Vereadores aprovam sugestões para vacinação contra Covid-19
Vacinação contra a Covid-19 foi mote de 4 das 9 indicações ao Executivo aprovadas pela CMC. (Foto: Carlos Costa/CMC)
A vacinação contra a Covid-19 foi mote de cinco das nove indicações ao Executivo aprovadas pela Câmara Municipal de Curitiba (CMC) na sessão remota nesta quarta-feira (24). Em uma delas, a sugestão é cadastrar voluntários da área da saúde dispostos a atuarem na campanha de imunização. Apresentada por Herivelto Oliveira (Cidadania), a proposição foi assinada por mais 18 vereadores (203.00111.2021).
Conforme a indicação, os voluntários poderiam ser estudantes e profissionais não só de Medicina e de Enfermagem, mas também de outras áreas da saúde, como Farmácia, Fisioterapia, Odontologia e Educação Física. “A saída definitiva para a gente escapar da Covid-19 é a vacina, a vacinação em massa, e o mais rápido possível”, afirmou Herivelto Oliveira.
Apesar de Indiara Barbosa (Novo) ponderar que a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) já oferta o cadastro de voluntários – destinado a profissionais de quaisquer áreas e, no caso de estudantes, a cursos da saúde –, o vereador respondeu que o foco é a vacinação, e não todas as áreas de apoio ao enfrentamento à pandemia. “É o momento da prefeitura dar publicidade ao cadastro”, completou Oliveira.
“Estou ansioso para ver essa vacinação se estender aos domingos”, declarou Alexandre Leprevost (Solidariedade). Denian Couto (Pode) elogiou a indicação para o “auxílio à linha de frente” e apontou acordos fechados por cidades como São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS) com redes farmacêuticas, para descentralizar e dar agilidade à imunização. Autor de sugestão para a vacinação em farmácias, aprovada nessa terça-feira (23), Nori Seto (PP) disse que já existe uma grande rede interessada.
Líder do prefeito, Pier Petruzziello (PTB) lembrou elogiou a atuação da SMS e lembrou ser o autor da lei municipal 14.445/2014, que instituiu o banco de oferta de demanda de voluntários. Também participaram do debate, em apoio à indicação, os vereadores Amália Tortato (Novo), autora de pedido de informações sobre a capacidade de ampliação da campanha de vacinação (062.00154.2021), Ezequias Barros (PMB) e Renato Freitas (PT).
Pontos de vacinação
“Coisas midiáticas representam um custo e talvez um risco à população [durante o deslocamento]”, defendeu Maria Leticia (PV), autora de sugestão ao Executivo para a descentralização da campanha de vacinação contra a Covid-19 (203.00116.2021). Para a vereadora, que é médica, a população deveria ser vacinada nas respectivas unidades básicas de saúde.
Ela questionou quanto será gasto para que a Pedreira Paulo Leminski seja transformada na Pedreira da Cura, anunciada pelo prefeito no último domingo (21). O SUS municipal, acrescentou, “era robusto, sem dúvida, mas o que vai sobrar após a pandemia se continuarem criando novas frentes?”.
Em resposta a Maria Leticia, Indiara Barbosa afirmou ter questionado o Executivo, após demandas da população sobre o custo da Pedreira da Cura e outras questões. “A vacinação não está centralizada no Pavilhão [da Cura, no parque Barigui]”, indicou. A vereadora disse que a Prefeitura de Curitiba conta com mais 10 pontos fixos e outros dois de drive-thru, aos quais deve se somar a Pedreira da Cura.
Grupos prioritários
A partir de proposição de Ezequias Barros, a prefeitura receberá indicação para que os motoristas e auxiliares do transporte escolar sejam incluídos nos grupos prioritários da vacinação (203.00118.2021). “A gente não sabe quando será o retorno [presencial] às aulas, mas que aqueles que trabalham no transporte e auxiliam as crianças sejam vacinadas”, comentou. A ideia, continuou ele, é “dar essa qualidade, essa segurança, para as pessoas que estão na ponta com as crianças” e são trabalhadores essenciais.
Outra sugestão referente aos grupos prioritários, de Flávia Francischini (PSL), alerta aos guardas municipais (203.00119.2021). A proposição solicita a revisão urgente do Plano Municipal de Imunização (PMI), devido à demora para a vacinação desses servidores. “Temos recebido notícias diariamente de guardas municipais doentes e que foram a óbito”, relatou.
Segundo ela, o apelo partiu da direção do sindicato que representa a categoria. “Também tenho recebido a demanda”, reforçou João da 5 Irmãos (PSL). “A gente sabe da questão da vacina, de não ter a vacina [em quantidade suficiente], dos pedidos de várias classes.”
Outras indicações
Quatro das outras cinco indicações acatadas em plenário, nesta manhã, tratam do enfrentamento à pandemia da Covid-19. João da 5 Irmãos defendeu sugestão de sua iniciativa para a padronização das informações prestadas por hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) sobre os pacientes internados (203.00110.2021).
A ideia é que todas as unidades ligadas à SMS prestem as informações aos familiares, uma vez ao dia, por telefone e/ou WhatsApp, para “diminuir o risco, [fazer] que as pessoas fiquem mais em casa. Devido ao decreto, todo mundo está fazendo esse esforço”.
Segundo Mauro Bobato (Pode), o canal, a partir da entrada do familiar em uma unidade de saúde, é telefonar para o (41) 3350-9000. Para ele, outra solução poderia ser a criação de ferramenta no aplicativo Saúde Já. “Acredito que todos têm passado pela mesma situação”, disse o Jornalista Márcio Barros (PSD) sobre pessoas em busca de informações sobre familiares internados no SUS de Curitiba. “Quando uma pessoa está doente, a família toda fica doente.”
De Carol Dartora (PT), o plenário acatou indicações ao Executivo sobre a atuação dos servidores durante a pandemia. Em uma proposição, ela sugere a adoção unificada do trabalho remoto na administração municipal, às atividades não essenciais (203.00112.2021). Na outra, o suporte psicológico aos profissionais da linha de frente (203.00113.2021). A vereadora alertou à sobrecarga enfrentada pelos trabalhadores. “Não é benéfico, não é vantajoso, que eles se afastem e estejam doentes.”
Professora Josete (PT) apresentou duas indicações. Para auxiliar os pequenos produtores e feirantes no enfrentamento à crise gerada pela pandemia, a vereadora sugere que a prefeitura compre deles os produtos para o banco de Alimentos (203.00114.2021).
A outra proposição, única do dia sem relação com a Covid-19, dispõe sobre a criação da Comissão Municipal de Plano de Metas e a elaboração do Plano de Metas, previsto da Lei Orgânica do Município (LOM). O instrumento, defendeu ela, “auxilia prefeituras a definirem prioridades e ações estratégicas ao longo dos quatro anos de mandato, como se fosse um resumo do plano de governo que os candidatos apresentam” (203.00117.2021).
A vereadora argumentou que deve ser cumprida a legislação e o compromisso assumido pelo prefeito. “[O plano] traz benefícios e economicidade, uma vez que você tem uma organização”, completou Professora Josete. As sessões plenárias têm transmissão ao vivo pelos canais da CMC no YouTube, no Facebook e no Twitter.
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