Vereadores aprovam condições do Aterro da Caximba

por Assessoria Comunicação publicado 25/08/2010 18h30, última modificação 30/06/2021 11h01
Os vereadores da Comissão Especial do Lixo realizaram uma visita ao Aterro da Caximba e aprovaram as condições da área. O secretário do Meio Ambiente, José Antônio Andreguetto, e a secretária-executiva do Consórcio Intermunicipal para Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos, Marilza Dias, acompanharam a visita e explicaram como está sendo o processo de reconformação do espaço.
“Verificamos que o trabalho tem sido realizado com comprometimento e dentro daquilo que era previsto. Pudemos ver a chegada do lixo, a drenagem sendo feita, a impermeabilização para evitar a contaminação do lixo antigo”, disse o vereador João do Suco, integrante da comissão parlamentar.
Andreguetto reconheceu o trabalho de fiscalização dos vereadores quanto à questão do lixo. “O acompanhamento da comissão tem sido muito importante para verificar e confirmar o trabalho que está sendo feito para a desativação do aterro. Eles têm nos auxiliado na busca da tecnologia para tratar o lixo de três milhões de pessoas”, disse.
O secretário explicou que estão sendo cumpridos 100% do cronograma e do projeto elaborado e a área está em fase de reconformação. O termo é utilizado para explicar o nivelamento das camadas formadas pelo lixo. Segundo Andreguetto, com o passar do tempo os dejetos vão se aglomerando e se movimentando. Acontece um desnivelamento e há a necessidade de nivelá-lo para que não ocorram desabamentos. “Não houve ampliação da área do aterro. Temos um prazo concedido pela Justiça até o dia 1º de novembro para utilizarmos o próprio lixo na reconformação”, explicou.
Os vereadores questionaram se será possível cumprir o prazo estabelecido pela Justiça para encerrar a utilização do Caximba. Marilza Dias confirmou que o recebimento cessará na data prevista e que todas as ações para a manutenção do aterro continuarão. Ela afirmou também que está sendo estudado projeto para o aproveitamento de biogás na área.
Novos aterros
Em junho, o consórcio publicou um processo de credenciamento para habilitar empresas para receber o lixo. A primeira fase foi concluída em julho e três empresas atenderam aos requisitos exigidos: Cavo, em Mandirituba; Estre Ambiental, em Fazenda Rio Grande, e Essencis, na Cidade Industrial. Estas empresas agora devem apresentar ao consórcio, até o dia 13 de outubro, uma licença de operação para que possam efetivamente ser credenciadas. A solução é emergencial e tem um prazo máximo de funcionamento de dois anos, até que o projeto do Sistema Integrado de Processamento e Aproveitamento de Resíduos (Sipar) esteja funcionando. “O consórcio vai persistir para efetivar a implantação deste sistema”, garantiu Marilza Dias.
Sipar
A secretária-executiva explicou que o Sipar é uma indústria que vai processar 100% do lixo recebido por Curitiba e região metropolitana. Segundo ela, o edital de licitação exigiu 85% de reaproveitamento. Os 15% restantes terão que ser tratados para ir para o aterro, livres de chorume (líquido decorrente da decomposição do lixo) ou gases. “No entanto, as propostas apresentadas na licitação falaram em 6%”, disse Marilza. Ela explicou que a ideia é implantar a indústria em Mandirituba. “Não estaríamos infringindo a lei do município, que proíbe a instalação de novos aterros, porque o Sipar será uma estação de tratamento de resíduos, não um aterro”, destacou.
De acordo com informações da prefeitura, o Sipar terá três setores: reciclagem, compostagem (transformação do lixo em adubo) e material energético para ser usado em empresas em substituição a outros tipos de combustíveis, como carvão e madeira, por exemplo.