Vereadores cobram ações das concessionárias Ecovia, Planalto Sul e Rumo
Com o objetivo de reduzir acidentes e melhorar o tráfego na cidade, nesta segunda-feira (29), os vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) cobraram publicamente as concessionárias Ecovia, Planalto Sul e Rumo. Responsáveis por rodovias e ferrovias que passam por dentro da capital, as três já foram acionadas por parlamentares da CMC sobre problemas na sua infraestrutura que põem em risco a população. Hoje, Serginho do Posto (PSDB) e Ezequias Barros (PRP) usaram a tribuna CMC para cobrar mais agilidade delas na resposta às demandas da população.
“O processo [no Ministério Público do Paraná] está com mais de 15 mil páginas, pois foi aberto em 2006. Já é o quinto promotor público no caso, então esperamos que nas próximas audiências isto avance”, protestou Serginho do Posto. Ele cobra da concessionária Ecovia, que administra um trecho urbano da BR-277, adequações na malha viária para a proteção da população. “Dos 5 itens em discussão, apenas 1 a concessionária cumpriu, que foram adequações nos agulhões de acesso [que eram estreitos]”, relatou o vereador.
Em 2007, a Ecovia recebeu uma notificação do Departamento de Estradas de Rodagens (DER), pelo não atendimento às normas técnicas com relação à largura, caixa de tensão, faixas de aceleração e desaceleração dos acessos existentes, entre os quilômetros 84 e 74. O documento explicava que, da forma como estes acessos se apresentam, acabam tumultuando e causando riscos aos motoristas, principalmente em horários de pico. O trecho passa pelo Jardim das Américas, Jardim Santa Bárbara, Vila Camargo, Conjunto Mercúrio, Conjunto Mirante da Serra e Solitude, no Cajuru.
Exibindo em plenário uma fotografia aérea da rodovia Régis Bittencourt (BR-116), no trecho em que ela divide o bairro Tatuquara em duas porções, e para o qual está prevista a inauguração de um elevado ainda neste ano, Ezequias Barros (PRP) sugeriu uma mudança na sinalização para reduzir os acidentes frequentes. Disse que já conversou com autoridades e está disposto a ir até Rio Negro, se for necessário, para ser ouvido pelos dirigentes da concessionária.
“As três pistas estão prontas ali [onde a BR-116 corta o Tatuquara], até porque a pista da ponte está pronta – mas há um desvio para a esquerda, a pista continua e a saída do bairro é interrompida. Tem acidente todo dia. É uma questão da Planalto Sul tirar a divisão de pista, puxar para a direita e a pista da esquerda ser totalmente livre, sem necessidade de parar, para que não se cause mais acidentes”, explicou Ezequias.
“Já teve acidente com fatalidade”, atestou Mestre Pop (PSC), “até porque aquele redutor de velocidade ali não é um radar”. O vereador disse ter outras demandas na região, como o fato de a rua Delegado Bruno de Almeida ter se transformado numa “mini BR”, mas que é “uma burocracia falar com a Planalto Sul”. Também Rogério Campos (PSC) apoiou a crítica, adiantando que tem se reunido com o vice-prefeito, Eduardo Pimentel, para discutir uma alternativa de saída para o trânsito da região. “Os moradores hoje estão travados”, relatou.
Trens na cidade
Serginho do Posto também usou a tribuna para cobrar atuação da empresa Rumo, que administra a concessão das linhas ferroviárias em Curitiba. “A legislação exige a roçada, que a conservação seja feita numa distância de 15 metros dos dois lados da linha férrea. Mas a Rumo vem deixando de fazer a manutenção”, reclamou o vereador, alertando que trará imagens também dos dormentes e trilhos. Serginho considera que a falta de manutenção ali pode resultar em acidentes.
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