Vereadores apóiam reajuste a hospitais

por Assessoria Comunicação publicado 20/10/2005 19h35, última modificação 02/06/2021 10h01
As Santas Casas de Misericórdia, hospitais e entidades filantrópicas  de todo o País estão iniciando um movimento nacional  para reajuste adequado das tabelas do Sistema Único de Saúde. O assunto mereceu atenção dos vereadores de Curitiba, que formalizaram Moção de Apoio, esta semana, com aprovação unânime em plenário.
O autor da iniciativa é o segundo vice-presidente  da Casa, Ney Leprevost (PP), que  falou  sobre a defasagem de 110% reconhecida pelo próprio Ministério da Saúde. “Na maioria dos hospitais, a partir de realidade comprovada, para cada R$ 100,00 de custos na assistência de um paciente do sistema, o hospital recebe, em média, R$ 55,00”, esclareceu Leprevost.
Ainda nas informações  que prestou à Câmara, o parlamentar disse que “essa diferença entre custo e receita tem sido suportada pelos hospitais graças ao apoio de Estados e municípios, somados a ínfimos resultados auferidos na assistência a outros convênios e, especialmente, por crescente endividamento bancário, inadimplência com fornecedores, práticas salariais insuficientes, não recolhimento de tributos sociais, dilapidação patrimonial, depreciação física e tecnológica, entre outras incidências”.
Moção
A Moção de Apoio aprovada pela Câmara Municipal  foi encaminhada aos  ministros  da Saúde, José Saraiva Felipe; da Fazenda, Antonio Palocci; do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, e ao presidente  Luiz Inácio Lula da Silva.
Leprevost afirmou que “há mais de uma década, o segmento hospitalar privado filantrópico vem sofrendo  um brutal déficit na relação convenial estabelecida com o SUS. Nosso apoio está assentado na histórica prestação de serviços das  santas casas e demais hospitais filantrópicos, bem como no conhecimento dessa situação de desequilíbrio econômico e financeiro nos convênios firmados com o  SUS”.
Para o segundo vice-presidente, “a torcida é grande dentro da Câmara para que se faça esse equilíbrio, pois sabemos da importância do atendimento que essas entidades prestam, principalmente  às classes menos favorecidas”.