Vereadores apoiam pedidos da Acisf à Prefeitura de Curitiba

por José Lázaro Jr. | Revisão: Ricardo Marques — publicado 12/06/2024 11h45, última modificação 12/06/2024 14h21
Apesar de não serem impositivas, as indicações aprovadas na CMC são uma forma de incidência do Legislativo sobre a Prefeitura de Curitiba.
Vereadores apoiam pedidos da Acisf à Prefeitura de Curitiba

Alexandre Leprevost apresentou oito sugestões com base em pedidos da Acisf. (Fotos: Rodrigo Fonseca/CMC)

A movimentação da Associação do Comércio e Indústria de Santa Felicidade (Acisf) nos últimos dias, visitando gabinetes parlamentares na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), vem resultando na aprovação de várias sugestões ao Executivo. Na terça-feira (11), das 15 indicações aprovadas pelos vereadores, 11 traziam sugestões para incrementar o comércio e o turismo nos bairros da Regional Santa Felicidade. O debate das proposições engajou os vereadores Sidnei Toaldo (PRD), Mauro Ignácio (PSD), Alexandre Leprevost (União), Nori Seto (PP) e Eder Borges (PL).

A maioria das sugestões foi protocolada por Leprevost, que atribuiu os pedidos à Acisf e disse ser necessário “resgatar o encanto tradicional do bairro”. Ele concordou com a estratégia da associação de promover novos atrativos, para o turista permanecer mais tempo no bairro. “Santa Felicidade tinha uma magia, as famílias passeavam pelo bairro, não era só um programa para almoçar ou jantar”, defendeu. “Quando chegam mais requerimentos, a chance de acontecer é muito maior”, agradeceu Leprevost, referindo-se aos apoios à Acisf declarados por Toaldo, Seto e Borges.

As sugestões que Leprevost levou ao plenário, e foram aprovadas, pedem realização de mais feiras na praça San Marco (205.00259.2024), promoção de passeios ciclísticos (205.00260.2024), visitas guiadas na Regional Santa Felicidade (205.00261.2024), atividades para crianças nas calçadas da avenida Manoel Ribas aos domingos (205.00262.2024), ampliação do atendimento da Casa Culpi (205.00263.2024), mais divulgação das atrações turísticas (205.00264.2024), inclusão dos bairros em programas de revitalização (205.00265.2024) e consulta pública antes da implantação de binário entre a Via Veneto e a avenida Manoel Ribas (205.00266.2024).

O contraponto veio de Mauro Ignácio, ponderando que a região não ficou parada no tempo, como Leprevost faz crer. “Não podemos banalizar as sugestões. É preciso conversar com as secretarias e aperfeiçoar as ideias, porque se fosse fácil, já estariam resolvidas”, colocou o parlamentar. Mauro Ignácio destacou que há vários vereadores defendendo a Regional de Santa Felicidade, mas recomendou que se sentem à mesma mesa para buscar recursos. “O polo gastronômico não deixa a desejar, mas o turístico perdeu um pouco a essência”, reconheceu Toaldo. Para Nori Seto, os pleitos da Acisf são legítimos.

Reativação de módulo da Guarda Municipal tem apoio da Câmara de Vereadores

Além das 8 indicações de Alexandre Leprevost tratando da Regional Santa Felicidade, outras 3 trazidas por Sidnei Toaldo foram aprovadas, em votação simbólica, na Câmara de Curitiba. O parlamentar pediu a identificação turística da Casa Amarela (205.00255.2024) e apoiou também a Acisf no pedido de realizar atividades infantis aos domingos na avenida Manoel Ribas (205.00253.2024). “É preciso criar atrativos para que as pessoas permaneçam no bairro, movimentando a economia”, disse, repercutindo a opinião da Acisf.

O pedido para a reativação de módulo da Guarda Municipal na rua Joanna Emma Dalpozzo Zardo, defendeu Sidnei Toaldo, é importante para dar mais segurança aos usuários dos seis equipamentos públicos no entorno da área (205.00256.2024). Durante essa discussão, Ignácio afirmou que “nosso mandato busca esse posto desde 2014”.

Apesar de não serem impositivos, os requerimentos e as indicações aprovados na CMC são uma das principais formas de incidência do Legislativo sobre a Prefeitura de Curitiba, pois são manifestações oficiais dos representantes eleitos pela população para representá-los, que são enviados ao Executivo após serem submetidos ao plenário, que tem poder para recusá-los ou endossá-los. Por se tratar de votação simbólica, não há relação nominal de quem apoiou, ou não, a medida – a não ser os registros verbais durante o debate.