito. “Imagina você colocar de 3 mil a 4 mil motos trabalhando em Curitiba com o transporte de pessoas, algumas que nunca andaram de moto uma vez na vida. Temos uma preocupação com a saúde pública, porque é isso que vai se tornar quando aumentarem os acidentes e as mortes”, alertou.

“Nós temos um transporte público que funciona muito bem, temos motoristas de aplicativo que fazem um trabalho excelente. Esses aplicativos começaram a trabalhar com o serviço de transporte de passageiros por moto de forma ilegal, então vamos pedir à Secretaria Municipal de Defesa Social e de Trânsito que tome providências. Queremos também que a Secretaria Municipal de Saúde se manifeste em relação aos hospitais de emergência, para saber se eles têm condições de atender uma elevação do número de acidentes”, adiantou Reis.

A Frente dos Aplicativos foi criada no dia 19 de abril, com Rodrigo Reis na presidência, Bruno Pessuti (Pode) e Sidnei Toaldo (Patriota) na primeira e segunda-vice-presidência, e Ezequias Barros (PMB), como secretário, além de Amália Tortato (Novo), Márcio Barros (PSD), Toninho da Farmácia (União), Zezinho Sabará (União), Nori Seto (PP), Osias Moraes (Republicanos), Professora Josete (PT), Leonidas Dias (Solidariedade), Marciano Alves (Solidariedade) e Tânia Guerreiro (União) completando o grupo.