Vereadores apóiam campanha da Igreja contra o aborto

por Assessoria Comunicação publicado 07/08/2007 20h45, última modificação 17/06/2021 08h07
A Câmara de Curitiba vai integrar campanha nacional apartidária que diz não ao projeto de lei sobre aprovação do aborto no País, em tramitação na Câmara Federal. Para deflagrar a campanha e convidar todos vereadores a participarem, o Padre Reginaldo Manzoti esteve na Casa, na tarde desta terça-feira (7), durante a tribuna livre. O convite partiu dos vereadores João Cláudio Derosso, presidente da Câmara de Curitiba, e João do Suco, ambos do PSDB, idealizadores da Frente Parlamentar a Favor da Vida, contra o Aborto, criada nesta semana no Legislativo, com apoio de diversos parlamentares.
Na saudação, João do Suco ressaltou que o aborto é uma questão de saúde pública. “Cabe ao Estado criar programas que defendam a vida e políticas voltadas a uma educação familiar, garantindo os direitos do cidadão”, defendeu. O parlamentar é contra o aborto em qualquer situação, seja em casos de anencefalia, estupro ou risco de morte da mãe. “Um diagnóstico médico não pode ser como uma sentença de morte para o feto, bem como um diagnóstico de má formação do cérebro, dos pés ou qualquer outro problema não pode ser suficiente para dar pena de morte ao embrião”.
O padre Manzoti ressaltou que qualquer atitude que provoque aborto é crime. Detalhou a campanha “Um Grito pela Vida. Diga não ao Aborto”, iniciada há três meses, com apoio de 138 emissoras de rádio, promovendo ações junto à comunidade, palestras nas escolas municipais e associações de bairro, colhendo assinaturas para abaixo-assinado contra a proposta da liberação do aborto no Brasil. “A idéia é chegar a 1 milhão de assinaturas até sábado, quando acontecerá um ato ecumênico com a presença do arcebispo da cidade, Dom Moacyr José Vitti”, informou, convidando os vereadores a participar do evento. A mobilização, segundo Manzoti, já conseguiu bons frutos, sensibilizando e conscientizando a população. “Resta, agora, frear esse processo”, disse. O religioso encerrou seu pronunciamento afirmando que “uma pessoa não tem o direito de decretar a morte de outra”.
Em apartes, os vereadores Angelo Batista (PP), Valdenir Dias (PSB), Paulo Frote (PSDB), Nely Almeida (PSDB), Mario Celso Cunha (PSDB), Elias Vidal (PDT), Roberto Hinça (PDT), Serginho do Posto (PSDB), Sérgio Ribeiro (PV), Tico Kuzma (sem partido), Felipe Braga Côrtes (sem partido) e Tito Zeglin (PDT) apoiaram a iniciativa. As vereadoras Professora Josete e Roseli Isidoro, do PT, acreditam que o tema merece uma discussão mais aprofundada.